Sabendo antecipadamente que seriam constituídos arguidos no inquérito relativo às viagens para assistir a jogos do
Euro2016, três secretários de Estado pediram ao Ministério Público a sua constituição
como arguidos...arguidos activos, no caso.
Pedir aquilo que já sabiam ter-lhes sido concedido é uma verdadeira maravilha do politicamente correcto e de um jeito pacóvio no seu máximo esplendor, mas daí não viria mal ao mundo. Mas, com isso, fazer crer que a iniciativa de se tornarem arguidos foi deles e não do Ministério Público é uma hipocrisia sem limites e forma grosseira de enganar os cidadãos.
E, se creio que a aceitação das viagens a França não buliu com a sua honestidade, sendo apenas uma manifestação de importância pessoal acompanhada de uma ligeireza política criticável, já não aceito que me queiram enganar assim de forma tão despudorada e rasteira. Pior do que ter ido a França, foi ter ficado todo este tempo em Portugal para decidir no último minuto da última hora o que outros já tinham decidido por eles. Por isso, e só por isso (e não por terem ido a França) não saem do governo com muita honra. Eu diria, com nenhuma.
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