- O BdeP divulgou, na
semana passada, a última actualização das previsões da economia portuguesa
para 2015, mantendo a anterior taxa de crescimento do PIB, de 1,7% (nada
má…), mas alterando a sua composição: a procura interna será mais dinâmica,
devendo crescer 2,5% (2,1% na anterior previsão) e as importações aceleram…
- Para o maior dinamismo
da procura interna contribuem o consumo privado (de 2,2% para 2,6%) e também
o consumo público (de -0,5% para + 0,1%), mantendo-se o ritmo elevado de
crescimento do investimento em capital fixo, de 6,2%.
- Quanto às transacções
com o exterior, as importações aceleram, como já referido, de 5,7% para
7,9% (bens duradouros, automóveis em especial)…sendo que as exportações também aceleram, de 4,8% para 6,1%, mas
não evitando que o contributo da procura externa para o crescimento do PIB
se torne mais negativo (era de -0,4% passa a -0,9%) – compensado exactamente
pelo maior contributo da procura interna, de 2,1% para 2,6%...
- O saldo conjunto das
Balanças Corrente e de Capital deve continuar folgado, em 2,3% do PIB, embora
inferior ao da anterior previsão (3%).
- Temos assim uma ligeira
aragem de Crescimentismo a abrilhantar o desempenho da economia em 2015,
mas, para já, nada que justifique sobressalto…
- Para 2016 existem
perspectivas mais animadoras para o Crescimentismo, quiçà deslumbrantes mesmo, com a hipótese de se vir a formar uma nova Coligação “A todo o gás, Portugal”, susceptível de dinamizar a actividade económica a ritmo galopante: de uma penada afastando a maldita Austeridade e
conferindo ao Estado o seu insubstituível papel de motor da economia…
- …mas pode acontecer que tudo não venha a passar de uma breve quimera de tipo syrizista, acabando os seus protagonistas (ou parte deles) por aterrar, mais ou menos aturdidos, num syrizismo de 2ª geração – reformista, liberal e com forte acento na disciplina orçamental !
- Se assim for, e como dizia o poeta: "Que desalento, lá se vai o crescimento"!
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segunda-feira, 12 de outubro de 2015
Economia: razoável desempenho em 2015, quanto a 2016 pode ser sensacional!
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4 comentários:
Tanto crescimento e tanto gás, lembram-me aquela anedota dos dois empresários nortenhos que vêm à capital realizar negócios de grande monta. Finalizados os encontros empresariais, decidem festejar o retumbante sucesso com um faustoso jantar, excessivamente bem regado. Quando regressam ao hotel, decidem pedir ao rececionista que lhes providencie - enquanto despejam mais uns uíques no bar - duas beldades para lhes alegrar a noite. Apesar da solicitude, o melhor que o rececionista consegue àquela hora, é um par de bonecas insufláveis que enfia dentro das camas dos empresários, convencido que, dado o avançado grau de embriaguêz, nenhum dos dois dará pela diferença. Na manhã seguinte, quando ambos descem e se encontram para o pequeno almoço, comentam um para o outro: Olha lá, entõe que tal te saiu a garina? - Nada de jeito, era uma mosca muorta, num se mexia, botei-a da porta para fuora mesmo nuínha e tudo. E tue? Que tal era a tua? - Ò pá, num era melhuore que a tua... às tántas para ber se a espebitaba, dei-lhe uma trinca na mama, e ela saiu-me a bufar pela janela do quarto.
Vamos lá ver, caro Dr. Tavares Moreira, se tanta coligação, tanta concertação, tanta negociação, tanta cedência e exigência... tanto gás e tanto Portugal, não vão fazer também com que os aumentos todos que o BDP profetiza, saiam a bufar pela janela fora.
Caro Bartolomeu,
Como terá reparado, o BdeP não profetiza coisa nenhuma, limita-se a actualizar a previsão de crescimento para 2015...e já estamos no último trimestre...
Quem profetiza, com grande e justificado entusiasmo, um formidável crescimento a partir de 2016, é este seu velho amigo, que, com grande expectativa, aguarda as voluptuosas promessas de crescimento da nova coligação "A Todo o Gás, Portugal".
Coligação que, finalmente, se prepara para realizar os mais do que justos anseios daqueles que tanto se têm marfado com a peregrina Austeridade que o Governo ainda em funções, sem qq necessidade, teimou em impor ao País.
Sim, agora que sabemos que a maioria dos portugueses rejeitou a austeridade, espera-se que em futuros actos eleitorais rejeite a gravidade e o excesso de idade. A primeira, porque não é justo que os mais pesados tenham que consumir mais energia e a segunda porque prejudica claramente as políticas relativas às segurança social.
Nessa listagem falta uma rejeição importante, caro Pires da Cruz: a inobservância de feriado nos dias que ainda o não são.
Assim, seria possível, sem nenhum drama, aumentar a semana de trabalho para 100 horas (eventualmente mais).
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