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quarta-feira, 27 de março de 2019

As mil e uma noites lusitanas

As histórias das Mil e Uma Noites tornaram-se tão perenes e indeléveis que vêm sendo contrafeitas em todas as épocas e lugares. E agora, também, em versão caricatural, na Lusitânia.
Quando o Sultão Shariar descobriu a traição da esposa, mandou-a matar e ao amante. E, forma expedita de evitar novas traições, decidiu desposar todas as noites uma nova donzela, que seria executada na manhã seguinte, cometendo ao Grão-Vizir o rigoroso cumprimento destas suas ordens.   
Num acto de enorme coragem, mas convencida de que poderia pôr cobro a tamanha impiedade, a filha do Grão-Vizir, Sherazade, obrigou o Pai a apresentá-la ao Sultão como esposa. Na noite nupcial, instruiu a sua pequena irmã, Dinarzade, para chorar bem alto, logo que a visse entrar na alcova real. Explicou Sherazade ao Sultão que o choro era da irmã, a quem sempre contava uma história para adormecer.
que amanhã estarei morta, peço-lhe que a deixe entrar para que eu a entretenha pela última vez”, pediu Sherazade. Muito contrariado, o Sultão acedeu.
E Sherazade começou uma história, outra e outra lhe encadeando e já chegava o alvorecer e a hora da execução, quando a narrativa atingia o seu clímax. Curioso por saber o fim da história, ordenou o Sultão que Sherazade continuasse na noite seguinte. E assim passaram mil e uma noites, até que…
Bom, se o leitor não sabe, a punição é ir até ao fim do artigo…
Certo é que nas Mil e Uma Noites árabes o contador das histórias era Sherazade, e o Sultão o ouvinte; mais verdadeiro é que, por cá, na originalidade lusitana, os ouvintes são os cidadãos e o contador das histórias é o Sultão. Não para salvar outrem, como Sherazade, mas para se salvar a si próprio.
Começou o Sultão por contar como descobriu a password de Ali Babá, graças ao canudo de marfim de Ali que lhe permitia ver tudo o que desejava, e abriu a caverna dos 40 ladrões...
Segue aqui o meu artigo de hoje no i.