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terça-feira, 30 de março de 2010

Diversidade

Aqui estamos nos agora em Springfield, Massachussets, onde o empregado da recepcao do hotel nos declarou logo que a mae dele e portuguesa, nascida numa aldeia proxima das Caldas da Rainha e lhe contava historias de quando era pequena e tinha que percorrer a pe e descalca o caminho de terra ate chegar a escola. Ele nao fala portugues mas ligou logo a mae para que, mesmo ao telefone com desconhecidos, ela pudesse matar saudades da sua linga materna!
Conseguimos o milagre de nos servirem uns hamburguers apesar de serem quase 10 h e foi uma simpatica somali que nos atendeu.
Visitamos o campus da universidade de M. em Amherst, com uma reuniao na escola Superior de Educacao, onde uma das docentes do curso de ensino bilingue se chamava N. Matos, nascida na America do Sul mas descendente de portugueses.
Seguiu-se um almoco na cantina onde tivemos a agradavel surpresa de terem convidado para conversar connosco um estudante brasileiro e dois professores, um brasileiro e um mocambicano, o que deu uma conversa muito animada em varios tons desta maravilhosa lingua que e o portugues. E e realmente uma sensacao muito curiosa, talvez seja orgulho?estarmos aqui no outro lado do globo, numa cidadezinha americana, e encontrarmos pessoas tao diferentes a falar a nossa lingua.
A tarde fomos visitar uma escola rural, nos arredores de Northampton, a cerca de 1 h de "bus" da nossa base, onde ouvimos a perspectiva das escolas pobres, situadas em comunidades completamente diferentes das que pudemos ouvir ate agora, e falaram nos do que inventam para corresponder ao que se lhes pede, as dificuldades para combater o abandono escolar ou para mobilizar a comunidade.
Acabamos o dia a passear em Northampton, uma cidadezinha de provincia mas muito curiosa porque parece que ficou parada no tempo, ai nos anos sessenta, com um estilo hyppie um pouco decadente, as lojas sao estranhas porque as roupas parecem modelos de ha trinta anos, as mobilias e as decoracoes sao old fashion e ate o edificio da City Hall parece tirado de um filme a preto e branco! Mas e um encanto, depois de passada a primeira surpresa e termos percebido que o centro era aquilo mesmo e nao havia parte moderna da cidade. Mas acabamos encantados com o belissimo campus da Smith University, exclusivamente feminina, um espaco que lembra Inglaterra, com amplos parques muito verdes e silenciosos, lagos e edificios em tijolo escuro no estilo vitoriano. Duas simpaticas alunas coreanas deram nos algumas explicacoes sobre os cursos e o modo de vida naquele espaco paradisiaco.
E acabamos todos a jantar num pequeno restaurante tibetano...
This is America!

2 comentários:

Catarina disse...

A propósito de diversidade, os portugueses fazem parte dela em qualquer parte do mundo e quando encontram, inesperadamente, alguém que fala a sua língua, manifestam aquela alegria pelo encontro, e um saudosismo verdadeiro e directo ou até apenas por associação. E, invariavelmente, alguém perguntará de que parte somos de Portugal e se conhecemos fulano tal e tal....
E a refeição tibetana, como foi? Os “dumplings” não são uma delícia?! Teve a oportunidade de beber o po cha – chá de manteiga misturado com tsampa? De certo tem muito mais que nos contar... Aqui ficamos à espera. : ) Bom regresso.

jotaC disse...

Pois é, Cara Dra. Suzana Toscano, vejo que está muito receptiva e "deslumbrada" com tanta diversidade!...Por cá é um facto que não há tanta diversidade, somos mais modestos, mas a pouca que há também nos capta os sentidos, assim o queirámos! Nada de criar raízes, bom regresso...
:)