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terça-feira, 15 de novembro de 2016

Um PIB poucochinho...

Pelo que vi, geringonça e telejornais, comentadores e pensadores a mando, embadeiraram em arco com o espectacular crescimento homólogo de 1,6% do PIB no 3º trimestre de 2016. Exactamente o mesmo crescimento do 3º trimestre de 2015, em relação ao de 2014. E a primeira vez em que o crescimento homólogo de 2016 consegue igualar o do ano anterior. Nos 1º e 2º trimestres de 2016, o crescimento homólogo foi de 0,9%, contra os 1,7% dos 1º e 2º trimestre de 2015. 
Face ao proclamado, um crescimento muito poucochinho, uma aposta falhada.  Longe, muito longe de se poder atingir aquele número eleitoral  de 2,4% dos ilustrados economistas do PS. 
Pior ainda: a economia cresceu sobretudo por força dos esforços das empresas exportadoras, que as políticas públicas em nada favoreceram, e não graças à grande aposta do governo na expansão da procura interna. Claro que assim é pura falácia o mérito que a geringonça todo o dia se arrogou. A economia cresceu devido à sua força intrínseca, e apesar das más políticas públicas governamentais.
Ah, e há um ano, o crescimento do 3º trimestre era a prova do descalabro e falhanço do governo anterior; agora, o mesmo crescimento comprova o colossal mérito da geringonça. 
Mas temos que nos habituar: com este 1º ministro,  a vitórias poucochinhas seguem-se outras ainda mais poucochinhas. Coisas dos novos tempos...

15 comentários:

Carlos Sério disse...

Pois, só que em 2015, o crescimento do terceiro trimestre em relação ao 2º trimestre desse mesmo ano foi de 0,1%. Muito, muito poucochinho, quase estagnação e em 2016 o mesmo crescimento em relação ao 2º trimestre de 2016 foi de 0,8%.
Repare bem, 0,8%, o maior de toda a europa do euro,

E na verdade foram estes números: 0,1% no terceiro trimestre de 2015 que de facto provaram o - “Ah, e há um ano, o crescimento do 3º trimestre era a prova do descalabro e falhanço do governo anterior.”


Pinho Cardão disse...

Por respeito, nem comento...

Asam disse...

Parece que se pode concluir que a austeridade parece dar alguns frutos contrariamente às políticas que são mesmo iniciativa deste governo.

Portanto é preciso que Bruxelas continue a obrigar este governo a manter a austeridade e alguma seriedade nas contas. Sem isso já estaríamos novamente na bancarrota

António Pedro Pereira disse...

Sr. Pinho Cardão:
Faltou dizer uma coisa: o mérito deste crescimento poucochinho ficou a dever-se ao anterior governo.
Tenha coragem em afirmá-lo, caramba.
Quanto ao abaixamento do crescimento em relação ao ano anterior, que começou a dar os primeiros sinais com o abaixamento das exportações a partir de Agosto de 2015, isso ficou a dever-se ao susto dos investidores com este governo.
O efeito do investimento (ou da sua falta) no crescimento é como as gasosas, tira-se-lhe a tampa e fazem de imediato espuma.

Carlos Sério disse...

Em 2015 o desemprego era maior, o emprego menor, o défice público era maior, os indicadores económicos, INE, OCDE, estavam em queda, o PIB estava em queda e mantinha-se o corte de salários e congelamento de pensões, corte no IRS e com o salário mínimo congelado.

Como é possível que a cegueira ideológica leve alguém a afirmar que “que a austeridade parece dar alguns frutos” ou que “o mérito deste crescimento poucochinho ficou a dever-se ao anterior governo”.

Isto já não é cegueira é loucura completa.


Pinho Cardão disse...

Este espaço é livre, mas quem nele entra tem que usar de urbanidade no trato e nas expressões que utiliza. É o mínimo exigível entre gente civilizada.

António Pedro Pereira disse...

Sr. Pinho Cardão:
Como o seu «poucochinho» é, precisamente, igual numericamente ao seu «muitinho» de 2015, só posso concluir que se trata de mais uma pós-verdade.

João Pires da Cruz disse...

O azar do governo foi não ter havido um terramoto no segundo semestre. Aposto que o crescimento no terceiro era de alguns 4%. Para a próxima o governo tem que se esforçar mais na destruição para depois poder dizer que construiu. E há quem diga que o governo não tem nada a ver com economia....

António Pedro Pereira disse...

Pires:
Há o azar e há a azia.
O azar combate-se com a sorte (que é fortuita), já a azia se resolve com Alka-Seltzer.
Basta ir à farmácia: fácil e barato.

Asam disse...

Caro João Pinho da Cruz,
Bem notado.
Faz lembrar aquele indivíduo que lança um fogo, a seguir apaga-o e depois apresenta-se como herói. O governo é assim. O PS actual é assim, mas há gente chata, como eu, que não os deixa esquecer.

Asam disse...

Engano, Pires e nao Pinho

Pinho Cardão disse...

Caro João Pires da Cruz:
O sentido de humor é que nos salva...

Unknown disse...

Portanto, deixa ver se entendi o post: a economia crescer, homologamente, 1.5% no 3.º trimestre de 2015 é bom, crescer, homologamente, 1.5% no 3.º trimestre de 2016, redistribuindo alguns rendimentos e ainda assim diminuindo o défice público abaixo dos 3%, é pouco, poucochinho.

Realmente, aprecio o sentido de oportunidade.

Asam disse...



Afinal o crescimento foi essencialmente à custa das exportações. O tal modelo sugerido pelo govermo anterior e repudiado pelos 3 da governação.

Confio que este governo consiga não fazer grande mal se continuar a praticar a austeridade, enquanto diz que não a pratica, e se continuar sob o controlo de Bruxelas enquanto diz que "faz e acontece".

Bartolomeu disse...

Nas deslocações em trabalho a países estrangeiros que fiz na companhia de outras pessoas, constatei um facto muito interessante; à saída e ainda durante os voos, mantinham-se as distâncias relativas aos estatutos de cada um. Chegados ao país do destino, esse afastamento ia-se esbatendo, começando a notar-se uma aproximação e até um convívio entre a maioria. No regresso, voltava tudo ao que era antes.
Este comportamento "social" verifica-se igualmente entre os participantes de excursões turísticas. Quando estamos fora do país abraçamos entusiasticamente qualquer conterrâneo que encontremos, mesmo que de condição inferior. Mas se no nosso país nos cruzarmos com o mesmo fulano, fingimos que não o conhecemos de lado nenhum. Isto leva-me a pensar se não seria bom para Portugal, governo e oposição, mudarem-se para fora do país; de preferência para os antípodas.