Para quem gosta e ainda não
conhece deixo a sugestão de visita à Quinta da Vista Alegre, em Ílhavo.
A
Quinta inclui, entre outros locais a conhecer, o Museu Vista Alegre. Inaugurado
em Maio passado, é uma das atracções. Aqui o visitante fica a conhecer
a história da fábrica de porcelana, a evolução estética da produção de
porcelana e a sua importância na sociedade portuguesa nos séculos XIX e XX,
através de um espectacular espólio museológico que conta com mais de trinta mil
peças. Dotado do que há de mais moderno em termos de museologia, o visitante
fica fascinado com a beleza do que lhe é proporcionado ver e impressionado com
a criatividade artística da Vista Alegre ao longo dos tempos.
Está integrada na visita ao Museu
a oficina de pintura manual em plena actividade. Aqui podemos observar a
delicadeza e a qualidade do trabalho dos pintores da Vista Alegre.
Um dos pontos de maior interesse
da Quinta da Vista Alegre é a Capela de Nossa Senhora da Penha de França,
Padroeira da Vista Alegre. A capela é do século XVII e foi totalmente
restaurada em 2015. É uma capela de uma exuberante beleza. Destaque para os
painéis de azulejos seiscentistas, os retábulos em mármore e talha dourada e as
abóbadas decoradas com frescos. A capela é privada, foi adquirida em 1816 pelo
fundador da Vista Alegre, José Ferreira Pinto Basto. Está classificada como
monumento nacional.
A Vista Alegre é hoje uma empresa
exportadora, com 700 trabalhadores que produz cinquenta e seis mil peças por
dia. É uma bandeira portuguesa que felizmente conseguiu sobreviver a tempos
muito difíceis que quase levaram ao seu desaparecimento. A construção do Museu, a
restauração da Capela, a reabilitação dos antigos edifícios da fábrica e de
apoio social aos operários e suas famílias que constituem um espólio histórico, a conjugação de um espaço que conjuga o passado e o presente são
factos que permitem perspectivar um projecto virado para o futuro cheio de
tradição.
Na Quinta da Vista Alegre há muito mais para admirar e desfrutar...
Excelente sugestão, cara Dra. Margarida.
ResponderEliminarA visita é verdadeiramente muito interessante, tão interessante como a História do esforço e empenho do fundador da fábrica, assim como da sua visão empresarial, humana e social. É interessante também, conhecer o motivo da implantação naquele local específico.
Acrescento, para quem ao ler este oportuno texto, sinta vontade de rumar a Ílhavo e aí passar um excelente fim de semana, evitar o Hotel de Ílhavo em Aveiro encontra hotéis de maior qualidade, e se possível, conjugar a visita com um serão no Centro Cultural, onde é fácil encontrar um programa cultural que nada fique a dever aos da capital. Aconselho ainda um almoço no restaurante Marisqueira na Costa Nova, onde ainda é possível deliciar-nos com uma entrada de camarão de Espinho, peixes fresquíssimos e um arroz de marisco excelente. Ah, e tudo muito bem acompanhado com um belíssimo espumante da Anadia. ;)
Caro Bartolomeu
ResponderEliminarObrigada, são muito bem vindas as suas sugestões culturais e gastronómicas.
E já agora quem vai a Ílhavo não pode deixar de ir a Aveiro e à Costa Nova. Há muito para ver, é uma região de grande beleza!
Belo apontamento, Margarida, subscrevo, tal como o caro Bartolomeu, a sua sugestão. Fui lá há uns trés anos, ainda a Capela não estava restaurada e não estava aberta ao público mas conseguimos ir lá ver porque alguém do museu nos abriu a porta. O Museu e fantástico , uma verdadeira viagem artística e também histórica, a acompanhar os grandes movimentos europeus e as modas que se foram sucedendo. Aveiro está uma cidade muito bonita e acolhedora, e o restaurante recomendado pelo especialista Bartolomeu é um valor seguro. Os arredores também dão belos passeios e, claro, andar n uma " gôndola" faz parte do roteiro, eu gostei imenso.
ResponderEliminarSuzana
ResponderEliminarSim, um passeio num moliceiro pelos canais de Aveiro é uma experiência a fazer, diria que indispensável.
Serei visita. Obrigado pela lembrança.
ResponderEliminarNo nosso país existem inúmeros locais que merecem ser visitados demoradamente;
ResponderEliminarpela paisagem, pela ruralidade e genuinidade que ainda mantêm e que em muitos casos convive pacifica mas dolorosamente com o abandono e a degradação, pelos monumentos, a gastronomia e um sem número de outros interesses mais ou menos importantes conforme seja mais ou menos treinado (sensível) o nosso olhar e capacidade de entender, relativizar e enquadrar aquilo que nos transmite.
Desde que passei a condição de aposentado (está a fazer 3 anos) que me tenho dedicado a descoberta de ciclovias, que as há em número crescendo, por todo o país. é claro que escolho aquelas que se localizam em zonas de paisagem e acessibilidade excepcionais como é o caso da eco pista do Vale do Dão (na zona do nosso estimado Prof. Massano Cardoso), a de Montemor, a do Luso, ou a mais recentemente, do vale do Tâmega, etc.. Para quem tiver curiosidade, poderá ver algumas fotos no meu mural do Face: https://www.facebook.com/bartolomeudasp.
Caro Carlos Sério
ResponderEliminarNão tem que agradecer, tive muito gosto em partilhar este passeio.
Caro Bartolomeu
Deveríamos aproveitar tudo o que de bom temos. Aqui mesmo ao lado e não vemos o que estamos a perder!