Uma democracia de qualidade exige que os governos
apliquem de forma criteriosa os recursos escassos de que dispõem. E,
mais ainda, quando se trata de um país muito endividado e com uma carga
fiscal absurda, como Portugal, os governos têm de eliminar o
investimento em infraestruturas redundantes, que representam
injustificados custos de oportunidade face a melhores alternativas, para
além de criarem capacidades excedentárias não produtivas e exigirem
outras complementares.
Exemplo óbvio de infraestrutura redundante é o Terminal Portuário do
Barreiro, investimento de 800 milhões de euros cuja construção a
ministra do Mar vem garantindo que “será mesmo uma realidade”…
...O sábio dos novos tempos não pensa, repousa num qualquer oráculo escolhido a preceito e acaba por decidir pairando nas nuvens. Também eu, por aproximação ao tempo novo, decidi consultar um competente
oráculo, o do Lavradio, que me deu os argumentos bastantes para
confirmar o Barreiro como o melhor sítio para construir um magnífico e
excitante terminal portuário..
Ler mais, no âmbito da Série Por Uma Democracia de Qualidade, o artigo meu no i O oráculo do Lavradio
3 comentários:
Sinalizar problemas... por vezes indica uma oportunidade.
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Neste caso: a sinalização de problemas é uma oportunidade para para reivindicar, junto dos políticos cartelizados, MAIS E MELHORES CANAIS DE TRANSPARÊNCIA ao serviço do contribuinte/consumidor.
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Anexo:
Para defender a democracia têm-se de trabalhar!!!
-» O contribuinte não pode passar um cheque em branco a nenhum político!
O contribuinte tem que se dar ao trabalho!
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---»»» Democracia Semi-Directa «««---
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-» Isto é, votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco... isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a 'coisa' terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
-» Explicando melhor, em vez de ficar à espera que apareça um político/governo 'resolve tudo e mais alguma coisa'... o contribuinte deve, isso sim, é reivindicar que os políticos apresentem as suas mais variadas ideias de governação caso a caso, situação a situação, (e respectivas consequências)... de forma a que... o contribuinte/consumidor esteja dotado de um elevado poder negocial!!!
-» Dito de outra maneira: são necessários mais e melhores canais de transparência!
[mestres/elite em economia já 'enfiaram' juros colossais para pagar, buracos enormes na banca para tapar, etc... quem paga, vulgo contribuinte, não pode deixar de ter uma palavra a dizer]
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Exemplo 1:
Todos os gastos do Estado [despesas públicas superiores, por exemplo (para que o contribuinte não seja atafulhado com casos-bagatela), a 1 milhão], e que não sejam considerados de «Prioridade Absoluta» [nota: a definir...], devem estar disponíveis para ser vetados durante 96 horas pelos contribuintes na internet num "Portal dos Referendos"... aonde qualquer cidadão maior de idade poderá entrar e participar.
-» Para vetar [ou reactivar] um gasto do Estado deverão ser necessários 100 mil votos [ou múltiplos: 200 mil, 300 mil, etc] de contribuintes.
{ver blog « http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/ »}
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Exemplo 2:
Concorrência a sério!
Leia-se: não há necessidade do Estado possuir negócios do tipo cafés (etc), porque é fácil a um privado quebrar uma cartelização... agora, em produtos de primeira necessidade (sectores estratégicos) - que implicam um investimento inicial de muitos milhões - só a concorrência de empresas públicas é que permitirá combater eficazmente a cartelização privada.
Explicando melhor: o contribuinte/consumidor precisa de empresas públicas em sectores estratégicos da economia... presentes no mercado de forma transparente e honesta, isto é, sem cartelização nem dumping.
{ver blog « http://concorrenciaaserio.blogspot.pt/ »}
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Uma opinião um tanto ou quanto semelhante à minha: Banalidades - jornal Correio da Manhã (antes da privatização da transportadora aérea):
- o presidente da TAP disse: "caímos numa situação que é o acompanhar do dia a dia da operação e reportar qualquer coisinha que aconteça".
- comentário do Banalidades: "é pena que, por exemplo, não tenha acontecido o mesmo no banco BES".
Caríssimo António,
Nesta matéria não arrisco um passo para não ficar sem pé.
Mas, apesar de não pescar nada do assunto, fiquei impressionadíssimo com a avalanche de argumentos que arremetes contra o TPB.
Se aquilo não der de lado não será por falta da tua comparência.
O que é estranho é que ninguém mais parece dar conta do assunto.
Ninguém mais dá conta...dizes tu. Claro, caro Rui. O pessoal e praticamente todos os media estão anestesiados, pelo que o governo pode imaginar e fazer todas as asneiras possíveis. Esta é mais uma...e gravíssima. Não tarda, começas a pagá-la.
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