Os sindicatos da Auto Europa afectos à Intersindical andam a brincar com o fogo.
Claro que a Wolkswagen, depois dos 700 milhões de euros investidos para fabricar o novo veículo em Palmela, não vai deixar a Auto Europa antes de amortizar o capital investido, obra de quatro ou cinco anos. Mas o fabrico pode ser continuado noutras fábricas da Auto Europa que continuam a disputar o modelo. Ou em fábricas novas, nomeadamente na República Checa e em Marrocos, sendo que este último país se tornou muito apetecível para a indústria automóvel. Aliás, o Ministro da Indústria de Marrocos acaba de anunciar a concretização de 26 projectos industriais no sector automóvel, representando um investimento de 1,23 mil milhões de euros. E notícias e factos vêm sugerindo que a Wolkswagen pensa seriamente neste país.
Com uma luta sem sentido, a não ser político, e por este andar, os trabalhadores da Auto Europa podem correr o sério risco de folgarem não apenas ao fim de semana, mas todos os dias da semana.
Oxalá venha imperar o bom senso, e em tempo útil. Mas muito do mal está feito. E não é esquecido.
7 comentários:
Já ninguém se lembra da Grundig...
Pois é!
E da OPEL da Azambuja, que deslocalizou depois de uma série de greves...
Juros da dívida renovam mínimos à boleia da Fitch
Tiago Varzim
In ECO-online
Os juros a dez anos da dívida nacional estão a cair 5,8 pontos base depois de a Fitch ter subido o rating de Portugal em dois níveis para o grau de investimento.
Os juros a dez anos estão em mínimos de abril de 2015. Na passada sexta-feira, a agência de notação financeira Fitch decidiu elevar a dívida nacional a BBB, uma subida de dois níveis que retirou a dívida portuguesa de “lixo”. Esta segunda-feira os juros a dez anos registam uma queda de 5,8 pontos para os 1,782%. Os juros estão a cair em praticamente todos os prazos.
O otimismo em relação à dívida portuguesa tem sido frequente nos últimos meses — de tal forma que os juros portugueses ficaram abaixo dos italianos pela primeira vez desde 2009.
O homem que fez Portugal ultrapassar a Itália
Expresso-Diário
18 de Dezembro de 2017
Este é o seu Expresso Curto, no primeiro dia útil após a Fitch ter subido na sexta feira em dois níveis a notação da dívida portuguesa, retirando-a da classificação de ‘lixo’, onde a tinha colocado em 2011.
Foi provavelmente a última boa notícia económica de 2017, mas veio confirmar um ano verdadeiramente excepcional: conclusão do processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos; crescimento económico muito acima do previsto, o maior do século (2,6% contra 1,8%), subida do emprego em 3,1%, desemprego a cair para 8,5%, aumento do investimento de 8,7% e das exportações de 7,7%, saída do Procedimento por Défice Excessivo, melhoria do rating da dívida pela Standard & Poor’s em Novembro, défice orçamental de 1,4% (o mais baixo de sempre em democracia), excedente de 1,5% na balança corrente e de capital e de 1,8% na balança de bens e serviços, emissão de dívida pública a 10 anos pela primeira vez abaixo dos 2% em 43 anos – e a eleição do ministro das Finanças, Mário Centeno, para presidente do Eurogrupo em Dezembro.
Tudo isto traduz-se na descida dos juros cobrados à República mas também às empresas e às famílias; e na evidente melhoria da imagem do país junto dos mercados e dos investidores. O Jornal de Negócios comparou a nossa situação à italiana e, através de sete gráficos, mostracomo Portugal apanhou a Itália: os nossos juros a dez anos apresentam pela primeira vez, em quase oito anos, um valor inferior ao dos transalpinos; o nosso ritmo de investimento é superior; o desemprego é inferior; a nossa economia cresce mais desde 2013; as nossas exportações aumentam quase o dobro; o nosso défice é inferior, o que não acontecia desde 1997; e a nossa dívida está abaixo e com uma trajectória descendente, ao contrário da de Itália, que está praticamente estagnada.
O homem por trás de tudo isto chama-se Mário Centeno. Recebido de início com desconfiança, acinte e piadas (houve quem o alcunhasse de “Mário sem tino”) devido à sua proposta de política económica para o país, o certo é que o ministro das Finanças está a colher os frutos do que plantou. E os seus colegas europeus, em particular no Eurogrupo, a Comissão e o FMI que tanto o pressionaram a mudar de políticas quase até meados de 2017, acenando por diversas vezes coma possibilidade de um novo resgate, não tiveram outro remédio senão admitir que Centeno está a cumprir o que a Europa lhe exige mas através de uma política económica bem diferente daquela que impuseram a todos os países sob resgate. Daí até à sua eleição para presidente do Eurogrupo, substituindo Jeroen Dijsselbloem, que defende ideias antagónicas às suas, acabou por ser um passo inesperado mas natural.
Este Governo pode estar a perder na política, onde se sucedem os casos graves ou embaraçosos; mas está claramente a ganhar na economia, contra todas as expectativas e contra inclusive aquilo que a generalidade dos analistas acreditava que iria acontecer quando o Governo tomou posse, com o apoio do BE e PCP
Portugal pagou mais mil milhões ao FMI
Rafaela Burd Relvas
O país reembolsou mais uma parcela do empréstimo, cujo pagamento estava programado para 2021. 80% da dívida ao FMI já está liquidada.
Portugal concluiu mais um pagamento antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Tal como estava programado, o país reembolsou 1.001 milhões de euros de uma parcela do empréstimo do FMI, que vencia entre março e maio de 2021. Fica assim liquidado 80% da dívida ao fundo.
Portugal quase livre do spread agravado na dívida ao FMI
O anúncio foi feito, esta segunda, pelo Ministério das Finanças, que dá conta de que, com esta operação, ficaram concluídos os reembolsos antecipados ao FMI em 2017. Feitas as contas, este ano, Portugal pagou 10.013 milhões de euros a um dos principais credores do país.
Ao todo, Portugal já reembolsou mais de 21 mil milhões de euros à instituição, ficando assim liquidado aproximadamente 80% do empréstimo total do FMI, no montante de 26.30 milhões de euros.
A todos os meus estimados amigos Quarterepublicanos, envio votos de um excelente Natal e um ótimo 2018. Um grande abraço para todos.
Obrigado, caro Bartolomeu. E, também com idênticos votos, um grande abraço para o meu amigo.
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