Aquela que ia resolver os problemas da Europa... A tal lufada de ar fresco de que falavam os socialistas portugueses, depois da vitória de Hollande...A tal que apostava no crescimento, como se o crescimento fosse um jogo de casino...
...Mas uma televisão já disse que o PS francês acabou por ficar aquém das piores expectativas. Já temos, pois, vencedor.
11 comentários:
Para mim, Caríssimo António, a desculpa dos extremos é a mesma: ganhou a abstenção.
Como se o não votar fosse votar ...
Como se não houvesse uma segunda volta para desempatar.
Mas o que me parece mais interessante abordar a propósito das eleições no UK e em França é o sistema da eleição por círculos uninominais. Fala-se há muito tempo neste assunto em Portugal mas ninguém avança.Os partidos não cedem minimamente nas suas prerrogativas de fazer "eleger" os amigos e conhecidos invocando o fantasma do caciquismo.
O caciquismo para se perpetuar precisa de suporte que lhe permita obrar sem cobrar impostos. É essa a vantagem dos autarcas. NO caso dos deputados, o efeito é (seria) bem menor.
Pois é, caro Rui, é isso mesmo.
E parece-me que desta vez a França, através de Macron, mostrou de forma evidente que se torna necessária uma alteração radical na forma de fazer política, a começar pelo critério de escolha dos candidatos, gente nova sem ligações ao passado, o que levou que até Manuel Valls não fosse incluído nas listas. Foi candidato independente.
Caríssimo Dr. António Pinho Cardão,
Depois de tanta justificada preocupação da sua parte, manifestada através de tantos posts sobre o aumento dos juros da Dívida Pública, não haverá espacinho para um postezito sobre este abaixamento, que já tem várias semanas consecutivas com esta tendência?
Se as coisas continuam assim ainda chegam a 0%: um escândalo.
«O IGCP colocou 500 milhões de euros a cinco anos, deixando a maior “fatia” para o prazo mais longo, a dez anos. No total, a agência liderada por Cristina Casalinho obteve 1.250 milhões de euros com taxas mais reduzidas face ao duplo leilão idêntico realizado em maio. A taxa a cinco anos foi de 1,1982%, já no prazo a dez anos caiu para 2,851%.
Em maio, Portugal tinha pago uma taxa de 1,828% no prazo a cinco anos, enquanto a dez anos a taxa tinha ficado em 3,39%».
Vá lá, Dr. António Pinho Cardão, seja condescendente.
comentários tão interessantes!Até parece q o dinheiro pedido é de borla e não cresce a dívida. Mesmo com juros a zero.
Caro opj
Sabe, para se comentar deve conhecer-se um pouco do assunto e estar-se de boa fé.
Quando alguém deve 100 e está a pagar 4,5% de juro e, para aliviar esse juro, vai ao mercado e contrai mais 100 a 3% de juro para amortizar a dívida anterior, fica com o mesmo volume de dívida e está a poupar 1,5% no serviço da dívida.
Embora momentaneamente fique com mais dívida bruta, mas com a mesma líquida, e com um encargo suplementar de juros entre a data da contracção da nova dívida e a data da amortização da anterior.
Espero que eu tenha sido claro.
Preclaríssimo António Pedro Pereira:
1. Claro que há preocupação, muita, da minha parte com a dívida e com os juros da dívida. Sempre houve, não é de agora. E o mal maior é a dívida, os juros são um mero acréscimo. Acontece que a maior parte da dívida é uma consequência de políticas erradas, criminosas, mesmo, algumas. Pelos vistos, o meu amigo convive bem com a dívida, com uma dívida crescente, que demagogicamente se diz que está a diminuir. Mas, se convive bem, não sou eu que lhe vou tirar esse prazer...
2. Em Dezembro de 2015, a dívida pública era de 226.363 milhões de euros, valor que passou para 236.283 milhões, mais 9.920 milhões de euros, em 2016. Em Abril de 2017, último valor publicado pelo IGCP, já ia em 244.020 milhões, mais 7.737 milhões em apenas 4 meses. O que significa que nos últimos 16 meses da gestão geringôncica a dívida aumentou 17.657 milhões de euros, valor dificilmente explicável, face ao volume anunciado do défice. Ou então explicável, face a nunca ter sido dado outra explicação óbvia e coerente, por uma colossal desorçamentação e um forte conjunto de despesas ir directamente à dívida.
3. Se isto não é motivo de preocupação, não sei o que será. Claro que os juros, com oscilações de momento ou de conjuntura, e na ausência de intervenções do BCE, só terão tendência para subir se a dívida não diminuir o ritmo do aumento e, depois, não começar a descer.
4. Claro que alguns pugnam pela reestruturação,quer dizer, perdão, mas, contradição suprema, para poder continuar a aumentá-la e rapidamente chegar ao ponto inicial.
5. E aqui tem o meu amigo a minha melhor condescendência a tratar deste tema. E volte sempre, a entrada é livre para gente de boa vontade
Caro opjj:
De facto, o drama é que a dívida cresce, cresce, como se demonstra pelos dados antecedentes. Pior ainda é que muitos pensam que a dívida não é para pagar. O que passa de drama a tragédia, melhor, a tragicomédia!...
Caro Dr. António Pinho Cardão:
Vale a pena ler veste artigo todo com atenção.
É objectivo, isento de sectarismo ideológico, conciso e bastante informativo (historicamente).
«Desde Durão que ninguém cumpre a promessa para a dívida», Pedro Sousa Carvalho, no jornal Eco-online
https://eco.pt/2017/06/14/desde-durao-que-ninguem-cumpre-a-promessa-para-a-divida/
Caro António Pedro Pereira:
Pois, a ser verdade, o que não ponho em causa, mas irei verificar, isso explica tudo. E o facto de uns não cumprirem não justifica o incumprimento de outros. Por essas e outras chegámos onde chegámos. Pior, parece que tudo fazemos para não arrepiar caminho.
Caro Dr. António Pinho Cardão:
Mais uma boa notícia (ou má, dependendo do grau de sectarismo de cada um).
«Portugal pediu autorização a Bruxelas para pagar antecipadamente 10 mil milhões dos empréstimos concedidos pelo FMI», in ECO-online.
https://eco.pt/2017/06/15/schauble-pagamento-ao-fmi-mostra-que-resgate-a-portugal-e-historia-de-sucesso/
Depois deste pagamento veremos como ficará a Dívida Pública.
Caro António Pedro Pereira:
Provavelmente ficará na mesma, já que o pagamento é feito com novo endividamento. Mais barato, o que é bom.
Chama-se a isso reestruturação da dívida, no sentido adequado e correcto.
E, já agora, muito bem o IGCP procurar dívida de longo prazo, como fez na última 4ª feira, ao contrário do que preconizava esse pitoresco grupo de trabalho constituído pela geringonça no âmbito do Parlamento e onde pontificavam os "grandes" economistas do PS e dos seus compagnons de route, PCP e Bloco, que defendiam o endividamento de c. p., na perspectiva de que quem vier que feche a porta...
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