Para servir
economia e cidadãos, as políticas públicas
devem ser harmónicas, evitando extremismos e modismos, potenciando assim o
seu contributo para o todo nacional.
Ora
a política energética vigente, lançada de 2005 a 2011, de fomento das energias
renováveis intermitentes e inteiramente vassala de uma política ambiental extremada,
constitui um ónus excessivo e injustificado para a competitividade da economia.
Segundo dados oficiais da ERSE relativos ao 2º Semestre de 2018, os preços da
electricidade para uso doméstico e industrial são superiores aos preços médios
dos países da EU-28.
Aliás,
a energia assim produzida mostra exuberantemente toda a sua perversidade: tem
um preço garantido muito acima do mercado, entra na rede com prioridade em
relação a outras fontes disponíveis a preços mais baixos, e é toda paga,
mesmo que não consumida.
Uma política justificada por
objectivos ambientais e diminuição do défice externo, uma enorme falácia,
porque Portugal não é um país poluidor, e o governo sempre escondeu quanto é
que a economia perde exportações e aumenta importações devido ao sobrecusto da
energia. Mais, oculta que tal política obriga a manter centrais térmicas a funcionar para o caso de
faltar vento ou sol, custos assim em duplicado.
Portugal
não é um país poluidor: a nível mundial, apresenta um valor bem inferior a
0,16% do total emissão de gases com efeito de estufa e, à escala da EU-28,
apenas 1,6% das emissões, um valor per capita 20% mais baixo que a média da
União. Foi ainda o país que em 2018 apresentou a maior redução de emissões de
CO2, mais do triplo da média europeia. E, pasme-se, anuncia agora diminuir o efectivo bovino em 50%, levando à importação e carne e leite de
locais onde tal espécie, pelos vistos, não emite gases, nem polui…
Como
se tal não bastasse, o Governo decidiu
recentemente licenciar mais potências intermitentes com preço fora de mercado
(feed-in-tariffs), numa expansão da política que gerou um enorme défice tarifário, agora de 3, 8 mil milhões de
euros, e originou os mais elevados preços da energia na EU-28 em termos de
paridade de poder de compra.
No fim, um
desequilíbrio entre políticas, ambiental e energética, que onera preços e
diminui competitividade, um enriquecimento
sem causa dos produtores e um subsídio de Portugal aos países ricos e poluidores.
(meu artigo publicado no DN/JN/Dinheiro Vivo de 27 de Julho de 2019
3 comentários:
0,117%
Na quarta-feira, a taxa de juro da dívida pública portuguesa a 10 anos
atingiu um novo mínimo nos 0,117%.
Há um mês, as taxas estavam na casa dos 0,5%
Ih!....A Geringonça domina por completo os mercados!...
It is an economical abomination, but it must be done for the sake of a better future. Yes portugal is not a polluter but it will serve as an example for other countries to move towards non pollutants as well.
https://aab-edu.net/
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