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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Notícia de se ter feito justiça

Há cerca de dois anos, a então Directora de Companhia Nacional de Bailado viu o seu bom nome e o seu prestígio profissional – ganho ao longo de muitos e dedicados anos de trabalho –enxovalhados nas primeiras páginas de um jornal. Aí se anunciava, com escândalo, terem sido detectadas “irregularidades” e “ilegalidades” na gestão da Companhia, sendo que os factos apontados, descritos nas letras miudinhas das notícias, em nada correspondiam ao que os títulos deixavam suspeitar.
Entretanto, a sua comissão de serviço não foi renovada, e Ana Caldas acabou por se reformar, sem uma palavra de apreço pelo muito que deu à causa pública ao longo da sua carreira.
Terminou há poucos dias o julgamento que corria no Tribunal de Contas, que concluiu pela absolvição de todas as acusações formuladas aos actos de gestão da então Directora da Companhia.
Sempre acreditei que este acto de justiça acabaria por chegar do Tribunal de Contas.
Já duvido mesmo muito que os mesmos jornais que se apressaram a espalhar a suspeita venham agora, com o mesmo zelo, limpar a mancha que julgaram criar. Por isso aqui fica, para que conste, a boa notícia.
Há pequenas coisas que nos animam.

4 comentários:

Tonibler disse...

Faltava a notícia: "caramelo incompetente do tribunal de contas põe em causa carreira de anos sem razão e é despedido".

Mas como são irresponsáveis por lei, não há notícia. Agora, não foram os jornalistas que puseram em causa da carreira da senhora.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Suzana
Não acompanhei a notícia que nos retrata. Tive apenas conhecimento que a Professora Ana Caldas não tinha sido reconduzida. Seria da mais elementar ética que o jornal que noticiou as "irregularidades" com rótulo de escândalo, tivesse agora o gesto de "limpar a mancha" que tratou de lançar e aproveitasse o facto para relatar o excelente trabalho da Professora Ana Caldas à frente da Companhia Nacional de Bailado.

Carlos Medina Ribeiro disse...

Para que as quotas façam algum sentido, têm de ir muito mais longe do que o "género", respeitando a proporcionalidade de tudo: religião, etnia, orientação sexual, preferênca clubística, etc.

Matematicamente, isso só é possível com um parlamento que inclua TODOS os representados - o que nos remete para Borges e o seu mapa do mesmo tamanho que a área cartografada...

Clara Carneiro disse...

Susana,
estou de acordo consigo, tb foi das poucas coisas que, ultimamente, me animaram...a Ana Pereira Caldas tem uma carreira de excelência!
Acho que ficou intocável.