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sexta-feira, 2 de setembro de 2005

A cama está feita!

Partilho da mesma opinião expressa por Paulo Gorjão relativa às notícias sobre a futura saída de Paulo Macedo, o "luxuoso" Director-geral da Administração Fiscal. Este país não se dá bem com a competência, em especial se for bem paga. Se, por acaso, essa competência se revela no exercício de um cargo poderoso e apetecido, como é a administração fiscal, então a mistura torna-se insuportável para os medíocres ambiciosos (são os piores!). Para mim esta novela tem o desenlace traçado. As únicas dúvidas centram-se sobre o quando e o como, embora possam ser parcialmente dissipadas lendo o último parágrafo da referida notícia. A cama está feita, ... a coberto da lei!
A opção é simples: ou nos entretemos a criticar o subsídio de residência do Ministro Teixeira dos Santos (absolutamente legal!) ou defendemos o princípio de que a competência paga-se bem, como é o caso de Paulo Macedo, com resultados mais do que visíveis (mas, agora, de legalidade obtusa).
Ah! um pequeno pormenor: um é "político" o outro um conceituado "técnico", facto que não é tão despiciendo quanto se possa pensar.

3 comentários:

Luís Cracel Viana disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Luís Cracel Viana disse...

Gostava de acrecentar o seguinte: o Director-Geral dos Impostos ganhou a adesão dos funcionários; o empenho do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos na resolução conjunta de problemas que se arrastavam há anos; tornou-se num líder respeitado e tem uma postura de "problem solving" que todos lhe reconhecem.
No reino da mediocridade, onde nunca se tinha visto tamanha competência a dirigir os destinos da DGCI, uma figura como a do actual Director-Geral terá que ser "abafada". Mas suponho que não se estão a prever as consequências ao nível dos funcionários da DGCI, que, certamente, através do seu Sindicato, não deixarão cair, porventura, o mais competente Director-Geral que por lá passou.

Suzana Toscano disse...

O que é triste é que no nosso país é sempre uma dificuldade fazer alguma coisa para mudar o que está mal. Se se deixar andar, alimenta-se a lamúria nacional mas não se incomoda ninguém. Mas quando se quer, de facto, agir, é preciso ter muita coragem para enfrentar a catadupa de críticas sem esmorecer. E se se falha, então, é um "estás a ver?" que só estimula os que preferem não arriscar. O caso deste Director Geral é bem o exemplo disso.