O assassinio de Benazir Butho é uma grave derrota dos que acreditam que é possível enfrentar o terrorismo, que não se deve ceder às ameaças ou ao medo. Foi isso mesmo que ela disse quando regressou ao país, que já não tinha idade para se deixar intimidar pelos que queriam impedi-la de participar na luta política no seu país, disputando umas eleições.
Tinha sido avisada do perigo de ir hoje àquele local onde se realizava o comício, mas mesmo assim foi. Imprudência? Ela desafiou quem queria condicioná-la. Esta mulher tinha muita coragem, já o demonstrara outras vezes, e podia ter ficado quieta e sossegada no exílio, já tinha sido duas vezes Primeira Ministra, para quê expôr-se uma vez mais? Por imperativos morais, disse ela, por recusar desistir e deixar que a barbárie continuasse a dominar pelo medo.
Não sabemos se teria bons resultados nas eleições, se seria ou não uma boa solução para o Paquistão, se teria evitado a guerra civil. Mas a sua coragem foi vencida pelos ataques cobardes que vão, um pouco por todo o lado, e de diversas maneiras, impondo a sua lei.
Não sabemos se teria bons resultados nas eleições, se seria ou não uma boa solução para o Paquistão, se teria evitado a guerra civil. Mas a sua coragem foi vencida pelos ataques cobardes que vão, um pouco por todo o lado, e de diversas maneiras, impondo a sua lei.
3 comentários:
Uma coragem vencida pela cobardia.
A vida de Bhutto, a primeira mulher a comandar um Estado Islâmico, era actualmente a crónica de uma morte anunciada.
Desfecho mais que previsível.
E mais uma Democracia adiada...
:-(
Li algures ... e gostei muito.
Fica aqui:
"Benazir Bhutto sabia bem os riscos que corria, mas sabia também, que a Pátria valia muito mais do que ela.
São assim os verdadeiros heróis !"
No Séc.XXI, em vésperas de mais um ano, este assassinato, pela gratuidade e por todos os motivos que lhe estão subjacentes, que suponho políticos !?), reduz-nos à condição dos primatas.
Na verdade, vistas bem as coisas, evoluímos muito no conhecimento mas, no que concerne ao respeito pela vida dos nossos semelhantes, pouco ou nada evoluímos.
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