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sábado, 16 de março de 2013

Um requinte sempre à mão...



Fiquei fascinada com uma colecção espectacular de bules que hoje apreciei em casa de uns amigos. São centenas de bules de todos os cantos do mundo, que percorrem séculos de história, verdadeiras obras de arte. E no final da visita, não faltou uma colecção de folhas de chá. Felizmente que os anfitriões tinham uma escolha preparada. Uma selecção requintada, perfeita, a condizer com o gosto e personalidade dos convidados. 
Não há nada como um chá para confortar e reconfortar. Vai-se bebendo, devagarinho se vai saboreando, convida à tranquilidade e a uma certa espiritualidade. A variedade de chás é inesgotável, há sabores para todos os gostos e sensibilidades. Quase se pode dizer que há tantos chás quantos os paladares. Um chá é um momento e os momentos nunca são iguais. Há chás para todas as ocasiões.
Guardei há tempos um artigo muito interessante sobre a história do chá. Foram os portugueses que descobriram a planta do chá no Japão no século XVI. E foi depois a bordo dos galeões portugueses que as primeiras folhas de chá chegaram à Europa. No século XVII, a Infanta D. Catarina de Bragança – casada com o Rei Carlos II de Inglaterra – introduziu o hábito do chá das cinco no Reino Unido. 
Portugal levou tempo a tomar o gosto pelo chá. Mas tem estado a recuperar o atraso. Nas cidades e vilas portuguesas as salas e as boutiques de chá multiplicaram-se nos últimos anos. Há uma grande variedade de marcas. Também somos produtores, temos, aliás, uma das duas únicas produções de chá na Europa. Fica nos Açores. Hoje somos grandes bebedores de infusões. O requinte do chá popularizou-se… 

7 comentários:

Massano Cardoso disse...

Margarida. Não comento a maravilha de um bom chá, obviamente, o que eu tenho pena é a "falta de chá" de alguns. Uma expressão feliz, em todos s sentidos...

Catarina disse...

Também gosto do ritual associado ao chá. Chá com scones barrados com clotted cream, da parte da tarde e com um bom grupo de amigas.

Floribundus disse...

Wenceslau de Morais descreveu bem o ritual

a esquerda festiva anda toda 'chalada'

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Professor Massano Cardoso
Bebem pouco "chá".
Cara Catarina
Um chá à conversa é sempre bom!
Caro Floribundus
A esquerda e não só...

Bartolomeu disse...

Estimada Drª. Margarida. Gostei de ver e ouvir a sua participação no programa «Olhos nos olhos» de TVI 24, com a participação do Dr. Medina Carreira, pessoa de quem aprecio habitualmente as opiniões e pontos de vista, mas que no programa atrás referido me deixou perplexo pelas constantes manifestações de "falta de chá" (plagiando o Sr. Prof. M. Cardoso) ao interromper com demasiada frequência, tanto o seu discurso como antecipando-se nas respostas às perguntas que a jornalista Judite de Sousa lhe dirigia.
Quanto à Infanta Catarina de Bragança e à atribuição da introdução do habito de tomar o chá da 5, as opiniões dividem. Seja como for, existe outra curiosidade relacionada com o chá, a Infanta e o ritual aristocrático: as famosas mesas redondas, de tampo recortado e rotativo que se encontram expostas no salão nobre do Palácio da Cidadela de Cascais, cuja "autoria" se atribui à mesma Infanta.
E de tampo rotativo, porquê?
Precisamente porque eram dispostos na mesa vários pratinhos com doces diferentes e como as senhoras se sentavam em redor e seguravam a chávena no pires, rodavam o tampo para poderem alcançar o doce que desejavam.
Quem sabe; ficam os europeus a dever aos japoneses a planta do chá, mas tenham os japoneses ficado a dever a D. Catarina a invenção da mesa com o tampo rotativo...
;)))

Suzana Toscano disse...

Margarida, este seu post, num domingo cinzento, está mesmo a pedir um belo chá bem quentinho, com uma torrada e um livro quenos distraia das desgraças quenos rodeiam. O chá é um belo pretexto para um bom momento.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Bartolomeu
Obrigada pelas suas amáveis palavras. Os dois Programas foram muito diferentes.
Não conhecia a origem da mesa rotativa. Numa futura visita ao Palácio da Cidadela vou tomar atenção às mesas de tampo recortado e rotativo.
Suzana
Temos que tomar o chá muito discretamente, não vá por aí aparecer uma taxa qualquer…