Vivemos numa democracia sem qualidade. No teatro parlamentar, a
representação ultrapassou a normal divergência partidária e o palco
tornou-se o lugar da mais insuportável e deseducativa violência verbal.
Bons de um lado, maus do outro, numa linguagem de ódio, como se a
coexistência de diferentes vias políticas não fosse a essência da
democracia.
Mas neste grande teatro de uma democracia sem qualidade, é a geringonça
que monta as grandes encenações. Modernizou a picareta falante
transmigrada de um seu ilustre avatar, aumentou-lhe potência e cobertura
e colocou-a a funcionar em vários canais estereofónicos que propagam,
alto e longe, a voz e o grito da nova e vasta sorte de artistas
ilusionistas, contorcionistas e prestidigitadores que ocuparam o palco,
tomaram--no como seu e dele querem fazer modo de vida.
Pedrógão foi tragédia bem real, mais de 60 pessoas queimadas vivas. Em
vez de respeito e assunção de responsabilidades, repetem-se as
encenações alternativas. A diretora de cena chorou publicamente no palco
da tragédia, porventura como forma de melhor coordenação e comando do
tablado. De onde, cercado de fogo, logo o encenador se afastou para
férias, saindo de mansinho pela esquerda baixa...
(ler mais, meu artigo no i- Teatro político em modo de pantomina)
2 comentários:
Ainda por cima o PR e o agnóstico kosta foram à missa das vítimas dos selvagens islâmicos em Barcelona..
mas não consta que o kosta, pelo menos, "honrasse" as vitimas de pedrógão com a sua presença....
Pois é...
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