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domingo, 8 de julho de 2012

O último degrau: Licenciatura em desemprego

O enorme saber das Universidades levou-as a encontrar a melhor maneira de formar gente para o desemprego. Só lhe falta o último degrau: oferecer uma Licenciatura em Desemprego.  
A quem não acredita, aconselho uma vista de olhos pelos cadernos dos jornais que começam a publicar as listas das licenciaturas das Universidades portuguesas e respectivas saídas profissionais.Oferecem-se, entre outras, tanto ou mais pitorescas, Licenciaturas em Dança, em Música, aqui em Variante de Instrumento e Sem Variante de instrumento, em Piano para Música de Câmara e Acompanhamento, em Fotografia e em Fotografia e Cultura Visual, licenciatura esta claramente com outra abrangência.
Para animar tempos livres, também não faltam licenciaturas, por exemplo, em Desporto, em Desporto e Bem-Estar, em Desporto e Lazer e em Animação Desportiva.
Mas também há licenciaturas em Mediação Imobiliária, em Conservação e Restauro, em Som e Imagem.
E também são oferecidas licenciaturas para as quais não são indicadas saídas profissionais: Ciências do meio aquático, Música na Variante de Instrumento, Animação Sócio-Cultural, Audiologia.
Portanto, meus amigos, sejam profissionais e distingam bem o que querem fazer nos vossos tempos livres, se é apenas desporto por desporto, desporto para terem bem-estar ou desporto para mero lazer, ou apenas passar tempo animado, porque cada escolha deve ter o seu monitor específico; se forem fotografados, só por um licenciado universitário, se forem comprar ou alugar casa, exijam ver o diploma do mediador.
Enfim, cómico, se não fosse trágico.   

21 comentários:

Anónimo disse...

BRAVÔ!!!

*clap clap clap clap* (de pé)

André Miguel disse...

Pois. Mas depois escandalizam-se pelo desemprego e pelos baixos salários e coisa e tal...

Tonibler disse...

Não sou dessa opinião. Aliás, ao que parece só há um emprego que precisa de licenciatura mas a licenciatura necessária não precisa de estudo...

Temos que começar a pensar que licenciatura é só formação não é emprego. Todos. Aqueles que formam têm que deixar de fazer a associação entre licenciatura e emprego e os estudantes têm que deixar de encarar a licenciatura como um passo para o emprego (que só isso devia ser motivo para estar no desemprego, tal a cegueira e imbecilidade que revela).

Sim, acho que deve haver licenciaturas em desporto de lazer e em pedopsicologia curativa. Acho que toda a gente deve passar pela universidade e sei que no estado actual da educação primária e secundária não é possível encher as universidades de físicos da matéria condensada. Aliás, sejamos honestos e não vejo uma substancial diferença prática entre audiologia, direito ou economia em termos de empregabilidade. Mas sei que se tivermos varredores de rua licenciados em direito vamos ter uma sociedade muito melhor e com muito mais potencial.

Bartolomeu disse...

Em aditamento ao comentário do nosso caro Amigo Tonibler, apraz-me no entanto chamar a atenção para o facto de universidades que adoptam formas alternativas, e, com base na na experiência... profissional (?!) atribui as necessárias equivalências para que o aluno complete um curso com a duração de 3 anos, em um único ano.
Ora bem, este métudo, legal (?!) encontra certamente referências num anterior, conhecido por "novas oportunidades", muito criticado, mas, ao que parece... reabilitado por um (até ver) emérito memebro do actual governo.

Ilustre Mandatário do Réu disse...

Trágico mesmo são os licenciados em direito, economia, engenharia e finanças que levaram o país à banca rota.

Os que o meu amigo cita pouco mal fizeram, esforçaram-se e muitos estarão empregados.

Aguardamos o seu post sobre outra licenciatura, autêntico sprint na relva, feita por um não-futebolista.

Bartolomeu disse...

Bom, caro IMR, acabo de ouvir pasmado, o comentário do Professor Marcelo Rebelo de Sousa na TVI.
O ilustre comentador, advoga no seu douto entender, que o facto de um "júri" constituido por dois professores, baseado no currículo profissional do candidato e a seu pedido, depois de pagos os emolumentos devidos, poderá perfeitamente dar a equivalência a 32 disciplinas e assim entregar ao candidato, o doutoramento num curso.
E ainda teve o arrojo, em plena emissão, de declarar Portugal, um país de parolos, porque atribui somente valor àqueles que possuem um título académico.
Às tantas, os parolos portugueses andam todos em universidades, a gastar tempo energias e dinheiro, estudando e prestando provas, disciplina após disciplina, ano após ano, quando podiam abreviar a "coisa" apresentando uma lista de aptidões profissionais e "alistando-se" num partido político e... pagando os devidos emolumentos, obviamente.

João Pais disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Pais disse...

O caro P Cardão também poderia fazer um post a reclamar dos posts de pessoas que não sabem o que dizem e apenas querem lançar ultraje fácil, e incluir-se a si próprio.

Em relação aos outros cursos, não posso dizer muito. Em relação aos cursos de música anunciados, posso dizer-lhe que esses, e muitos mais, são oferecidos em todos os países desenvolvidos. E que quando for a uma loja comprar um disco de música clássica com um intérprete de qualidade, se olhar o seu currículo muito provavelmente verá que o executante especializou-se num curso desses. E, se ler as notas de programa e elas lhe parecerem interessantes, bem escritas, e elucidativas, então de certeza que foram escritas por musicólogo, que pode tirar um curso de teoria "sem variante de instrumento".
Até lhe poderia dar mais exemplos de cursos mais específicos: curso de composição instrumental ou de composição electrónica, curso de acompanhador para Lied, curso de música de câmara para quartetos de cordas... vá ver o currículo das melhores escolas de música no mundo, e terá muitas ofertas igualmente específicas. E sem falta de alunos, pelo contrário.
Se não se quiser esforçar, aqui está um link. Nem sequer o li, mas de certeza que encontrará aí cursos bem específicos: http://www.rcm.ac.uk/requestaprospectus/

Ou então sugiro-lhe que seja coerente e usando o mesmo ultraje fácil, vá dizer o mesmo sobre cursos de economias, matemáticas e físicas. Afinal, um matemático é um matemático, o resto é apenas palha para encher? Ou não?

Ainda uma achega, citando-o: "E também são oferecidas licenciaturas *para as quais não são indicadas saídas profissionais*: ... Música na Variante de Instrumento, ... Audiologia." (destaque meu)
Com um mínimo de esforço, uma busca no google dá resultados rápidos:https://www.google.com/search?client=opera&rls=de&q=M%C3%BAsica+na+Variante+de+Instrumento&sourceid=opera&num=50&ie=utf-8&oe=utf-8

Quanto ao curso de audiologia, espero que na sua vida não sofra de tinite, perca de audição ou desequilíbrio relacionado com os tímpanos. Senão terá que recorrer a um ... audiologista.

Tonibler disse...

Acho que se estão a preocupar muito mais com a licenciatura do homem que com o facto de o terem feito ministro.

Pinho Cardão disse...

Caro João Pais:
Não quis de forma alguma menosprezar os cursos de música. A música é uma arte, uma das belas-artes. E não sabe como invejo quem sabe música, tem ouvido, voz e sabe tocar. Por exempolo, eu, que tinha piano em casa, nunca consegui nada nessa matéria. Nem ouvido, nem voz, nem mobilidade de dedos, nada. Zero.
Compreendo o seu tom, mas o meu post foi sobretudo para chamar a atenção para a proliferação de cursos que não se poderão traduzir em emprego. Infelizmente. Aliás, no caderno que referi, o do Expresso, que saiu há uma semana, creio, algumas faculdades e institutos não colocavam saídas profissionais. Entre os quais o curso de música citado.
Portanto, caro João Pais, não estou contra a música e cursos de música, como bem compreenderá; estou sim contra uma política de oferta de cursos por atacado que, nas circunstâncias actuais, só pode levar ao desemprego.
Aliás, o meu amigo sabe muito melhor do que eu o que se passa no domínio da música.

Tiago Barbosa disse...

Caro Tonibler,

Completamente de acordo. Há que dissociar os cursos superiores da futura ocupação profissional.
São apenas uma ferramenta que pode ou não ser utilizada. Quem quiser estudar Engenharia Zoológica ou Música sem Instrumento que o faça, mas como uma forma de enriquecimento pessoal, sem achar que vai trabalhar forçosamente nessa área.
Isso eram outros tempos, em que havia poucos licenciados. Defendo até que se deveriam tirar várias licenciaturas. Sou licenciado em Engenharia Mecânica, estou a fazer um mestrado em Inovação e Empreendedorismo Tecnológico, e o meu trabalho está vagamente relacionado com o que estudei. Gostava imenso de tirar uma licenciatura em Saúde, mas não para exercer, só para ganhar conhecimentos. :-)

Aurélia Santos disse...

Caro Dr. Pinho Cardão:
As elites portuguesas (e já agora os tugas cá de baixo também) sempre foram muito criativas.
Veja aquela invenção genial da Banco Insular?
E a solução genial da nacionalização dos prejuízos (para safar os depósitos da tal elite criativa) e da manutenção intacta da SLN como privada.
E a criatividade do Regulador, presidido pelo Sr. Constâncio, a justificar que não actuava porque se tratava de gente com currículo (esta do currículo faz-me logo lembrar o Relvas), a fina-flor da boa sociedade.
E a criatividade das PPP.
Etc., etc., etc.
E o Vale e Azevedo é que tem a fama.
Haja pachorra.

Suzana Toscano disse...

Concordo com o caro Tonibler e com o Tiago Barbosa, há inúmeras profissões que dantes se aprendiam com mestres do ofício, sem algum contexto de conhecimento teórico, e que hoje podem ser aprendidos em universidades e politécnicos, só há vantagens nisso desde que essa habilitação académica tenha realmente contribuido para um alargar de horizontes, mais cultura e maior capacidade de aprendizagem. Por mim, duvido muito da "empregabilidade" como critério essencial para se escolher um cursos, até porque a realidade tem mostrado quanto é fugaz a necessidade dos mercados e da economia. O que deve acontecer é que cada curso tenha qualidade, obrigue a aprender muita coisa que, de outro modo, não se chegaria a saber e, em geral, habilite para o exercício profissional pelas aptidões e competências e não apenas pelos conhecimentos tecnicos específicos. Hoje, que já não há empregos (nem profissões!) para a vida, quase todas as formações, desde que tenham qualidade, habilitam melhor para a vida ativa do que a ausência dessa formação.

Tonibler disse...

E que universidade não é coisa que se largue com 22 anos. E que "propinas" deve ser uma rubrica que faz parte dos gastos anuais das famílias, substituindo "férias em paraíso tropical". E que aprender só não é lazer para quem é burro. E....

Há tanta coisa em que o nosso pensamento deveria mudar!

Mestrado em Un. pública custa, por ano, cerca de um mês de uma escola primária privada. O mesmo que o gasto anual em TV Cabo. O mesmo que meio ano de telemóvel. "Nós todos" já fizemos tudo o que seria possível para que cada um de nós mudasse a sua forma de pensar relativamente a formação. Já só falta mesmo o passo de cada um.

Ilustre Mandatário do Réu disse...

Caro Bartolomeu,

Pinho Cardão diz que não sabe música, mas anda aqui a fazer-nos dançar o bailinho da madeira. Este é o 16o comentário ao cardo do dito.

Meus caros,

Pinho Cardão é contra a diversidade de oferta de ensino superior. Para ele deveria ser extinta a A3ES e criado um plano quinquenal de engenheiros, economistas e advogados. Plano quinquenal criado por um qualquer planificador da ex-URSS. Porque a universidade serve para criar emprego.

Está pois ao lado das várias ordens que controlam o mercado de várias profissões. Segundo PC deveria haver um número fixo de executantes de profissões superiores e as universidades deveriam apenas formar segundo quotas bem estabelecidas. Qual vacas leiteiras ou pés de vinha planificadas centralmente pela UE.

O facto de haver diversidade e de apenas os melhores terem emprego pois o emprego é e será cada vez mais um recurso escasso é para PC um pecado e uma aberração da natureza. Tudo deve ser nivelado pela mediana mediocridade.

Sonhar com um curso fora da banalidade e ser excelente numa área não banal é para PC uma visão horrífica. PC defende que a natureza tem horror ao vácuo. Sendo esses cursos rarefeitos e a excelência neles uma quantidade ainda mais rarefeita há que, via planificação quinquenal, acabar rapidamente com tal aberração.

Sempre se poupa dinheiro para as PPP que essas sim é que dão emprego e animam a roleta de uma certa economia.

João Pais disse...

Caro Pinho Cardão,

não estou aqui para defender a música. O meu problema foi com a qualidade da sua análise. Se ao ler os cursos que eu conheço eu posso ver que são cursos relevantes para músicos (está-se a falar de cursos em abstracto, não do curso X do instituto Y), eu fico a pensar que os seus argumentos em relação aos outros cursos também não são fortes.
Eu não posso comprar o Expresso (vivo demasiado longe), mas uma busca no google deu como primeiro resultado uma página que até tem uma rubrica específica de saídas profissionais. (embora para um músico isso seja irrelevante, não há ninguém com nível para entrar no ensino superior que não saiba onde se vai meter - mas isso não é o mais importante)

"estou sim contra uma política de oferta de cursos por atacado que, nas circunstâncias actuais, só pode levar ao desemprego."

Pois, mas posso-lhe garantir que os cursos de música que enumerou são os cursos que formam profissionais que terão mais possibilidades de encontrar emprego, e na área específica que escolheram. E que, normalmente, neles só entram pessoas que já passaram por um filtro geral (por exemplo, um curso geral de piano).

"Aliás, o meu amigo sabe muito melhor do que eu o que se passa no domínio da música."

Espero que sim, senão teria feito algo de errado. Por isso é que digo, se os seus argumentos em relação à música não são muito fortes, eu fico a pensar que em relação aos outros cursos também não serão muito convincentes. O que eu não posso julgar, pois são áreas que não domino.

Aliás, queria fazer o exercício contrário: estava a olhar para o programa de economia de uma universidade portuguesa, e queria começar a dizer algo do tipo "para que é que são precisos estes cursos, se eles apenas aprendem a fazer contas e a fazer um orçamento?". Mas não me parece lógico, pois imagino que cada uma destas vertentes terá interesse para os alunos do curso.

João Pais disse...

Caro Tiago Barbosa,

"Quem quiser estudar Engenharia Zoológica ou Música sem Instrumento que o faça, mas como uma forma de enriquecimento pessoal, sem achar que vai trabalhar forçosamente nessa área."

posso garantir-lhe que há bastantes pessoas formadas em "música sem instrumento" - normalmente referidas como musicólogos - que trabalham com muito gosto na sua área específica, e que têm o reconhecimento nacional e internacional.

Pinho Cardão disse...

Caro Ilustre Mandatário:
Há mais Marias na terra e há mais PCs para além do PC.
O meu amigo confunde o PC comigo, mas eu chamo-me Pinho Cardão, e estou nos antípodas. Além do mais, neste Blog a criatividade é sempre bem vinda. E o meu amigo está cheio dela, aso ponto de criar uma novela e atribuir-me a autoria da mesma. Mas rejeito-a, tenha paciência.

Caro João Pais:
Não vou contestar o que diz.
No primeiro comentário explicitei o que queria dizer. Mas aceito que o dizer de outros, e o seu, sejam diferentes. Nem, na minha maneira de ser e de pensar, poderia ter outra atitude. E a opinião do meu amigo aqui ficou registada.

Caríssimos:

Alguns dos meus amigos acusam-me de fazer corresponder curso a empregabilidade. Mas acusam mal.
É que, independentemente da minha vontade ou da vossa,acontece que uma percentagem elevadíssima de empresas continua a ter como critério de escolha dos seus empregados uma adequação entre o curso e a tarefa a desempenhar.
Normalmente, e digo normalmente, uma Seguradora não escolhe um biólogo para os seus quadros, nem uma siderurgia escolhe um psicólogo para tratar dos aprovisionamentos. Nem muitos dos que tiraram esses cursos se adaptam a um tipo de emprego muito diferenciado da área em que se formou. Estes são factos.
E pouco importa o que eu penso. Porque o que eu penso é que os cursos devem dar uma formação de base de excelência, não apenas tecnica, mas estendida às humanidades. Julgo que Filosofia devia fazer parte de qualquer curso superior que não incluísse Matemáticas, e História devia fazer parte de todos. +Porque assim estariam a preparar gente para os desafios de hoje e amanhã. Na minha vida, tive a sorte de ter trabalhado numa grande empresa em que o curso, salvo áreas muito específicas, não era critério cde escolha. Sociólogos, psicólogos, músicos, até licenciados em medicina, biólogos, físicos e químicos, economistas ou engenheiros valiam pela formação que apresentavam e não pela especialidade em que se formaram. Este é o caminho certo.
Mas também acontece que as Universidades, digo Universidade, não Politécnicos, estão a ir para uma especialização de todo contrária a este caminho.
E por aqui me fico.

Edgar disse...

O ensino nas privadas é um negócio e o negócio tem interesses que dão origem e justificam outros interesses e novos negócios.
Infelizmente, as contradições do sistema e do processo oferecem competências desnecessárias, atiram licenciados para o desemprego ou oferecem-lhes trabalho temporário a 3,96 euros/hora e o negócio começa a ser posto em causa.

Ilustre Mandatário do Réu disse...

Qualquer pessoa pode consultar as estatísticas do GPEARI que estão disponíveis aqui.

Em particular temos que:

a) O ensino superior universitário privado tem taxas de desemprego cerca de 40% superiores ao público.

b) A taxa média de desemprego por diplomados do ensino superior público e privado é de cerca de 5%. Demonstrando factualmenta (quando comparada com a taxa de desemprego de 15%) a mais completa falácia da posta opinativa do dr. Pinho Cardão.

c) Em números brutos as áreas que mais contribuem para os desemprego são: a) ciências empresariais (a área do dr. PC); b) formação de professores; c) ciências sociais.

Mas descansemos que com a nova e absolutamente genial ideia acima proposta de cada curso ter uma disciplina de história os graves problemas de portugal terão solução. Agitam-se as hostes de licenciados em história desempregados em torno do conteúdo de tal disciplina. Consta que o Prof. Sousa opinará sobre a dita na sua rubrica dominical.

João Pais disse...

Provavelmente este post já está fora de prazo, mas deixo aqui o comentário:
Hoje no expresso online saíu uma tabela com os 26 cursos que não tiveram nenhuma colocação. Curiosamente, todos menos 3 começam por "Engenharia...", e em nenhum deles estão cursos de tipo "pitoresco" mecionados antes.

http://expresso.sapo.pt/ha-36-cursos-superiores-sem-nenhum-aluno=f756569

Como interpretar estes dados?
- os Portugueses preferem tirar cursos em matérias não existentes/não úteis, para terem o desemprego garantido, deixando ficar estes cursos tão úteis ao abandono?
- há demasiada oferta/redundância de cursos, mas não necessariamente nas áreas enunciadas originalmente?
- ou outras opiniões?

Apenas nestes cursos são 1020 vagas, de acordo com o artigo são 9000 lugares que não foram ocupados (não explicita onde). No meu tempo o ensino de música superior estava sempre cheio, não duvido que ainda seja o caso (é o mesmo em todos os países, muito raros são os cursos onde vagas estão por preencher).

Então, onde é que se pode começar a cortar?