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sábado, 16 de janeiro de 2010

"Hay males mayores que lo de Haití, como nuestra situación espiritual"

Estava à espera de algo semelhante. Sempre que surge uma catástrofe desta natureza há tentativas de a utilizar para certos fins que nos transcendem. Quando foi do furacão Katrina houve quem visse a mão de Deus por detrás! Agora surge José Ignacio Munilla, bispo de San Sebastian, a fazer uma afirmação surpreendente: "Hay males mayores que lo de Haití, como nuestra situación espiritual". Claro que as reações não se fizeram esperar, e o senhor fundamentalista veio a terreiro tentando recolocar o problema no campo teológico. Valha-me Deus que ainda não aprendeu a escolher os seus “funcionários”…

13 comentários:

Catarina disse...

Mas o que se está a passar com os servos de Deus?!

Anónimo disse...

São homens. Simplesmente.

Catarina disse...

Hmm... Caro JM Ferreira de Almeida.. Não sei como interpretar esse parágrafo tão curto e, de certo, com tanto sentido! Vou abster-me de qualquer comentário.... o que vai ser um grande sacrifíco !!!.....

Anónimo disse...

Nada enigmático, cara Catarina. Queria somente significar que Deus não emprestou nada de divino aos seus servos. E por isso são tão fracos como os outros, encontrando-se até aqueles fracos de inteligência. Parece ser o caso. Ponto.

Catarina disse...

Compreendo mas tenho dificuldade em aceitar determinados comportamentos e formas de expressão que nada dignificam o desempenho das suas funções.

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tonibler disse...

Igreja católica no seu melhor. Poderíamos dizer que é um, que é há pouco tempo. Como são todos, há 1500 anos...

Pinho Cardão disse...

Dizer o que disse, quando o disse e da forma que disse faz com que esse sujeito seja uma "besta", à qual falta qualquer sentimento de compaixão ou, usando a terminologia cristã, caridade.
Não tendo caridade, não tem a maior das virtudes, segundo S. Paulo. Está a mais na Igreja, mesmo sendo bispo.

Bartolomeu disse...

A "leitura" que o Dr. José Mário Faz, e forma como a "converte" ao universalismo, em minha opinião, tem todo o sentido.
O maior problema, parece-me residir no facto de o bispo, xutar a coisa para o campo teológico.
É que esta ciência, remete para um estudo que só está acessível aos doutores da igreja e não ao comum dos católicos a quem ela se dirigiu.
Ou seja, o Senhor bispo, atirou mãos cheias de finíssimos ferrero rocher aos putos do biafra...

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bartolomeu disse...

Claro que sim, caro Paulo. Nem precisa de ser católico, nem cristão, nem nutrido, nem ocidental. Basta que tenha sentido de humanismo.
Mas, no meu comentário, referia-me à forma como o caro Dr. J.M.F.A. intrepretou o "conteúdo" da frase do senhor bispo, que é a minha tambem.
Teológicamente, e neste campo considero-me um leigo absoluto, o "mayor male" que poderá afectar a humanidade, será a falta de fé, de espiritualidade, que para o senhor bispo, poderá querer dizer o mesmo que falta de obdiência ao poder eclesiástico.
Para aqueles "caramelos" que ficaram soterrados nos escombros, para os que ficaram famintos, estropiados e apáticos, pelas ruas do Haití, teria sido de grande valor a consciência espiritual de um mundo materialista que só lhes começou a prestar algum auxílio 3 dias depois da tragédia.
Num determinado contexto universalista, as palavras do senhor bispo, fazem todo o sentido, mas se olharmos somente para o nosso umbigo... népias... neribi... niente... nada.

Pinho Cardão disse...

Caro Paulo:
Um sujeito está confrontado com perdas de familiares, com a casa destruída, com amigos presos nos escombros, reduzido à miséria e chega-se um outro a dizer "Hay males mayores que lo de Haití, como nuestra situación espiritual...".
Então esse sujeito não é uma besta? Digo mais, uma besta quadrada?
Não chamo para aqui a Igreja, não tem culpa. O que está em causa são as palavras do indivíduo, que denotam não ter qualquer tipo de compaixão.
Salvo se as palavras foram retiradas do contexto, como por vezes muitos jornais fazem...

Pedro disse...
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