Sócrates e o governo vêm dramatizando a aprovação do Orçamento para 2010.
Mas coloquemos as coisas como elas são. Alguma vez, nos anos do governo socialista, a Conta Geral do Estado expressou o Orçamento aprovado? Ou, por outras palavras, alguma vez a execução orçamental teve algo a ver com o Orçamento? Ou alguma vez o plano de actividades ínsito no Orçamento foi cumprido?
Como os números da Conta nada têm a ver com os do Orçamento, o executado não obedece ao orçamentado e o plano de actividades não é cumprido, não se percebe o porquê de tanta dramatização.
A avaliar pelo passado governamental, qualquer orçamento serve: gasta-se por duodécimos e em Dezembro faz-se um novo "redistributivo".
Com a grande vantagem: é que não haveria aumento de impostos!...
3 comentários:
E a terceira dose vem servida em nota de rodapé onde, com frequência, certas evidências passam despercebidas. É o caso.
Eu, reaccionário confesso, mantenho a opinião da eliminação partidária.
Aliás, no seguimento do ideal de Francisco Sá Carneiro, ao ter fundado o maior partido nacional, a AD, coligação entr PPD, CDS e PPM.
A visão de Sá Carneiro, apontava para a globalização nacional, aplicando contudo no seu programa de governo, no ano em que foi eleito 1º ministro, a teoria embrionária do municipalismo.
Sá Carneiro anteviu o futuro de Portugal ao coligar O partido popular monárquico de Ribeiro Teles, com o "seu" liberal partido popular democrático.
No meu ponto de vista, Sá Carneiro foi o político português que até aos nossos dias, melhor intrepertação deu ao substantivo democracia; demos = povo + kratia = poder (soberania).
Desde Sá Carneiro, a politica portuguesa e os governos, regrediram, cimentando-se no regime da aristocracia. Portugal é governado por um grupo extenso de pomposos apóstolos do "politicamente correcto", incapazes de olhar a direito, por se acharem em níveis superiores de conhecimento e intelectualidade, divinos.
Ora meu bom amigo, Dr. Pinho Cardão.
Se estes que nos governam, mais aqueles que nos governaram e ainda, os que desejam governar-nos, enchessem o espírito de sentido democrático... demos katrico... então sim, teríamos um orçamento aprovado que iria contribuir grandemente para a recoperação económica e social deste país. Até lá, vamos tendo uma monumental patranhice.
Creio que foi o caro Tonibler que aqui, há tempos, dizia que o Orçamento era um documento irrelevante. Parece que corre o risco de ter razão...
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