O país tem vivido de mitos, de tal modo assimilados que já são
tomados como realidade. Eles servem a classe político--burocrática
instalada que os sustenta e dinamiza, pois lhe trazem retorno eleitoral
assegurado.
Mito é pensar-se que o Ministério das Finanças é o Ministério das
Finanças do país quando geralmente tem sido apenas o Ministério das
Finanças das administrações públicas, ou até só de algumas, ou
unicamente do setor público estatal. Para melhor servir tal objetivo, o
Ministério das Finanças tornou-se tentacular, comandando ou
influenciando decisivamente cada vez mais áreas e organismos, acentuando
a prevalência do Estado na esfera económica e tornando clara a
subordinação da economia real à lógica das administrações públicas e do
calendário eleitoral. Prova é a política fiscal, concebida ao exclusivo
serviço do Estado e ao arrepio da economia, ou a política orçamental, ao
serviço dos interesses das burocracias instaladas e dos partidos do
poder. O Ministério das Finanças, salvo honrosas exceções ou mercê de
imposição externa, tem-se constituído como o grande patrono dos
interesses burocráticos e partidários, prodigalizando-lhes o dinheiro
que retira à economia, ao investimento, à formação e reorganização
empresariais, e, assim, à produtividade e inovação...
(se interessar, continuar a ler, meu artigo no jornal i)
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