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sexta-feira, 19 de julho de 2013

O verdadeiro problema nacional...

O compromisso de salvação nacional falhou. Mudou alguma coisa? Não, as necessidades de salvação nacional mantêm-se. O interesse superior do país foi vencido. Ouvi há pouco Adriano Moreira numa reflexão lúcida sobre o falhanço. Ficou claro que não há perspectiva de acordo no futuro. Não há conciliação nacional. Não há margem de cedência. Há projectos políticos incompatíveis de visão sobre o país, por isso não houve cedência de parte a parte. Este é o verdadeiro problema nacional.

Mais adiante, Adriano Moreira manifestou a sua convicção de que a situação perigosa em que o país está mergulhado se vai agravar de tal forma que a negociação da austeridade e da viabilidade económica do país terá que ser feita ao mais alto nível na Europa. Não é a primeira vez que ouvimos Adriano Moreira apontar que a dignidade do Estado é ofendida quando os ministros falam com técnicos contabilistas da Troika sobre as brutais dificuldades do país.

15 comentários:

Luis Moreira disse...

O problema é que são todos contabilistas. A declaração de Seguro tirou as dúvidas a quem as tenha. Este homem está preparado para ser PM? tanto como Passos, Sócrates, Santana e por aí fora...

Tonibler disse...

Eu nao consigo perceber que informação tem o PR que todos os outros não têm. Porque com a informação que rodos os outros têm, primeiro nâo é preciso o PS para nada e segundo não consigo encontrar ideia mais absurda que esta ronda de conversas. Portanto, espero que o PR tenha uma boa desculpa para as centenas de milhões de euros que custou ao país esta brincadeira.

pvnam disse...

Sem corte com os 'patrioteiros-do-prego'... não há sobrevivência!
Para sobreviver Portugal precisa de um Movimento que 'corte' (separatismo-50-50) com os 'patrioteiros-do-prego' (leia-se, os 'patriotas' que estão a colocar Portugal - e não só - no prego).
De facto:
- os 'patrioteiros-do-prego' não defendem uma estratégia de renovação demográfica - média de 2.1 filhos por mulher; [nota: os 'patrioteiros-do-prego' dão musica a parvinhos-à-sérvia... vide Kosovo]
- os 'patrioteiros-do-prego' falam em despesa "não enquadrada" na riqueza produzida... e depois:
a) metem o país a fazer empréstimos… para pagar empréstimos;
b) vendem recursos estratégicos para a soberania... à alta-finança/capital-global;
c) etc.
{nota: : os separatistas-50-50 não têm nada contra os 'globalization-lovers'... leia-se: os 'globalization-lovers' que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa}
{mais uma nota: uma NAÇÃO é uma comunidade duma mesma matriz racial onde existe partilha laços de sangue, com um património etno-cultural comum. Uma PÁTRIA é a realização de uma Nação num espaço}
---> Concluindo: antes que seja tarde demais, há que mobilizar aqueles nativos europeus que possuem disponibilidade emocional para abraçar um projecto de Luta pela Sobrevivência... e... SEPARATISMO-50-50!
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P.S.
Um caos organizado por alguns - a superclasse (alta finança - capital global) pretende 'cozinhar' as condições que são do seu interesse:
- privatização de bens estratégicos: energia... água...
- caos financeiro...
- implosão de identidades autóctones...
- forças militares e militarizadas mercenárias...
resumindo: estão a ser criadas as condições para uma Nova Ordem a seguir ao caos - uma Ordem Mercenária: um Neofeudalismo.
{uma nota: anda por aí muito político/(marioneta) cujo trabalhinho é 'cozinhar' as condições que são do interesse da superclasse}

O Reformista disse...

Caros

Convido a lerem os últimos posts do Reformista
www.oreformista.blogspot.pt

Agora o Presidente, que deve estar furioso, vai ter que explicar tudo muito bem ao País.
Desancar de vez no PS .(dizer que as propostas doe Seguro são as mesmas do Socrates que ele atepadamente denunciou e que levaram o País
a este estado de coisas)
E vai ter que se empenhar a 100% e publicamente no apoio e cobertura ao governo.
E vai ter que saber lidar muito bem com o Tribunal Constitucional

A minha dúvida é se o Presidente avançou com a certeza dada pelo Seguro que ele alinharia (e depois roeu a corda) ou se imprudentemente baseado apenas na sua avaliação e confiança na boa vontade dos homens

António Alvim

Tonibler disse...

Que ele atempadamente denunciou??? lOL!!!

MBd'O disse...

Cavaco renuncia - Soares a presidente.
http://supraciliar.blogspot.pt

O Reformista disse...

As sondagens hoje dão que 75% não querem eleições e 55% querem a manutenção do Passos Coelho.
Apenas 23,5 as querem

O eleitoralismo do PS e falta de interesse pelo País foi demais evidente.

As pessoas apanharam um susto.

Se o Presidente desancar os argumentos do PS e apoiar o Governo pode ocorrer um inesperado volte face na opinião pública.

Ao longo de toda a crise o Passos Coelho esteve sempre muito sereno mas resiliente. Creio que as pessoas gostaram ao contrário do histerismo de Seguro e do triste espetáculo das pressões no PS.

Pode ser que se tenha ganho uma folga

António Alvim

Anónimo disse...

Como comentário deixo a citação dum livro...

"Desde logo, o funcionamento irregular dos poderes públicos - um pouco causa e um pouco efeito das outras desordens. Independentemente do valor dos homens e da rectidão das suas intenções, os partidos, as facções e os grupos políticos supunham ser, por direito, os representantes da democracia; e exerciam de facto a soberania nacional, mas simultaneamente conspirando."

Por agora esta frase parece-me a aplicavel. Não tardará muito, porém, a que as restantes sobre a Presidencia da Republica, os ministérios e a administração pública em geral o sejam também.

Que livro é?

Henrique Pereira dos Santos disse...

Penso que mudaram duas coisas, qualquer delas com relevância: 1) O PS resolveu claramente syrizar e, se isso não é bom para o país, é bem melhor que a situação anterior de syrizar na prática ficcionando um apoio ao programa de resgate; 2) A troica fica a saber que a base de apoio ao programa diminiu bastante com a syrização do PS, e que é bom que isso seja tido em conta nas negociações, porque a alternativa ao que existe são eleições com um governo minoritário de um partido que fará uma campanha com base na rejeição do memorando e governará, inevitavelmente, nos termos do memorando, sem que ninguém lhe reconheça legitimidade para tal.
henrique pereira dos santos

Nuno disse...

Não acredito que o PS tenha syrizado. Penso que uns telefonemas da Europa fariam o PS mudar de opinião imediatamente e apoiar todas as medidas da troika. Se esses telefonemas não aconteceram é porque ainda não foram necessários.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Agradeço a todos terem vindo aqui deixar os seus pontos de vista. São muitas as leituras e as opiniões. Passámos o fim-de-semana a ouvir os partidos, políticos e comentadores a apontarem o dedo a quem tem culpas, mas ninguém assume a sua quota de responsabilidade, pelo contrário proclamam inocência. Já estamos habituados. O que mais nos estará reservado?
A propósito da citação do Caro Zuricher, acrescentaria esta passagem: "(...) condição fundamental do trabalho e da prosperidade: a ordem."

Tonibler disse...

...e para quem tinha dúvidas de qual é o verdadeiro problema nacional...voilá!

Bartolomeu disse...

Ouvimos no passado dia dez, a comunicação ao país, feita pelo Sr. Presidente da República e percebemos com clareza inequívoca, que o país se encontra numa situação tão grave que exige a tomada urgente de medidas de fundo, que o Sr. Presidente titulou de "Salvação Nacional. Opinião contrária apresentou-a Passos Coelho, tentando convencer o Parlamento que o país se acha no rumo certo para a recuperação económica, baseando-se para isso nos relatórios do Banco de Portugal.
O Presidente da República anúnciou também que do seu ponto de vista a solução para o estado de "agonia" em que o país se encontra, passa inevitávelmente pelo acordo entre os dois líderes dos partidos da coligação e o líder do maior partido da oposição. Esse acordo não foi atingido, soubemo-lo ontem pela voz do Presidente da República. Soubemos ainda que, a sua decisão foi a de manter o "figurino" anterior.
Se transportarmos este cenário para o ambiente clínico de um hospital teremos: um doente em estado comatoso e uma equipe de 3 médicos chefiados por um professor. O professor analiza o relatorio clínico do doente em coma e decide reunir individualmente com cada um dos médicos da equipe. Conclui que o Dr. Passos preconiza um tratamento que passa pela total sangria ao doente e em simultâneo a transfusão de sangue contaminado, adquirido nos "mercados". O Dr. Portas admite a necessidade de uma sangria controlada mas, defende uma transfusão de sangue "aditivado". O Dr. Seguro, deriva radicalmente das opiniões dos colegas e defende que o doente deve ser submetido a uma operação radical com o transplante de vários órgãos, a transfusão de sangue e algumas cirurgias plásticas, não dizendo contudo de onde irão surgir os dadores compatíveis.
Perante este cenário,e a impossibilidade de um consenso entre os médicos, o chefe da equipe, decide manter o estado do doente e esperar que um milagre lhe salve a vida.

O Reformista disse...

Caro Bartolomeu
A questão está no (futuro/próximo) corte de 4,7 milhões.
É para isso que o Presidente queria o apoio do PS para evitar a convulsão social e contornar o Tribunal Constitucional.
Como era expectável o PS fugiu como como o diabo da cruz.
Agora fechou-se parêntesis e volta-se à normalidade. Normalidade que só por si é um bem inestimável.

A meu ver o Presidente irá ter de compensar a falta de acordo com
um maior empenhamento pessoal

António Alvim

Bartolomeu disse...

Essa, é outra grande incógnita caro Alvim: se irá haver espaço, concedido pelos partidos do governo, para que o Presidente exerça a vigilância que prometeu...