À entrada de uma praia, um posto da Administração Regional de Saúde. Perguntei se mediam a tensão arterial. Que sim. Trabalho feito, com prontidão e qualidade, estou certo.
-Quanto é que tenho a pagar?
-Agora, nada, vai receber uma factura em casa...e a senhora enfermeira logo tratou de saber os dados, nome, morada, nº contribuinte e do serviço nacional de saúde, um bastava, data do nascimento, entregando-me cópia. Preço, oitenta cêntimos.
-Bom, oitenta cêntimos, mais valia pagar já, assim com trabalho administrativo e portes de correio, o custo é maior que a receita...
-São as instruções que temos...
Pois é, só os selos de correio de envio da factura e, depois, do recibo, ultrapassam o valor cobrado. Juntando o custo do processamento de um e outro dos documentos, da contabilização, etc, etc, o esquema transforma-se num monumento à irracionalidade da máquina burocrática.
Como alternativa ao pagamento imediato, naturalmente sujeito a fraudes, ficava bem mais barato fazer o serviço à borla. Mas assim se assegura o emprego a mais uns funcionários públicos. E é isso que conta para a verdadeira burocracia. Se não trata de si em primeiro lugar, nem tem direito a existir.
3 comentários:
O circo tem muitos figurantes, e custa cada vez mais dinheiro. É uma maneira de comprar votos.
Eu mantenho o teu emprego no estado e tu botas em mim. Simples.
À venezuelizacao em curso.
E depois vêm falar no ambiente, em não imprimir para poupar árvores, a lengalenga que a esquerda se tornou perita.
Pensava que nos serviços públicos já não aconteciam coisas destas. Uma vergonha.
Então não era muito mais proveitoso para todos, se o utente fosse informado do valor "real" do serviço prestado, numa pequena nota escrita, onde se escreveria qualquer coisa mais, do género "deve falar com o seu médico" ou, "valores normais para o seu peso e idade", para além da indicação de que se trata de um serviço prestado graciosamente, a título excepcional ou não.
E andam eles a encher a boca com o "simplex"... Burocratas e... incompetentes, é o que essa gente é.
Caríssimo António,
A situação que relatas não é, infelizmente, original.
Tenho deparado com várias.
É SIMPLEXmente ridículo!
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