O que é que os telemóveis e os girassóis têm em comum? Aparentemente, nada. Mas vão ter…
Uma investigação levada a cabo pela Universidade de Warwick, em Inglaterra, conduziu à descoberta de mais um processo que permite uma combinação feliz entre a tecnologia e o ambiente que me prendeu a atenção por ter, aos meus olhos, algo de espectacular. É que vai ser possível plantar um telemóvel num jardim e depois nascer um girassol! Não, não é ficção. Vai ser uma realidade.
A fórmula mágica foi “incubada” por investigadores da Universidade de Warwick, em pareceria com a indústria de alta tecnologia e a indústria de telemóveis. São utilizados materiais biodegradáveis de última geração de modo a produzir uma capa para o telemóvel que contem no seu interior uma semente. Esta semente fica adormecida durante o período de vida normal do telemóvel, findo o qual o equipamento, depois de lhe ser retirada a bateria, é enterrado. Ocorre, então, um processo de degradação rápida, deixando livre a semente que, depois, irá germinar. Os investigadores optaram por sementes de girassol porque esta planta é a espécie que mais probabilidade tem de vingar nestas condições.
Com esta inovação é dado um passo importante para resolver o grave problema da reciclagem dos telemóveis.
Com efeito, os milhões de telemóveis que deixam de ser utilizados, porque avariam ou porque são substituídos por outros, constituem um problema ambiental muito sério. A velocidade a que os telemóveis se tornam obsoletos tem vindo a agravar-se em resultado da cada vez mais rápida evolução tecnológica e do desenvolvimento imparável de estratégias de marketing cada vez mais agressivas que conduzem os consumidores a trocarem mais rapidamente e mais vezes os seus telemóveis. Em Portugal o período de vida útil média de um telemóvel é inferior a dois anos.
Não há dúvidas que a inovação tecnológica pode fazer maravilhas. As questões ambientais que decorrem do progresso tecnológico estão na ordem do dia. A invenção agora anunciada poderá contribuir, assim, para ajudar a resolver ou a minimizar algumas das externalidades causadas pelos telemóveis.
Fica-me, no entanto, uma “semente” de dúvida, necessariamente ligada à minha dose de ignorância nestas matérias, sobre se os girassóis nascidos a partir de sementes de telemóveis serão totalmente "limpos"!?
Aguardemos, então, pelas primeiras plantações. Já me estou a imaginar em trabalhos de jardinagem “tecnologicamente avançados” nos canteiros da minha casa…
Uma investigação levada a cabo pela Universidade de Warwick, em Inglaterra, conduziu à descoberta de mais um processo que permite uma combinação feliz entre a tecnologia e o ambiente que me prendeu a atenção por ter, aos meus olhos, algo de espectacular. É que vai ser possível plantar um telemóvel num jardim e depois nascer um girassol! Não, não é ficção. Vai ser uma realidade.
A fórmula mágica foi “incubada” por investigadores da Universidade de Warwick, em pareceria com a indústria de alta tecnologia e a indústria de telemóveis. São utilizados materiais biodegradáveis de última geração de modo a produzir uma capa para o telemóvel que contem no seu interior uma semente. Esta semente fica adormecida durante o período de vida normal do telemóvel, findo o qual o equipamento, depois de lhe ser retirada a bateria, é enterrado. Ocorre, então, um processo de degradação rápida, deixando livre a semente que, depois, irá germinar. Os investigadores optaram por sementes de girassol porque esta planta é a espécie que mais probabilidade tem de vingar nestas condições.
Com esta inovação é dado um passo importante para resolver o grave problema da reciclagem dos telemóveis.
Com efeito, os milhões de telemóveis que deixam de ser utilizados, porque avariam ou porque são substituídos por outros, constituem um problema ambiental muito sério. A velocidade a que os telemóveis se tornam obsoletos tem vindo a agravar-se em resultado da cada vez mais rápida evolução tecnológica e do desenvolvimento imparável de estratégias de marketing cada vez mais agressivas que conduzem os consumidores a trocarem mais rapidamente e mais vezes os seus telemóveis. Em Portugal o período de vida útil média de um telemóvel é inferior a dois anos.
Não há dúvidas que a inovação tecnológica pode fazer maravilhas. As questões ambientais que decorrem do progresso tecnológico estão na ordem do dia. A invenção agora anunciada poderá contribuir, assim, para ajudar a resolver ou a minimizar algumas das externalidades causadas pelos telemóveis.
Fica-me, no entanto, uma “semente” de dúvida, necessariamente ligada à minha dose de ignorância nestas matérias, sobre se os girassóis nascidos a partir de sementes de telemóveis serão totalmente "limpos"!?
Aguardemos, então, pelas primeiras plantações. Já me estou a imaginar em trabalhos de jardinagem “tecnologicamente avançados” nos canteiros da minha casa…
6 comentários:
Drª Margarida Aguiar,
É inacreditável!...
O tempo e o dinheiro que é despendido em investigações "tolas" para levar as pessoas a consumirem, e ainda por cima, fazê-las crer que, contribuem para a preservação do ambiente porque nasce um girassol!?
Ou será que, estas brilhantes mentes, concluiram que um girassol nascido por cada tm, anula os malefícios causados pelo consumo de energia e materias poluentes necessariamente usados em qualquer processo de fabrico?
Cara Margarida, assumindo desde já o risco de ser visto como um daqueles boçais comentadores a que o Dr. Pinho Cardão faz referência no seu post anterior, manifesto as minhas suspeitas relativamente às beatíficas e ecológicas intenções da rapaziada de Warwick.
Ca para mim a "fórmula mágica" destina-se a obter um fim. É! Vá por mim cara Margarida, aquela gente está "feita" com os fulanos que vendem os toques para os telemóveis.
Senão veja, vamos olhar para os números. Tomemos por base um casal com 2 filhos. Matemáticamente chegamos a um nº. médio de 8 equipamentos, uma vez que toda a gente hoje, possui no mínimo 2 telemóveis, cada um dedicado à sua rede. Agora, imagina-se a mesma família a residir numa habitação com jardim, ou um quintalinho, ou até mesmo uma varandita com floreira e, no ano seguinte, após uma decisão unânimemente ecológica, semeiam os telemóveis. Passado o período de germinação, lá começam a despontar os tão desejados gira sois. E é o delírio familiar, as crianças pulam de contentes, os pais abraçam-se embevecidos pelo resultado da sua adulta decisão e... logo ali fica decidido organizar um extenso almoço para apresentação das jovens e belas plantas à restante família e amigos.
Realiza-se o almocinho, com a abertura da competente garrafinha de champanhe e... subitamente o casal começa a notar olhares de expectativa nos rostos dos convidados. Começa a gerar-se um ambiente algo constrangedor,com toda a gente a entreolhar-se e a disfarçar sorrisos complacentes, até que, um elemento mais afoito, digamos um avô daqueles que ainda coloca questões pertinentes e com substrato, pergunta:
Mas afinal, qual é a utilidade de oito gira sois? Vocês estão pensar extrair dali óleo alimentar? Dispõem da tecnologia necessária para tanto?
Nessa altura, solicita e apaziguadora, entra em funções a esposa, que soltando um rizinho nervoso e pseudo-compreensivo, pega na mão do avô-crítico que não segura a bengala, enquanto lança um olhar esguelhado aos restantes e compõe o ramalhete... sabe pai, a intenção aqui é reciclar os telemóveis que morreram, fazendo nascer de dentro deles uma planta, percebeu papá?
-Ah!!! tretas filha, tretas, e quem é que vai regar as plantas, hum???
Esta pergunta deixou todos embasbacados, excepto o delfim da família que dispara imediatamente: É a empregada avô, afinal para que é que a mamã lhe paga?
Enquanto decorre toda esta história trágico-ecológica, o tio Alfredo de Castro Alarcão Menezes da Silva e Araújo, administrador de uma dúzia e meia de prósperas empresas no ramo da prestação de serviços e telecomunicações, tem uma ideia realmente brilhante!!!!
Vou já reunir os engenheiros e programadores da Toques & Toques Pó Lélé, Ldª. e ainda esta semana, começamos a vender toques para os gira sois, que grande negócio.
Bom, estou a ouvir o toque do meu telemóvel um velhinho nokia com uns 10 anitos, chama por mim fazendo soar um trecho do Bolero de Ravel, coisa que me ficou gravada nos sentidos , desde que assisti a um filme com a Bo Dereck.
Bahhh reminiscências do passado.
:))
Cara Margarida:
J� sabia que o �leo de girassol � ant�doto para v�rias doen�as e um excelente e vitam�nico nutriente.
N�o acreditando que o marketing do �leo de girassol se fique por aqui, � certo que ir� responder ponto por ponto � investiga�o dos telem�veis e crir� girassois com telem�veis incorporados. Depois � s� tomar o�leo e a comunica�o � instant�nea!...
Caro Bartolomeu:
Tomaram os jornais terem analistas e comentadores com um d�cimo da clarivid�ncia e ironia do meu amigo!...
N�o, eles julgam-se muito s�rios e importantes e t�o mais s�rios quanto mais bo�ais e nojentos!...
Hehehehehe
Excelente Dr. Pinho Cardão, o meu caro amigo, possui uma visão apuradíssima para os bons negócios.
Não tinha mínimamente conjecturado essa vertente do negócio, que está excelentemente idealizada.
Nesta sua proposta, "matam-se" variadíssimos coelhos de uma única cajadada.
Será que o óleo de girassol, frita apaladadamente um belo "coelhinho" caseiro?
;))
Caro invisivel
Não ficaria nada admirada se aparecessem por aí umas campanhas publicitárias, que já devem estar a ser congeminadas, do estilo "seja amigo do ambiente, compre uma semente de girassol e ganhe um telemóvel". Não vão faltar clientes!
Caro Bartolomeu
Boçal comentador? Não concordo. Temos visto que é um comentador de categoria, com uma grande "clarividência" e muita graça.
Brincando, brincando, já vi que está a pensar em lançar um novo negócio. Essa ideia de produzir girassóis musicais vai ser um verdadeiro sucesso. Não me quer dar sociedade? Afinal fui eu que dei o "empurrão".
Caro Dr. Pinho Cardão
Como é que se vai chamar a sociedade? Deixe-me adivinhar: "Bartolomeu e Cardão – Girassóis Trim Trim, Lda".
Ai, Margarida, o meu receio é que o progresso conduza mas é a produzir telemóveis a partir de girassóis! O método que permite uma coisa, é bem capaz de degenerar na outra, e quem diz girassóis diz roseiras e tal. Já estou a ver o meu querido jardim num mar de antenas! Além disso, se essa experiência tiver sucesso, já viu o perigo? Lembra-se da história do Príncipe das orelhas de Burro? O barbeiro era o único que sabia do segredo e, se contasse a alguém, o rei mandava-o matar. Para aliviar a pressão de tal segredo, o homem fez um cova e gritou lá para dentro "O princípe tem orelhas de burro, o principe tem orelhas de burro" e tapou a cova muito bem. Na Primavera, nasce um canavial naquele sítio, os pastores usam as canas para fazer flautas, mas em vez de música todas tocavam "o principe tem orelhas de burro!", espalhando o segredo aos sete ventos. Já imaginou os girassóis ao vento a sussurrarem as conversas telefónicas? Não havia códigos penais que chegassem para tanta fuga de informação...Há coisas perigosas.:)
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