Concordo que a presença do Ministro da Administração Interna (sei bem que é uma senhora, mas os membros do governo são ministros, assim como uma senhora em funções de presidência é presidente) no posto de comando dos incêndios pode ser útil, para desbloquear burocracias e facilitar a resolução de impasses e problemas de toda a ordem que naturalmente surgem no teatro das operações. Esse seria o seu valor acrescentado.
Mas o que se viu foi um aviltamento completo da função de Ministro, ao exibir-se, por vontade própria, ou ser convidado a exibir-se apenas para dar estatísticas de mortes, apresentar o número de operacionais ou de carros e de meios aéreos presentes ou informar do evoluir do processo de identificação dos corpos, repetindo aquilo que outros já haviam dito e já era conhecido à saciedade.
Desconhecendo o que mais o Ministro fez, por ninguém o referir, e se todas as declarações se resumiram a estatísticas e estados de alma, como repetidamente se viu, a presença do Ministro foi um verdadeiro conjunto vazio. Imagem, só imagem, sem conteúdo.
2 comentários:
Estamos entregues a gentinha, que só sabem mandar no gabinete, e são incapazes de se rodear de quem sabe. Nunca fizeramnada de útil na vida, são parasitas acomadados no estado, vivendo de esquemas e rodeados de lambe cus, desculpe o termo.
Quando aparecem situações destas é lamentávelmente vão aparecer mais são uns incapazes.
Faz falta em Portugual um jornal decente e objectivo, porque estes predadores são transversais à sociedade e devem ser denunciados por isso.
De facto, e de modo mais brando, o que me parece é que muitos dos responsáveis foram arvorados a funções que excedem em muito o seu nível de competência, o que leva a que actuem de acordo com a competência que efectivamente têm. Para mim, foi deprimente ouvir consecutivamente a ministra a enumerar o nº de mortos e feridos e o nº de operacionais no combate às chamas. Parecia que estava lá só para isso. Ou estava mesmo?
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