Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O Oráculo do Lavradio: 10 argumentos para desperdiçar recursos

Uma democracia de qualidade exige que os governos apliquem de forma criteriosa os recursos escassos de que dispõem. E, mais ainda, quando se trata de um país muito endividado e com uma carga fiscal absurda, como Portugal, os governos têm de eliminar o investimento em infraestruturas redundantes, que representam injustificados custos de oportunidade face a melhores alternativas, para além de criarem capacidades excedentárias não produtivas e exigirem outras complementares. Exemplo óbvio de infraestrutura redundante é o Terminal Portuário do Barreiro, investimento de 800 milhões de euros cuja construção a ministra do Mar vem garantindo que “será mesmo uma realidade”…
 ...O sábio dos novos tempos não pensa, repousa num qualquer oráculo escolhido a preceito e acaba por decidir pairando nas nuvens. Também eu, por aproximação ao tempo novo, decidi consultar um competente oráculo, o do Lavradio, que me deu os argumentos bastantes para confirmar o Barreiro como o melhor sítio para construir um magnífico e excitante terminal portuário..
Ler mais, no âmbito da Série Por Uma Democracia de Qualidade, o artigo meu no i O oráculo do Lavradio

3 comentários:

mensagensnanett disse...

Sinalizar problemas... por vezes indica uma oportunidade.
.
Neste caso: a sinalização de problemas é uma oportunidade para para reivindicar, junto dos políticos cartelizados, MAIS E MELHORES CANAIS DE TRANSPARÊNCIA ao serviço do contribuinte/consumidor.
.
.
.
.
Anexo:
Para defender a democracia têm-se de trabalhar!!!
-» O contribuinte não pode passar um cheque em branco a nenhum político!
O contribuinte tem que se dar ao trabalho!
.
---»»» Democracia Semi-Directa «««---
.
-» Isto é, votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco... isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a 'coisa' terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
-» Explicando melhor, em vez de ficar à espera que apareça um político/governo 'resolve tudo e mais alguma coisa'... o contribuinte deve, isso sim, é reivindicar que os políticos apresentem as suas mais variadas ideias de governação caso a caso, situação a situação, (e respectivas consequências)... de forma a que... o contribuinte/consumidor esteja dotado de um elevado poder negocial!!!
-» Dito de outra maneira: são necessários mais e melhores canais de transparência!
[mestres/elite em economia já 'enfiaram' juros colossais para pagar, buracos enormes na banca para tapar, etc... quem paga, vulgo contribuinte, não pode deixar de ter uma palavra a dizer]
.
.
Exemplo 1:
Todos os gastos do Estado [despesas públicas superiores, por exemplo (para que o contribuinte não seja atafulhado com casos-bagatela), a 1 milhão], e que não sejam considerados de «Prioridade Absoluta» [nota: a definir...], devem estar disponíveis para ser vetados durante 96 horas pelos contribuintes na internet num "Portal dos Referendos"... aonde qualquer cidadão maior de idade poderá entrar e participar.
-» Para vetar [ou reactivar] um gasto do Estado deverão ser necessários 100 mil votos [ou múltiplos: 200 mil, 300 mil, etc] de contribuintes.
{ver blog « http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/ »}
.
.
Exemplo 2:
Concorrência a sério!
Leia-se: não há necessidade do Estado possuir negócios do tipo cafés (etc), porque é fácil a um privado quebrar uma cartelização... agora, em produtos de primeira necessidade (sectores estratégicos) - que implicam um investimento inicial de muitos milhões - só a concorrência de empresas públicas é que permitirá combater eficazmente a cartelização privada.
Explicando melhor: o contribuinte/consumidor precisa de empresas públicas em sectores estratégicos da economia... presentes no mercado de forma transparente e honesta, isto é, sem cartelização nem dumping.
{ver blog « http://concorrenciaaserio.blogspot.pt/ »}
.
Uma opinião um tanto ou quanto semelhante à minha: Banalidades - jornal Correio da Manhã (antes da privatização da transportadora aérea):
- o presidente da TAP disse: "caímos numa situação que é o acompanhar do dia a dia da operação e reportar qualquer coisinha que aconteça".
- comentário do Banalidades: "é pena que, por exemplo, não tenha acontecido o mesmo no banco BES".

Rui Fonseca disse...


Caríssimo António,

Nesta matéria não arrisco um passo para não ficar sem pé.
Mas, apesar de não pescar nada do assunto, fiquei impressionadíssimo com a avalanche de argumentos que arremetes contra o TPB.
Se aquilo não der de lado não será por falta da tua comparência.

O que é estranho é que ninguém mais parece dar conta do assunto.

Pinho Cardão disse...

Ninguém mais dá conta...dizes tu. Claro, caro Rui. O pessoal e praticamente todos os media estão anestesiados, pelo que o governo pode imaginar e fazer todas as asneiras possíveis. Esta é mais uma...e gravíssima. Não tarda, começas a pagá-la.