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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Extraordinário Seguro!

Extraordinário Seguro! Afinal, Seguro só não quer é mais austeridade. Do que se conclui que concorda com a actual. E tanto concorda, que diz que o défice de 4,5% é para cumprir. Quer até prolongá-la por mais um ano. Porque, se não a prolongar, vem aí mais austeridade. E mais austeridade Seguro não quer, vota contra; a actual satisfá-lo. Mas,simultaneamente a não querer mais austeridade, Seguro também quer menos austeridade, pois pretende a devolução aos funcionários dos subsídios de férias e de Natal. Coisa complicada, acrescenta, o que significa que desconfia do que ele próprio propõe, menos austeridade. E,em absoluta coerência na contradição, Seguro diz que a redução do défice para 4,5% do PIB é para cumprir, mas entende que deve ser pedido um novo prazo às instituições internacionais, para não cumprir. Isto é, e ao mesmíssimo tempo, Seguro não quer mais austeridade, quer a austeridade actual (que o défice é para cumprir), e quer menos austeridade. No fim, um quadro de tão abrangente e contraditório pensamento político merece ser acarinhado. Não podemos, nem devemos ser austeros com o político Seguro. Seguramente.

15 comentários:

Rui Fonseca disse...

Caríssimo António,

Vou repetir um comentário porque o sistema não aceitou (suponho) o anterior.

O AJ Seguro diz aquilo que muita gente gosta de ouvir sem correr o risco de dizer o que outros não gostariam. É da sua natureza.

Ele sabe, e se não sabe há, seguramente, quem saiba no PS, que a austeridade poderia ser menos gravosa para uns se fosse paga por todos consoante os seus rendimentos. E não é.

Para os mesmos níveis de rendimentos, há quem contribua e quem não contribua.Há que tenha rendimentos altíssimos (publicamente conhecidos) que não estão minimamente atingidos,
salvo em IVA, que toca a todos.

Seguro & Cª. não falam nisto por amor aos votos.

E, no entanto, se houvesse equidade na austeridade a recessão não seria tão grave.

Por outro lado, há casos escandalosos, que agravaram medonhamente o défice, que se arrastam deixando os responsáveis ao fresco.

Não sabe o Seguro disto? Claro que sabe. O problema dele é que o seu partido também tem medonhos rabos de palha.

Então diz qualquer coisa, mas é só um exercício de respiração.

Pedro disse...

Grande leitura, e caso para dizer:

FINALMENTE !!!

Pela sua analise, conclui-se, que SEGURO está propriíssimo para escrever os programas do PSD - quanto mais não seja, pela "absoluta coerência na contradição".

(ou quem sabe até, talvez, tomar o lugar do Relvas na remodelação que se prevê para breve.)

Pedro disse...

Errata:
(propriíssimo = prontissimo)

Bartolomeu disse...

Misoginia e Misandria, são duas palavras que substantivam os seres que sentem aversão, ou desprezo pelos indivíduos, respectivamente do sexo feminino ou do sexo masculino.
Haverá algum substantivo que exprima ódio, repulsão patológica por António José Seguro?!
;)

Tonibler disse...

Ainda não vi ninguém, seja do PS, seja do PSD, a dizer: o que faliu foi o estado, quem tem que poupar é o estado.

O resto é conversa mole com palavras suficientemente abrangentes que indiciam que alguém vai pagar, mas não vai ser quem vive do estado. Concluindo, o Seguro tem exactamente a mesma razão que tem o Gaspar. No dia em que o Gaspar me vier com NÚMEROS CERTOS (porque se cortar na despesa, não tem que fazer previsões!!!) então até lhe dou mais crédito que ao Seguro...

(c) P.A.S. Pedro Almeida Sande disse...

Não critico ninguém por ser do partido A ou B ou C...
Critico quem mente, para atingir os seus fins; critico quem defende mentirosos com argumentos imaturos e que não tem idade para a imaturidade; critico quem tem falta de humanidade perante o seu semelhante; critico quem cega por facciosismo, seja do PS, do PSD, do BE, de qualquer partido, até do Sporting ou Benfica...;critico quem é incompetente perante os resultados, não perante a vacuidade das palavras (muitos políticos ainda não perceberam que a sociedade de nobreza de corte, de privilégios, de tráfico de interesses,..., já foi chão que devia ter dado uvas); critico quem é incapaz de autocrítica e de humildade; critico os políticos que fazem da política capelas, não a política - e que matam a cidadania consciente e plural.
Critico este sistema político tomado, não democrático, não participativo e muitos dos seus agentes formados nas juventudes partidárias e não vindos da cidadania.
Mas do mesmo modo que critico, também tolero e sou capaz de dar a mão à palmatória dos meus erros.
É uma característica social democrata de um dos melhores sociais democratas, quando a política era convicção e ideologia, e não benesses e tratar da vidinha: de Sá Carneiro!
E a critica é até uma questão de inteligência: é que cega, pode até esconjurá-la e afastá-la.

É curioso que Mário Soares (por quem tenho alguma admiração, obviamente com todos os seus defeitos e erros) dizia há tempos:

Mário Soares
"Não entendia porque é que fui escolhido para secretário-geral, todos os gajos que estavam lá comigo tinha tido muito melhores notas que eu no liceu,
todos eles eram melhores que eu... bem acho que a única diferença é que eu tinha coragem e andei para a frente, eles ficavam parados a ponderar o que deviam fazer, se iam se não iam... e não passava daquilo."

Exactamente! É que ter coragem e já agora desprendimento material devia ser uma das primeiras características dos políticos, não fosse esta uma das mais mal resolvidas características do povo Português actual - a falta de coragem, que não de sabedoria (mas, de facto, fracos líderes fizeram fraca a forte gente!)

Pinho Cardão disse...

Caro Bartolomeu:
Parece-me ir por aí uma uma insinuaçãozita que rejeito. Se não for, retiro o que disse. Normalmente não falo no condicional, digo o que penso, tenho autonomia para o fazer.
Pessoalmente, até muito prezo António José Seguro, que conheço. Se nos virmos, cumprimentamo-nos cordialmente.
Tal não invalida que verifique as incoerências do seu discurso. Deixei no post o link das últimas declarações que fez. Ontem. Está lá tudo o que referi. Tudo. Não inventei nada.
Quanto ao ódio e repulsão que refere,creio que ninguém mais do que a pessoa AJS odeia o que o político AJS é obrigado a dizer para se manter ou equilibrar as forças no PS.

Pinho Cardão disse...

Caro Rui Fonseca:

De facto, as contradições são claras. E a alternativa que propõe a mais fácil e demagógica.
Porque, como dizes, não pode explicar Parques Escolares, revisões PPPs, rendas das eólicas que o PS promoveu, duplicação da dívida píblica em 6 anos, etc, etc.

Caro Pedro:
Chuta para o lado. Não se pode inocentar quem fez mal só porque um outro o fez antes. Ou irá fazer depois.

Caro Tonibler:
Números certos em previsões, estou convencido de que só a perspicácia do meu amigo é capaz de conseguir!...

Pedro disse...

Caro Pinho,

será que sou eu mesmo quem "chuta para o lado" ?

É que com tanta trapalhada oriunda do numero 2 de um governo maioritário , que até está debaixo de um resgate...parece-me que andar a apontar ao lider da oposição...é que é disparar oa lado!

( a menos que o caro Pinho Cardão, tenha já concluido q este governo não nos leva a lado nenhum e esteja já a zelar por uma alternativa credivel, cada vez mais necessária !

Se assim for, concordo plenamente que apontar ao Relvas é "chutar ao lado"...pois que as evidencias são elucidativas e "mortais"...ao que a Credibilidade e Honorabilidade diz respeito!)

Pinho Cardão disse...

Caro Pedro:
O meu post foi sobre as contradições de Seguro, não sobre Relvas.
O meu amigo chutava à baliza se argumentasse sobre o tema e meteria mesmo golo se refutasse o que referi. Mas não, foge à luta e refugia-se noutro campo, onde persiste em chutar ao lado.
Bom, mas não há que estranhar. Ainda no outro dia, o debate parlamentar com o 1º Ministro era sobre a Cimeira de Chefes de Governo e o Partido Socialista também jogou do lado de fora, apresentando outros temas, que não o acordado. Mas não se ganha qualquer luta metendo a cabeça na areia.
Quanto a Relvas, falarei quando e se me apetecer, e com o mesmo apetite com que falei da "licenciatura" de Sócrates e que não foi nenhum. Por isso, acho que nunca trouxe o assunto ao 4R.
Escrevo e falo do que quero. E, quando comento, comento o que está em causa.

Bartolomeu disse...

Sim, caro Dr. Pinho Cardão, vai daqui uma insinuação...zita, não o nego, se o fizesse estaria a desrespeitar a sua inteligência e a prostituir a minha honestidade; duas situações impossíveis de provocar. Mas, convirá, que a minha insinuação é amigável, aliás, tive o cuidado de terminar o comentário com um "smile", por forma a que dúvidas não restassem.
Contudo, aquilo que me levou a insinuar, fundamenta-se na falta de imparcialidade (e perdoe-me a frontalidadedo termo) que o meu caro amigo coloca nas opiniões, ressalvando os personagens do PSD, das mesmíssimas incoerências.
Pessoalmente não defendo qualquer partido, como julgo saberá, mas esse facto ´não me exclui o direito de também expressar as minhas críticas àquilo que entendo ir mal na política do nosso país.
E se bem se recorda, em variadíssimos comentários aqui no "Quarta", quando José Sócrates foi 1º Ministro, comentei que entendia a necessidade de demitir o governo, convocar eleições e esperar que Passos Coelho fosse eleito e tomasse medidas sérias para resolver a crise que aumentou de gravidade, porque essa decisão não foi tomada na altura que se tornou necessário toma-la. Penso eu, que por dois motivos principais: a divisão interna do PSD e... a falta de um modelo alternativo de governação. Assim, penso que não faz grande sentido, neste momento, criticar os desatinos de Seguro. De todo o modo, e em nome da estima e respeito que tenho pelo Senhor, peço-lhe que me perdoe o abuso da insinuação que, repito, não teve a menor intenção de ser ofensiva.
;)

Tonibler disse...

Caro Pinho Cardão, o meu caro em muito mais ocasiões que eu, com certeza, mas quando lhe foi pedido para ser certeiro estou confiante que aquilo que fez foi alterar o que dependia de si e não estar preocupado com o que não dependia. E nisso o governo é igualzinho ao Seguro...

Pinho Cardão disse...

Caro Bartolomeu:
Claro, caríssimo Bartolomeu, qual ofensa, qual carapuça...
Quanto ao que chama "desatinos" de Seguro, já não concordo que não devam ser criticados. Devem. Sobretudo se forem um atentado à inteligência das pessoas. Eu, pelo menos, não gosto que façam de mim burro. E quando o político Seguro diz o que disse e está no link está a fazer de nós todos burros.
Falo do político Seguro. Julgo que se não estivesse revestido dessa circunstância não dizia o que diz.

Caro Tonibler:
Claro que só podemos actuar naquilo que controlamos. E aí é preciso acção. Nesse aspecto, razão a 100%.
Daí passar à comparação de Seguro com o Governo...

(c) P.A.S. Pedro Almeida Sande disse...

Não vindo ao caso gostaria de dizer que gostei de ouvir ontem Miguel Frasquilho.
Realista, ponderado, capaz até de concordar em muitos itens com Honório Novo. Uma diferença substancial face a uma camada de políticos que militam no vermelho ou negro. A falta de credibilidade dos políticos e da política também está nisso. Numa enorme incapacidade de conjugar pontos positivos de uns e outros, sem perderem a identidade.
Mas obviamente Miguel Frasquilho não é detentor de um diploma oferecido!

Pedro disse...

Pois se o assunto é mesmo as contradições e incoerencias do JoseSeguro...resta-me após ler o seguinte texto:

"O primeiro-ministro que prometeu que não aumentaria impostos sobre o rendimento, muito provavelmente prepara-se para o fazer em 2013. O primeiro-ministro que prometeu atacar a despesa e levar a austeridade para o Estado, muito provavelmente prepara-se para engordar o Estado em 2013. O primeiro-ministro que incentivou, de forma mais ou menos descarada, os privados a baixarem salários à boleia do corte de subsídios para funcionários públicos e pensionistas - porque corte de salários no privado devia ser dirigido à promoção da competitividade das empresas -, muito provavelmente prepara-se para diminuir os salários líquidos no sector privado com o intuito de promover o combate ao défice. O primeiro-ministro que enche a boca com o empreendedorismo e o dinamismo da economia privada, muito provavelmente prepara-se para enterrar tal economia em mais impostos. Maior desemprego, maior emigração, menor crescimento, enfim, tudo de bom. Com as medidas que se adivinham, Passos Coelho irá deitar por terra as poucas promessas da campanha eleitoral que ainda fazia por tentar respeitar e o seu Governo perderá toda e qualquer coerência que a política económica até agora seguida podia ter" (in: http://thecomedians.blogs.sapo.pt/506297.html )

restará afirmar-lhe, que de facto, JoseSeguro apenas expressa o seu verdadeiro DNA de digno representante do "BlocCentral" que Governa este pais desde que me lembro.

Até sou levado a questionar, se tal incoerencia e contradição, não fará parte do Pacto de Estabilidade entre o PSD e PS...