terça-feira, 31 de julho de 2012
Ora...
Subida do desemprego: um drama inevitável?
2. O Eurostat acaba de anunciar os números de Junho, mantendo-se o nível “record”, de 11,2% da população activa, em média, que a taxa de desemprego tinha atingido já em Maio.
3. Em grande evidência estão os chamados países periféricos, com a Espanha e a Grécia muito destacadas – 24,8% e 22,4%, respectivamente – vindo a seguir Portugal com 15,4% e a Irlanda com 14,8%...
4. O que dizer deste lamentável fenómeno? A muita gente não ocorrerá que o que está a acontecer estivesse desde há muito escrito nas “estrelas”...já aqui referi uma intervenção que fiz em plenário da AR, aí por 2003/2004, na qual afirmei que a não ser prosseguida uma política de rigor na gestão das finanças públicas com o objectivo de corrigir os desequilíbrios económicos já então muito acentuados, acabaríamos por chegar a uma taxa de desemprego de 2 dígitos...
5. ...intervenção que foi recebida com reacções jocosas de uma parte do hemiciclo, chegando um conhecido deputado, mais tarde membro de um dos governos socráticos, num à parte bastante sonoro, a apelidar essa intervenção de “discurso do passado”...estávamos nessa altura com uma taxa de desemprego em torno de 6% da população activa...
6. A verdade é que o excesso de despesa em que a economia portuguesa viveu anos a fio, desde pelo menos 1997, em boa parte alimentado por gastos excessivos do sector público, ajudou a criar e expandir toda uma série de actividades, sobretudo no domínio dos serviços e do comércio – restauração, cafetarias, serviços de saúde e beleza, de limpeza, comércio a retalho, etc, etc – todas de mão-de-obra intensiva, que, quando a crise financeira se abateu sobre a economia, começaram a desaparecer como espuma batida pelo vento.
7. Acrescentemos a isso o sobredimensionamento do sector da construção e obras públicas, este alimentado por uma política de crédito bancário inacreditavelmente generosa, que o elevou a um nível de endividamento absurdo, o qual tem sofrido quebras acentuadíssimas da produção devido à semi-paralisia do mercado de habitação e à redução drástica das obras públicas – e também ele mão-de-obra intensivo.
8. Os sectores citados em 6 e 7 têm sido os grandes alimentadores do desemprego, a que se somam muitas indústrias situadas a montante do sector da construção civil e obras publicas que viram o seu nível de actividade entrar em queda abrupta, arrastadas pelo colapso daquele sector...
9. O desemprego é, sem dúvida, uma chaga social que urge combater...mas o combate mais eficaz teria sido não incorrer nos imensos disparates de política económica e financeira cometidos ao longo de anos a fio, tendo atingido quase o delírio nos 6 anos que antecederam o terrível acordo com a Troika...
10. Tendo abdicado desse combate, o desemprego tornou-se agora tão dramático quanto inevitável...
Dívida pública: resumindo e concluindo I
AUSTER IDADE
Relatório das PPP's e Concessões
Dúvidas (nata)físicas
segunda-feira, 30 de julho de 2012
O peso das medalhas...
O medalhão!
Será que o pior já passou? Aguardemos...
2. Segundo o INE, a recuperação da confiança dos consumidores resultou de um contributo positivo de todas as componentes, mais expressivo no caso das perspectivas sobre a evolução da situação financeira das famílias.
3. E acrescenta o INE: “as expectativas sobre a evolução financeira das famílias têm vindo a recuperar desde Fevereiro, invertendo a trajectória negativa observada desde o final de 2009 e registando em Julho o contributo positivo mais acentuado para o comportamento do indicador de confiança”...
4. Refira-se ainda o saldo das perspectivas relativas à situação económica do País que tem vindo a aumentar desde o início do ano, invertendo a tendência descendente anterior.
5. O comportamento deste indicador de confiança e em particular das expectativas sobre a situação financeira das famílias e sobre a situação económica do País não deixará certamente de surpreender aqueles que diariamente assistem à torrente de comentários, em geral catastrofistas, debitados por N comentadores que, com solenidade variável, vão desfilando pelos órgãos de comunicação social, nomeadamente pelas TV’s que tanto apreciam relatar e pressagiar desgraças económicas e sociais...
6. ...para não falar nos discursos dos políticos que fazem oposição oficiosamente, os quais alegam com extremo denodo que tudo vai mal, que não há esperança possível...discursos que parecem estar a cair em terreno estéril...
7. Uma explicação de índole psico-social para este fenómeno de recuperação da confiança pode residir na diluição do “efeito de surpresa/susto” que os portugueses sofreram com o anúncio da aplicação do PAEF (não o anuncio inicial, absolutamente patético, do ex-PM, em que nada acontecia...) e, sobretudo, das medidas adoptadas no OE/2012...
8. ...o susto terá sido grande, mas os portugueses já se terão habituado ao novo cenário de austeridade, terão digerido os seus impactos mais adversos, adoptado medidas de ajustamento pessoais e começam agora a encarar o futuro com mais confiança, talvez admitindo que “o pior já passou”...
9. Só esperamos – e esperamos sinceramente – que tal susto não seja reaquecido pela proposta de OE/2013...aguardemos.
IRRACIONAL IDADE
domingo, 29 de julho de 2012
Silêncios
Tratado da exploração pura (em dez medidas...)
É demais
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Francisco Lázaro
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Dia de São Joaquim e de Santa Ana
"Sobrevivente"
Começo a ter alguma dificuldade em compreender, e até aceitar, certas designações, como "sobreviventes do cancro", uma nova classe de pessoas que passa a ter "personalidade" grupal. De acordo com os promotores da ideia, ou melhor, da designação, o "sobrevivente do cancro" é todo aquele que ao fim de cinco anos não apresenta manifestações clínicas do dito. Até aqui nada de mal, trata-se de um critério clássico para referenciar os que têm grandes hipóteses de estarem curados do mal. Mas a designação "sobrevivente do cancro" incomoda-me. Ao ouvi-la, penso de imediato nos "sobreviventes do Holocausto", mas quem diz Holocausto diz todas as tragédias em que a maldade humana consegue manifestar-se com todo o esplendor diabólico, sobreviventes de massacres, sobreviventes de guerras, sobreviventes de perseguições políticas e religiosas, sobreviventes dos gulags, enfim, são inúmeras as pessoas que conseguiram e conseguem sobreviver a uma determinada ação intencionalmente destruidora e de causa humana. A par destas devemos incluir outros tipos de sobreviventes, caso dos terramotos, outros acidentes naturais e os diversos tipos de desastres.
Falar de "sobreviventes do cancro" terá objetivos próprios, ao identificar pessoas que lutaram e sobreviveram a um cancro, o que é positivo, mas também para poderem obter alguns benefícios, como é o caso da proposta, que está em discussão, da isenção de taxas moderadoras. Perante esta análise sou obrigado a questionar, o que fazer relativamente aos "sobreviventes dos acidentes vasculares cerebrais", aos "sobreviventes de enfarte do miocárdio" e aos sobreviventes de qualquer situação clínica que, não sendo tratada, causaria inexoravelmente a morte? São muitas as situações que a podem provocar. Sendo assim, pergunto, não terão esses "sobreviventes" os mesmos direitos que agora querem dar aos "sobreviventes do cancro"?
Falar de "sobrevivência" é um lugar-comum. O ser humano não faz outra coisa, desde que nasce, senão tentar sobreviver.
A par das situações clínicas há outras igualmente importantes, representadas pelos sobreviventes dos maus-tratos, do terrorismo, da violência doméstica, da intolerância religiosa, da miséria social e económica, enfim, um dia destes teremos de perguntar às pessoas a que classe ou grupo de sobreviventes pertence. Não me admiraria nada que obtivéssemos todo o tipo de respostas, inclusive alguns poderem dizer, "sou um sobrevivente da estupidez humana".
Não esquecer que, de um modo ou outro, somos todos "sobreviventes" de qualquer coisa, e não me venham falar de que "sobrevivente de cancro" é uma forma de discriminação positiva, porque não é, já que muitos dos que sofrem de cancro sabem de antemão que nunca irão pertencer a este grupo. Imagino a angústia ao pensarem que não poderão vir a pertencer a esta “casta”.
Um dia destes, o médico ainda acaba por perguntar: Quem é que está na sala? Utente, doente ou sobrevivente? Resposta: um ser humano, senhor doutor. Ah, está bem, mande-o entrar, se faz favor.
Que se lixe quem faz de conta!
Professores de manifestações
Declínio no valor do Euro poderá salvar a zona ?
Focos desencontrados...
O talho do sr. Luís também tem direito a uma lista negra oficial dos seus devedores?
quarta-feira, 25 de julho de 2012
"Um amigo"
Confesso que adoro ler Jorge Luís Borges. Seduz-me a sua escrita. Fico embevecido com o seu pensamento, simples, profundo e cheio de beleza.
Em dezembro de 2008, há quase quatro anos, li uma notícia sobre a descrição do memorial inaugurado em Lisboa, ao Arco do Cego, a Jorge Luís Borges. Não vinha acompanhado da fotografia do monumento, mas concluí que deveria ser belo.
Poeta de pensamento simples, profundo e cheio de beleza. Um poeta cego, mas que via mais do que os que veem e que continua a ensinar-nos a ver a vida. Fiquei feliz por ter um monumento entre nós. Um encantador. Um mágico da alma. Nesse pequeno escrito prometi o seguinte: “Na próxima vez que for a Lisboa tenho que ir dar uma mirada ao monumento do autor do “Poema aos amigos”. Prometi que o faria. E o que é que fiz entretanto? Fui inúmeras vezes a Lisboa, dezenas de vezes, e não cumpri a minha promessa. As promessas, dizem na minha terra, têm de ser cumpridas, caso contrário, quando morremos, a nossa alma erra sem sossego. Esqueci-me. Entretanto, li muitas coisas sobre ele e dele, também, mas nunca mais me lembrei de ir “vê-lo”.
Hoje, ao fim da manhã, depois de ter cumprido os meus deveres académicos, caminhei em direção ao metro. O sol aquecia o corpo, mas o ar de Lisboa refrigerava a alma, o que me permitia pensar em tudo, em nada e em outras coisas. Tranquilo, o meu estado preferido, causa-me uma sensação de leveza única. Como é tão raro, faço todos os possíveis para o saborear e prolongar no tempo. Ao chegar perto do Arco do Cego vislumbro o jardim. Pensei, uma obra simples e agradável. Olho e vejo um memorial. Aproximo-me e vejo que era o memorial dedicado a Jorge Luís Borges. Senti um baque, a minha tranquilidade deu lugar a um sentimento de espanto e até de vergonha. Meu Deus, aqui está o memorial. Belo. Fiquei durante alguns instantes a mirá-lo. Belo. Pus-me a pensar se o “acaso”, porque não tenho a pretensão de poder ser alvo de atenção do grande poeta, não me levou ao final de uma bela manhã de verão ver o memorial. Quem sabe se o “acaso” não quis evitar que, um dia, a minha alma se tornasse errante por não ter cumprido uma promessa, ou, então, tenho de concluir que Borges é mesmo um amigo. É! Basta ler a sua oração, “Poema aos amigos”.
Contrastes do tempo que passa
terça-feira, 24 de julho de 2012
Amo-te Lisboa!
Coisas simples...
Objectivo orçamental: como entender?
Em cima do joelho
Adenda:
Acaba de ser anunciado o veto político a este decreto. Na mensagem dirigida pelo PR à AR fica-se a perceber que afinal o erro, ou pelo menos a eventualidade de existir erro, já tinha sido suscitada em pleno procedimento legislativo. O que torna mais chocante a situação uma vez que o parlamento preferiu sacrificar o rigor a uma qualquer conveniência. Parte da mensagem do PR merece especial atenção:
"5. Face a esta situação, está-se perante a singular circunstância de ser enviado ao Presidente da República para promulgação um texto legislativo em relação ao qual o seu próprio autor expressa, previamente, dúvidas quanto à exatidão do mesmo.
6. Neste contexto, o Presidente da República não pode deixar de notar, como já fez em anteriores ocasiões, que a qualidade e o rigor na produção das leis são um imperativo da maior importância para a segurança jurídica e para o estabelecimento de uma relação de confiança e de respeito dos cidadãos perante o Estado. O rigor deve ser uma condição sine qua non em todas as fases do processo legislativo.
7. Também importa acautelar que o poder de veto político do Presidente da República, consagrado constitucionalmente, não seja utilizado para dirimir dúvidas desta natureza".
segunda-feira, 23 de julho de 2012
A abnegação de uns torna outros ridículos
Bem basta o sofrimento de quem vê perdido o pouco que acumulou na vida, impiedosamente levado pelas chamas dos incêndios que todos os anos percorrem o País. Bastam as imagens das labaredas repetidas ad nauseam nas TV para gaúdio, prazer e estímulo dos loucos incendiários como há muito se sabe. Os relatos inflamados dos repórteres que procuram explorar comoções e desgraças para encher os noticiários e assim aumentar audiências e com elas a venda de mais publicidade. Tudo isto é demais para nos habituarmos. Isto e a crónica discussão sobre a falta de coordenação e de meios entre responsáveis técnicos. Um passa-culpas insuportável. No meio de tudo estão aqueles que arriscam a vida para defender pessoas e bens sem que se lhes ouça um queixume. Não são comandantes, presidentes, coordenadores. São mulheres e homens bombeiros, socorristas e muita, muita gente anónima e abnegada que tornam rídiculas as figurinhas do costume e a cobertura mediática que se lhes dá.
domingo, 22 de julho de 2012
Tempo...
"Tonel das Danaides"
O ensino da indisciplina
sábado, 21 de julho de 2012
Oito linhas fazem um grande texto
"Amigos meus dizem que nem sempre José Hermano Saraiva e o rigor histórico andavam de mãos dadas. Quem sou para duvidar deles? Mas o psi arrisca uma opinião - ele partia da História e desatava a contar histórias sobre ela. E as histórias pedem capitel ali, vidro transformado em vitral aqui, invasão por traços da personalidade do narrador que as torne mais amadas por si e pelos ouvintes. E por isso ele influenciou gerações, que sorriam perante a sua enorme e expressiva paixão narrativa. E as paixões não primam pelo rigor:)".
A história não se reescreve
sexta-feira, 20 de julho de 2012
José Hermano Saraiva, o Professor
Mistério público
PS: Não é a absolvição que está em causa: aqui a justiça funcionou. O que está em causa é uma acusação ter sido produzida com tão frágeis indícios. Justiça, para o Ministério Público, não pode ser tirar água do capote. Aliás, segundo o Público de 26.02.10, dos 64 processos instruídos pelo DCIAP apenas 19 resultaram em condenações pelos Tribunais.O que prova que uma grande parte deles devia acabar logo na fase de instrução.
Presidente nao subscreve prolongamento do PAEF: ainda bem...
2. O PR mostra assim não subscrever a ideia da austeridade a conta-gotas, que em última analise decorre das sugestões de prolongamento do PAEF: face as dificuldades (inegáveis) de cumprimento, negoceia-se mais um ano, depois outro, e assim sucessivamente ate se atingir o valor mítico de 3% do PIB para o défice orçamental...
3. Saliento duas breves passagens da entrevista do PR, que me parecem elucidativas do seu pensamento. A primeira: “Mais prazo para realizar as reformas estruturais que aumentem a competitividade da economia portuguesa? Mas mais prazo aqui significa mais desemprego”. E eu permito-me acrescentar: e mais prazo agrava o risco de o desemprego conjuntural se converter em desemprego estrutural, bem mais difícil de corrigir.
4. Noutra passagem, diz o PR ser “ mais correcto olhar para as politicas em vez de concentrar a atenção (exclusivamente) no défice – uma variável que os Governos não controlam directamente – procurando encontrar políticas que, garantindo a sustentabilidade das finanças públicas, sejam equitativas e minimizem o efeito recessivo sobre a economia”.
5. Ora ainda bem que o PR vem juntar a sua voz aos que, tambem aqui no 4R, vêem denunciando a ilusão do prolongamento do prazo do PAEF como panaceia para as dificuldades na sua aplicação.
6. Reitero a opinião aqui ja expressa de que um Programa de Ajustamento como aquele que adoptamos semi-voluntariamente em Maio de 2011, envolvendo uma dose de austeridade significativa mas incontornável, não pode ser estendido por muito tempo sob pena de perder toda a sua eficácia, ficando posto definitivamente em causa o seu objectivo fundamental que, não esqueçamos, consiste em reequilibrar a economia, refazendo as condições de crescimento sem endividamento excessivo.
7. Ora ainda bem que o PR vem reforçar as hostes anti-prolongamento...Tenho a noção de que mesmo os 3 anos que foram negociados poderão ser tempo excessivo – não estão a sentir?
quinta-feira, 19 de julho de 2012
"Hammerstein ou a intransigência"
O Bloco já é pelo mercado livre. Mas que droga!...
A senhora Reitora!
PS: Referi que foi noticiado que seria a primeira Reitora de uma Universidade. Não é assim. Um leitor informou-me que uma senhora, a Prof. Doutora Maria Helena Vaz de Carvalho Nazaré, foi Reitora da Universidade de Aveiro.
Emissao de divida publica e...lança-chamas em "panne"?
2. Curiosamente, poucas horas antes desta operação, registara-se a entrada em cena, mais uma vez, do conhecido lança-chamas MS, conhecido pela sua acção destruidora de qualquer vestigio de neo-liberalismo, desta vez disparando com toda a violência na direcção do Governo, que acusou de estar quase agonizante, de já não servir, sendo por isso urgente a sua substituição...
3. ...não se sabe por que forma essa substituição poderia agora ser feita a não ser por insurreição armada, mas isso para o lança-chamas em apreço trata-se de pormenores que não interessam muito ou mesmo nada, tudo será perfeitamente democrático desde que sirva para o derrube de quem não gosta...
4. Não deixa de ser sintomático do estado de eficácia do dito lança-chamas, a total indiferença do mercado em relação ao ataque que desferiu, reagindo exactamente ao contrario do que seria justificado face ao alarmismo que o mesmo seria suposto causar...
5. A conclusão parece apontar para a necessidade de uma urgente reparação do lança-chamas em questão, possivelmente danificado por excesso de uso nos últimos tempos, não se podendo esquecer que estes equipamentos muito sofisticados exigem uma manutenção frequente e rigorosa...
6. Se necessário, como e evidente, serão mobilizados fundos públicos para a reparação do lança-chamas, operação considerada de interesse publico...e, mesmo que o não fosse, os fundos públicos devem estar sempre ao dispor de causas nobres.
Bernardo Torres
“Mors ultima ratio” (A morte é a razão final de tudo). Está bem, pode ser, mas não era preciso exagerar tanto...