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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Quando o senso é grande, o pobre desconfia...

Almeida Santos diz que "toda a gente precisa de bom senso, inclusive o Presidente da República" .
É uma verdade de há séculos, uma afirmação lapalissada, creio que Almeida Santos também aqui não descobriu a pólvora. Mas parece que sim, a avaliar pelas insistentes e contínuas notícias de ontem.
Almeida Santos encheu-se então de brio e bom senso e apelou ao bom senso. Muito bem!...
Porventura para compensar a total falta dele, quando considerava que a construção do novo aeroporto em Alcochete era perigosa, "já que há sempre a necessidade de uma ponte..."
Também aqui, quando o bom senso é grande, o pobre desconfia...
Pelo que, em tanto bom senso, desconfio de uma ferroada sem senso no Presidente da República...
Memória curta e falta de senso é o que dá!...

7 comentários:

PA disse...

o "aventalinho rosa" tem destas coisas.

A hipocrisia disfarçada de falsa ingenuidade.

Mas o Povo parece gostar, não ?

Ruben Correia disse...

Vai ser interessante quando for escrita a história póstuma desta e doutras figuras gradas da nossa sociedade. Os ditos senadores...

Ruben Correia disse...

Aproveito a oportunidade para deixar aqui um excelente artigo de opinião de Mário Crespo: O palhaço.

Alberto Valadão disse...

Mas nem o Presidente da República é poupado? O Mário Crespo diz coisas certas mas, às vezes, tenho a ideia de que se passa e que acabará por dizer mal dele próprio. Estarei errado?

António Viriato disse...

Caro Pinho Cardão,

Oportuna chapelada a um dos grandes ícones do PS, homem culto e inteligente, senhor de magnífica capacidade argumentativa, bom estilista da Língua, qualidade hoje absolutamente invulgar na Política Portuguesa, mas que, sistematicamente, claudica quando pretende defender o indefensável, quando aparece a caucionar as irrealistas propostas socratinas.

Aí está como se desperdiçam méritos, como se pode acabar coberto de rídiculo tentando cobrir o seu correligionário,o inenarrável José Sócrates, por alguns chamado de Engenheiro, Primeiro-Ministro de Portugal, por vontade de muitos equivocados portugueses, aqui espantosamente reincidentes no erro.

Almeida Santos nem se aperceberá da figura que faz, qual perturbado alquimista, de roda do seu pechisbeque, que nunca há-de transformar-se em ouro.

Agora, até lhe deu para insinuar que falta bom senso ao Presidente da República, vejam bem, quando tem a seu lado alguém que dele é largamente desprovido, contrariando aqui o nosso distante e ilustre filósofo René Descartes, que considerava esta qualidade a coisa mais bem distribuída do mundo, na base de que jamais ouvira alguém reclamar para si maior dose dele do que lhe havia cabido em sorte.

Na verdade, mesmo as mais brilhantes mentes podem equivocar-se, pelo que talvez não nos devêssemos admirar tanto da palissada de Almeida Santos.

De novo se confirma que, além do voto étnico destas sobrestimadas figuras da sociedade portuguesa, também o seu raciocínio sai viciado pela preferência partidária.

Almeida Santos, Mário Soares, Manuel Alegre e outros de idêntica sobrestimada estatura política, sempre afinal se irmanam nos momentos decisivos, para sustentar o mais possível o seu grupo no Poder, sem o qual passam mal e mudam por completo de personalidade, tornando-se rapidamente o oposto daquilo que nele são, i.e., criticando o que antes defendiam e defendendo o que antes, no Poder, condenavam.

Assim o fizeram durante os Governos de maioria absoluta de Cavaco Silva e nos mais recentes da responsabilidade da dupla infeliz Barroso-Santana.

Confesso que, no caso de Almeida Santos, me causa certa mágoa, mais do que no dos outros dois ícones «socialistas», vê-lo fazer estas tristes figuras, totalmente incoerentes com aquilo que já disse e escreveu sobre matéria política e a coisa pública.

O fenómeno socratino tem de facto rebaixado imenso o discernimento político desta família dita socialista, como todos os dias comprovamos.

Por isso, meus caros confrades da 4ª República, insistam e redobrem no combate político, porque as fragilidades socratinas são imensas e hão-de ter o fim que merecem e que lhes podemos antever.

Boa Noite e bom início de semana para todos.

AV_14-12-2009

Medina Contreiras disse...

Quando for primeiro ministro este António Viriato há-de ir para o meu Governo. Escreve bem, não dá erros de ortografia, é discreto e se for preciso exilar a canalha é só levantar um dedo. Conhece-os de gingeira. São precisos muito destes!

Pinho Cardão disse...

Cara Pèzinhos:
No mais colorido avental também caem muitas nódoas...

Caro Rúben:
Se se escrever a história de muitos dos actuais "senadores", então é que o país já perdeu todo o senso comum...

Caro Alberto Valadão:
MCrespo, por vezes, deixa-se enlear pelo curso da escrita...

Caro António Viriato:
Bela peça, ´com substância e estética literária.
Falta dizer que Almeida Santos, apesar da idade que a ninguém poupa, se vem exprimindo muito melhor como fadista do que como político...

Caro Medina Contreiras:
é assim que se começa...E parece começar bem...