Há quem diga que isto de Ano Novo Ano Velho é uma grande cantiga, que os dias são todos iguais, os anos também, é só uma divisão do tempo, porque é que havemos de celebrar o fim de um, o começo de outro, quando na verdade não acontece mesmo nada entre os dois?
É uma maneira de ver, há quem goste de reduzir as convenções àquilo que são, formas de organização que podiam ser estas ou outras, não há que deixar que perturbem a nossa vidinha e venham agora cá com maçadas de encontros de família e amigos, balanços de ano, desejos para o futuro e outras iniciativas que podiam ter lugar no dia 5 do mês sete ou no 1º dia de cada mês ímpar.
Pois eu acho que essas pessoas não têm razão nenhuma, que os rituais devem ser cumpridos e devemos aceitar que existam pequenos marcos ao longo dos dias para que eles não sejam todos iguais ou com recordações desorganizadas. A verdade é que nos lembramos dos jantares de Natal da nossa infância, do mesmo modo que os nossos filhos se vão lembrar dos que fazemos com eles, tal como podemos dizer qual foi o aniversário que festejámos melhor ou quantos anos passaram sobre os acontecimentos mais importantes.
O ano é a divisão mais importante do nosso tempo, a que permite uma perspectiva mais segura da “tendência” mas ainda dá espaço a que se corrija alguma coisa, não é como uma semana ou um mês, em que parece que nada se definiu, e não é como uma década, que tem aquele peso horrível do irremediável e de que falamos já como se fossem factos históricos.
Daí que me pareça essencial que se pare um bocadinho para reparar no ano que passou, se olhem os nossos dias como olhamos as páginas das revistas desta época, as melhores fotografias, os acontecimentos mais marcantes, as pessoas principais, as que deixámos esquecidas sem dar por isso, ou porque assim quisémos. No nosso pequeno mundo individual, é incrível a quantidade de coisas que mudaram num ano, as que foram desejo intenso e não se realizaram e as que nos surpreenderam sem que contássemos com elas. É também curioso apurar quem influenciou o nossos destinos e porquê, ou o que teria sucedido se naquele dia x não tivéssemos atendido o telefone, ou se no dia y tivéssemos gritado de fúria em vez de calar mansamente a nossa discordância…
Das mil coisas que aconteceram nestes 365 dias que agora vão ficar muito arrumadinhos em 2007, há muitas que vale a pena guardar, outras que esperamos que prossigam em 2008 e se revelem plenamente, ainda outras que não chegaram mas que vamos continuar a querer e, claro, alguma que preferíamos que não tivessem acontecido ou que sofremos com desgosto.
É uma maneira de ver, há quem goste de reduzir as convenções àquilo que são, formas de organização que podiam ser estas ou outras, não há que deixar que perturbem a nossa vidinha e venham agora cá com maçadas de encontros de família e amigos, balanços de ano, desejos para o futuro e outras iniciativas que podiam ter lugar no dia 5 do mês sete ou no 1º dia de cada mês ímpar.
Pois eu acho que essas pessoas não têm razão nenhuma, que os rituais devem ser cumpridos e devemos aceitar que existam pequenos marcos ao longo dos dias para que eles não sejam todos iguais ou com recordações desorganizadas. A verdade é que nos lembramos dos jantares de Natal da nossa infância, do mesmo modo que os nossos filhos se vão lembrar dos que fazemos com eles, tal como podemos dizer qual foi o aniversário que festejámos melhor ou quantos anos passaram sobre os acontecimentos mais importantes.
O ano é a divisão mais importante do nosso tempo, a que permite uma perspectiva mais segura da “tendência” mas ainda dá espaço a que se corrija alguma coisa, não é como uma semana ou um mês, em que parece que nada se definiu, e não é como uma década, que tem aquele peso horrível do irremediável e de que falamos já como se fossem factos históricos.
Daí que me pareça essencial que se pare um bocadinho para reparar no ano que passou, se olhem os nossos dias como olhamos as páginas das revistas desta época, as melhores fotografias, os acontecimentos mais marcantes, as pessoas principais, as que deixámos esquecidas sem dar por isso, ou porque assim quisémos. No nosso pequeno mundo individual, é incrível a quantidade de coisas que mudaram num ano, as que foram desejo intenso e não se realizaram e as que nos surpreenderam sem que contássemos com elas. É também curioso apurar quem influenciou o nossos destinos e porquê, ou o que teria sucedido se naquele dia x não tivéssemos atendido o telefone, ou se no dia y tivéssemos gritado de fúria em vez de calar mansamente a nossa discordância…
Das mil coisas que aconteceram nestes 365 dias que agora vão ficar muito arrumadinhos em 2007, há muitas que vale a pena guardar, outras que esperamos que prossigam em 2008 e se revelem plenamente, ainda outras que não chegaram mas que vamos continuar a querer e, claro, alguma que preferíamos que não tivessem acontecido ou que sofremos com desgosto.
Tudo isto num ano!, e ainda há quem diga que dispensa uma pausa para balanço… Eu não. Eu gosto do fim do ano e do princípio de outro, gosto de fazer um desejo por cada uma das doze passas, da azáfama de encafuar tanta agitação nesta semana, gosto das pessoas a cumprimentarem-se “Bom Ano, Bom Ano” mesmo sem se conhecerem. E gosto de acreditar que os meus desejos se vão realizar e que, ao afirmá-los, ganhei um novo fôlego para viver em pleno mais 365 dias!
Um Magnífico 2008 para todos os amigos e visitantes do 4República!
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