Seria interessante perceber se afinal o Presidente da República é mesmo apoiante do festival de manifestações fascistas que se passaram na AR ontem, como todo o dia correu por aí, ou se vai dizer alguma coisa sobre isto. É impressionante, para não dizer mais, que se aprove que um amanuense qualquer possa chafurdar na minha propriedade, sem autorização, minha ou judicial, e o guardião da constituição seja usado como argumento de defesa dessa aprovação e, mais, os partidos da oposição se "abstenham" como se isso fosse coisa pouca. É nestas alturas que penso que nos fez muita falta uma revolução verdadeiramente violenta para que esta gente dê valor à democracia e aos direitos humanos.
O homem não quis ser um profeta - ele avisa no livro que 1984 não seria o ano em que todo aquele horror seria realidade. Infelizmente, já era realidade na União Sovietica, e foi na Itália, porque Orwell queria, acima de tudo, atacar o totalitarismo.
Agora, tenho a sensação que já vivemos dentro daquele horror do livro.
15% da população são funcionários públicos, como no livro. Muitos passam toda uma vida a alterar, manipular estatísticas, como por exemplo dificultando ao máximo as reprovações de ano ou facilitando os exames do 12º ano, ou criando uma falsidade chamada novas oportunidades, tudo para melhorar as estatísticas perante a UE.
Quem não está com o Governo, está contra. Até um antigo ministro sombra do PS o veio dizer: há "empresas do regime" que são favorecidas.
O chip na placa de matrícula, a quebra de sigilo bancário, etc. mostram-nos que estamos numa era excessiva e perigosamente totalitária, e a maioria das pessoas - como no livro - esforçam-se para ser a favor de tudo isto.
Seria interessante perceber se afinal o Presidente da República é mesmo apoiante do festival de manifestações fascistas que se passaram na AR ontem, como todo o dia correu por aí, ou se vai dizer alguma coisa sobre isto.
ResponderEliminarÉ impressionante, para não dizer mais, que se aprove que um amanuense qualquer possa chafurdar na minha propriedade, sem autorização, minha ou judicial, e o guardião da constituição seja usado como argumento de defesa dessa aprovação e, mais, os partidos da oposição se "abstenham" como se isso fosse coisa pouca.
É nestas alturas que penso que nos fez muita falta uma revolução verdadeiramente violenta para que esta gente dê valor à democracia e aos direitos humanos.
...e 5, 6, 7...Como dizia Simone de Beauvoir, o mais escandaloso nos escândalos é que nos habituamos a eles.
ResponderEliminarJosé Mário
ResponderEliminarÉ assustador como nos habituamos ao intolerável!
É, de facto, assustador. Mais do que as medidas em si, choca a falta de reacção perante o inconcebível e o intolerável.
ResponderEliminarO homem não quis ser um profeta - ele avisa no livro que 1984 não seria o ano em que todo aquele horror seria realidade. Infelizmente, já era realidade na União Sovietica, e foi na Itália, porque Orwell queria, acima de tudo, atacar o totalitarismo.
ResponderEliminarAgora, tenho a sensação que já vivemos dentro daquele horror do livro.
15% da população são funcionários públicos, como no livro. Muitos passam toda uma vida a alterar, manipular estatísticas, como por exemplo dificultando ao máximo as reprovações de ano ou facilitando os exames do 12º ano, ou criando uma falsidade chamada novas oportunidades, tudo para melhorar as estatísticas perante a UE.
Quem não está com o Governo, está contra. Até um antigo ministro sombra do PS o veio dizer: há "empresas do regime" que são favorecidas.
O chip na placa de matrícula, a quebra de sigilo bancário, etc. mostram-nos que estamos numa era excessiva e perigosamente totalitária, e a maioria das pessoas - como no livro - esforçam-se para ser a favor de tudo isto.
Assustador!!