Tenho grande admiração e gratidão pelas pessoas e instituições que carinhosamente cuidam das pessoas mais carenciadas, muitas delas fazendo dessa dedicação uma verdadeira causa.
Tenho um especial carinho pelas pessoas idosas cuja condição de velhice, associada a problemas de saúde e decadência física e mental, solidão e abandono, dificuldades de acolhimento e assistência familiar, é tantas vezes aliviada, e ainda bem, pelo aconchego de um novo “lar” disponível para as receber.
Fiquei comovida com a lembrança que recebi de uma instituição de solidariedade social por ocasião da animação de Natal preparada para proporcionar às pessoas idosas aí residentes um tempo para bem recordar. É um calendário do Ano 2009 composto por doze páginas a que correspondem os doze meses do ano, cada uma delas decorada com um desenho pintado alusivo às estações do ano. Até aqui tudo normal. O que é extarordinário é que os seus "artistas", doze também, têm idades compreendidas entre os 90 anos e os 102 anos. É verdade, tive a sorte de conhecer duas senhoras de 102 anos, muito velhotas fisicamente, mas intelectualmente válidas e bem vaidosas dos seus talentos.
São realmente espantosos os resultados do carinho, da ajuda, do esforço e da persistência colocados na vida destas pessoas tão idosas, ocupando-as e estimulando-as em actividades que alimentam a sua auto-estima e que apesar da velhice avançada têm afinal talentos escondidos para desvendar.
Por sermos mais novos, por estarmos longe dessa velhice ou por não contactarmos com ela no nosso dia a dia, não nos lembramos e não valorizamos o extraordinário trabalho que muitas instituições de solidariedade social desenvolvem nesta área. Longe das crispações políticas, longe das crises financeiras e económicas e do reboliço do consumismo, mas atingidas nos seus efeitos, estas instituições reúnem um enorme saber a cuidar de pessoas que a sua condição de velhice retirou do mundo lá fora em frenética combustão. Lá dentro, o tempo tem outro tempo, a atenção e o esforço de quem aí trabalha têm uma forte componente humana, na busca de minorar sofrimentos e proporcionar qualidade de vida às pessoas idosas que estão à sua “guarda”. A responsabilidade é grande e os meios nem sempre são os necessários e adequados para a fazer cumprir. Não descurando da importância dos bens materiais, mais relevante para estas missões tão difíceis e trabalhosas é a dimensão humana - o carinho, a amizade, o amor, a tolerância e a humildade - que faz toda a diferença no bem estar dessas pessoas que na fase final das suas vidas merecem viver com esperança.
Viver o Natal também passa por nos lembrarmos e alguma coisa fazermos para que estes “lugares”, que um dia quem sabe se não serão também os nossos, vivam todo o ano um Natal Feliz. Tudo o que acontece depende de nós, das nossas vontades e dos nossos desejos. Acreditar que podemos fazer melhor também é Natal!
Tenho um especial carinho pelas pessoas idosas cuja condição de velhice, associada a problemas de saúde e decadência física e mental, solidão e abandono, dificuldades de acolhimento e assistência familiar, é tantas vezes aliviada, e ainda bem, pelo aconchego de um novo “lar” disponível para as receber.
Fiquei comovida com a lembrança que recebi de uma instituição de solidariedade social por ocasião da animação de Natal preparada para proporcionar às pessoas idosas aí residentes um tempo para bem recordar. É um calendário do Ano 2009 composto por doze páginas a que correspondem os doze meses do ano, cada uma delas decorada com um desenho pintado alusivo às estações do ano. Até aqui tudo normal. O que é extarordinário é que os seus "artistas", doze também, têm idades compreendidas entre os 90 anos e os 102 anos. É verdade, tive a sorte de conhecer duas senhoras de 102 anos, muito velhotas fisicamente, mas intelectualmente válidas e bem vaidosas dos seus talentos.
São realmente espantosos os resultados do carinho, da ajuda, do esforço e da persistência colocados na vida destas pessoas tão idosas, ocupando-as e estimulando-as em actividades que alimentam a sua auto-estima e que apesar da velhice avançada têm afinal talentos escondidos para desvendar.
Por sermos mais novos, por estarmos longe dessa velhice ou por não contactarmos com ela no nosso dia a dia, não nos lembramos e não valorizamos o extraordinário trabalho que muitas instituições de solidariedade social desenvolvem nesta área. Longe das crispações políticas, longe das crises financeiras e económicas e do reboliço do consumismo, mas atingidas nos seus efeitos, estas instituições reúnem um enorme saber a cuidar de pessoas que a sua condição de velhice retirou do mundo lá fora em frenética combustão. Lá dentro, o tempo tem outro tempo, a atenção e o esforço de quem aí trabalha têm uma forte componente humana, na busca de minorar sofrimentos e proporcionar qualidade de vida às pessoas idosas que estão à sua “guarda”. A responsabilidade é grande e os meios nem sempre são os necessários e adequados para a fazer cumprir. Não descurando da importância dos bens materiais, mais relevante para estas missões tão difíceis e trabalhosas é a dimensão humana - o carinho, a amizade, o amor, a tolerância e a humildade - que faz toda a diferença no bem estar dessas pessoas que na fase final das suas vidas merecem viver com esperança.
Viver o Natal também passa por nos lembrarmos e alguma coisa fazermos para que estes “lugares”, que um dia quem sabe se não serão também os nossos, vivam todo o ano um Natal Feliz. Tudo o que acontece depende de nós, das nossas vontades e dos nossos desejos. Acreditar que podemos fazer melhor também é Natal!
3 comentários:
-Um feliz Natal a todos os autores e visitantes do 4R.
Foi um gesto muito querido que essas "velhotinhas" tiveram para consigo Dra. Margarida Aguiar. E, como todos os gestos queridos, venham eles de onde vierem, são sempre bem-vindos, pois elevam-nos a auto-estima, e ajudam a sermos mais felizes.
Mais uma vez, um bom Natal com muita saúde e alegria para todos, autores, comentadores e leitores deste blog...
Na pessoa da DRª Margarida, a minha homenagem a todos os voluntários que dão exemplo da solidariedade e de amizade desinteressada por quem sofre e precisa.
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