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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A larga gaveta socialista

O Orçamento de Estado, dizem, é o instrumento fundamental da governação, por nele se concretizarem as grandes linhas que presidem ao Programa de Governo. Aliás, os governos consideram-no tão importante que a sua recusa normalmente leva a novas eleições.
Segundo hoje vem sendo noticiado, o Orçamento de Estado para 2010 vai ser viabilizado pela direita.
Pois é. A esquerda é cada vez mais uma abstracção alegre. Boa para espectáculo folclórico.
Quando chega a hora da verdade, lá se vão para a gaveta as grandes profissões de fé socialistas.
Que, todavia, em breve clamarão pela unidade, em alegres slogans sem senso nem sentido.

9 comentários:

Adriano Volframista disse...

Caro Pinho Cardão

Dentro de seis meses veremos se essa esquerda não engrossou e estejemos perante uma situação muito mais complicada do que a actual.
Neste momento, é completamente indiferente o "acordo" que se consiga para o orçamento. Não será por maior ou menor maioria que, os mercados, as agências de rating e a comissão, irão "aprovar" o nosso orçamento.
Em função da proposta de orçamento que fôr apresenatada amanhã, poderemos vaticinar a viabilidade da mesma...pessoalmente, temo que estejemos a perder o controle da iniciativa....
Cumprimentos
joão

Manuel Brás disse...

... atafulhada de alegres dissertações

I Parte

Um orçamento responsável
sem abstracções idealistas
do comunismo dispensável
de ideais irrealistas.

Gavetas atafulhadas
de alegres dissertações,
tantas razões farfalhadas
em pomposas lamentações.

II Parte

Um Estado endividado
não será parte da solução
pois estará acomodado
a uma exangue condição.

São necessidades cruciais
de políticas conscientes
ter preocupações sociais
com desfechos eficientes.

Rui Fonseca disse...

Não te entendo.
.
Se o socialismo foi, também desta vez, segundo o título do teu apontamento, metido da gaveta, subentendo que,do teu ponto de vista, foram atendidas as exigências da direita para o estabelecimento de um Orçamento de Estado que as circunstâncias exigem. Trata-se, portanto, de um OE às direitas.
.
O anúncio do líder da bancada PSD de que que o défice de 2009 será "um bocadinho superior a 8,7%", antecipando-se ao líder do partido do governo e da proclamação pretendidamente patriótica do CDS de que vai abster-se, parecem convergir no sentido do teu sentimento.
.
Que mais precisas para que sejas um cidadão feliz neste momento?

Spiriv disse...

Se JM Ferreira de Almeida permitir, a propósito de esquerda e de direita, gostava de perguntar ao dr Pinho Cardão se o PSD é um partido social democrata, de esquerda, de direita, de centro esquerda ou de centro direita? A insistência em "alegre" que vejo no seu post é mera coincidência ou
releva de alguma coisa de freudiano?
Muito obrigado.

Anónimo disse...

Faça favor Spiriv...

Pinho Cardão disse...

Caros João e Rui Fonseca:
À hora em que escrevi o post, eu não sei se foram ou não atendidas as sugestões ou propostas do PSD. Mas já sabia que o CDS se iria abster. Como a abstenção do CDS não era suficiente para aprovar o OE, o PCP e o Bloco diziam votar contra, e a comunicação social dada como certa a sua aprovação, concluí que o PSD se absteria e com a abstenção dos partidos à direita do PS o orçamento passaria.
Tão simples como isto.
Não manifestei qualquer estado cde espírito de regozijo ou tristeza com o facto.
Mas se o meu caro amigo Rui Fonseca diz que disseram que o défice será superior a 8,7%, não fico satisfeito, não. Longe disso!...Mas, se fosse mesmo assim, digo já que se trata de um mau, péssimo orçamento.
No actual quadro macroeconómico, um tal nível de défice só vai empobrecer o país, é veneno adicional que se toma, é continuar os erros anteriores, é aumentar o desemprego. É continuar com a política que deu o resultado que está à vista.

Caro Spiriv:
Não falei, no meu post, do PSD.
E, se está com tanta curiosidade, o melhor seria dirigir-se aos responsáveis para ter a resposta certificada. Neste transe, eu não lhe posso valer.

Caro ManuelBrás:
Inspiração a rodos!...
Fala de políticas sociais. Todos as queremos. Mas a política seguida, sempre muito preocupada nas palavras, está a dar o maior desemprego de sempre. É que défices continuados não geram emprego, apenas desemprego. Pensar o contrário é pura ilusão. Os resultados estão à vista...

Spiriv disse...

Ao dr Pinho Cardão:
Eu não disse que no seu post falara no PSD. Mas falou em esquerda e em direita e disse que fora esta que viabilizava o orçamento. Como julgo ser aquele o seu partido, acha assim tão estranha a pergunta? Ou será que a mesma lhe causa algum embaraço?

Pinho Cardão disse...

Caro Spiriv:
Nenhum!...
Ora essa!...
Mas, insisto, não tenho legitimidade para lhe dar resposta certificada, com selo de garantia.

Spiriv disse...

Caro dr Pinho Cardão
Não queria tanto, muito menos com certitificação e selo de garantia, que os actuais responsáveis da direcção(?) do PSD também não estariam em condições de satisfazer a minha curiosidade. É normal que não me possa responder... Normalíssimo.