TGV sai do papel como "resposta à crise", afirmou o Ministro das Obras Públicas, António Mendonça.
Pior do que responder ao fogo, deitando-lhe gasolina. E mais uma prova de que o abismo chama o abismo.
Pior do que responder ao fogo, deitando-lhe gasolina. E mais uma prova de que o abismo chama o abismo.
12 comentários:
Caro Dr, Pinho Cardão,
Trata-se de um exercício de paroxismo do "culto do pior".
Talvez seja melhor os portugueses praticarem o balonismo para estarem preparados quando chegar a hora e se depararem com o abismo a uns escassos metros de distância!
E quem não tiver os meios financeiros de o fazer?
O mais desconcertante é que há tanto por onde gastar o dinheiro, cada vez mais caro de obter por parte de Portugal, e vai-se empatar tanto no TGV...
Devo aqui salientar uma coisa. Pese embora eu ser crítico em relação à construção da Alta Velocidade neste momento não posso deixar de «enfatizar enfaticamente» que pese embora se falar, e muito bem, na Alta Velocidade, não se pode esquecer que estão a ser adjudicadas AE sem fim, que representam identicamente despesa e na sua esmagadora maioria para menor proveito económico, nas quais ninguém fala.
O erro não é falar-se na construção da Alta Velocidade no contexto Português actual. O erro, e grande, é não se falar e de identica forma, em relação ao resto que vai sendo construído em Portugal.
Caros, enquanto houver dinheiro a cair, não vai parar. Porque, basicamente, todos comem da mesma gamela.
Quando o dinheiro parar de cair, anda tudo na fézada que será a solidariedade europeia que vai tapar o buraco. Se isso não acontecer, será o que deus quiser (digo eu, que sou ateu)...Ora, este cenário não é o retrato fiel da gloriosa história de Portugal?
Quando nos sentimos incapazes ou sem rumo, temos duas alternativas:
- ou desistimos para meditar e talvez regressar com outras ideias;
- ou insistimos nos nossos erros, por vezes conscientemente, para precipitarmos o abismo e a rutura da situação
Parece que Socrates vai pela segunda via. Lá está o problema do Caracter.
"o homem é um ser de hábitos", nada mais verdadeiro. o problema é carregá-los às costas...provavelmente para muitas gerações.
Lançando areia contra o vento...
A tendência destrutiva
repleta de ferocidade
é uma marca objectiva
da nossa infelicidade.
Mascarando a realidade
com fantochada despesista
revela-se a boçalidade
de um regime tão farsista.
No deserto regimental
deste país inquinado
a alucinação é total
de um povo alienado.
Tanta areia lançada
enganando a sociedade,
com esta merda fossada
encobre-se a realidade.
(desculpem-me o palavrão "merda", mas...)
Caro Pinho Cardão
Discordo apenas do "cenário": não caminhamos para o abismo, porque estamos num buraco e, cada vez mais se torna mais difícil de sair, porque estamos cada vez mais fundo.
Por outro lado não nos iludamos: não é por suspender, parar, eliminar o TGV que os nossos problemas terminam.
Temos de mudar de vida e não apenas suspender a ingestão de uma variedade de drogas, ou mudarmos para a metadona.
Cumprimentos
joão
Exactamente caro Joao. A primeira coisa a fazer quando se está a num buraco é parar de cavar! Mas como quem defende isso é imediatamente apelidado de "bota-baixista", "retrógrado", "velho do Restelo", etc...
Sai do papel para onde?
Caro Eduardo F.
Boa definição!...
Cara Catarina:
Claro, quem paga sempre as favas sãoos mais carecidos, os tais que o Governo diz querer proteger e acabam carne para canhão.
Caro voz a 0 db:
Inconsciência pura...para não dizer maldade cruel.
Caro Zuricher:
Tem toda a razão. O programa de mega investimentos públicos, nas actuais circunstâncias, é todo ele uma rematada asneira.
Caro Tonibler:
Nem sempre, nem sempre. E uma asneira não justifca a seguinte...
Caro Agitador:
Sempre esclarecido, preciso e sintético!...
Caro Sílvio:
De facto, a continuarmos assim, coitadas das próximas gerações...
Caro Manuel Brás:
Creio que a areia é mais lançada para os olhos...e por isso anda tanta gente cega...
Caro João:
Claro!...O título não era "abismo atrai abismo?".
Estamos num e em curso para outro maior.
Caro Rúben:
É o tal efeito de lançar areia para os olhos. A propaganda resulta sempre...
Cara Suzana:
Para onde sai? Para um poço sem fundo, claro está!...Não reparou que a obra começa no Poceirão? Um poço, um buraco de estremecer...
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