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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Desnorte

Discordo da reacção do PSD/Açores quando, ao mesmo tempo que se congratula pela promulação do Estatuto Político-Administrativo responsabiliza o PS por futuras sequelas negativas no que respeita à autonomia regional. Está visto que esta como outras reacções dos partidos revelam que não se entendeu o que está em causa. É precisamente por não existir qualquer questão, política ou constitucional, sobre as autonomias, que assiste ao Presidente da República toda a razão.
Mais um tiro ao lado...
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3 comentários:

Luis Melo disse...

Cavaco viu-se ontem obrigado a promulgar o estatuto politico-administrativo dos Açores, depois de este ter sido confirmado pela AR, sem mudar uma linha, ignorando todas as objecções do PR, de vários constitucionalistas e muitos políticos de renome de todos os quadrantes.

Tal como disse o PR, esta grande asneira tem origem em interesses partidários, o que deixa a nossa democracia muito diminuída. E disto não está excluído nenhum partido, nem mesmo o PSD que se absteve na votação.

Todos os partidos, sem excepção, geriram o diploma com um olho nas eleições regionais dos Açores 2008, tendo como prioridade os seus interesses e não o superior interesse de Portugal e da democracia portuguesa.

Acho muita piada que todos digam: "o estatuto não se resume a essas duas disposições". Então aprova-se uma coisa errada, só porque o resto está muito bem. Por essa ordem de ideias, não podem criticar os danos colaterais de uma guerra, certo?

in Mudar Portugal?

AL disse...

Pobre Portugal onde os deputados estão hipotecados aos tiranetes dos directórios; Pobre PSD e pobre CDS;Pobre Ferreira Leite e Paulo Portas que se acobardaram e insultaram o seu eleitorado ainda mais se for verdade que o Filipe Menezes tinha informado o P.R. de que o partido votaria a seu lado ao lado do seu eleitorado. Ainda resta alguma dignidade à direcção do PPD e também do CDS? Então vão embora.

Tonibler disse...

Esperem lá, se os deputados não devem obedecer aos interesses partidários, também não devem obedecer ao Presidente da República. O resultado disto é que, afinal, as questões do estatuto, relativas à autonomia ou não, não eram assim tão importantes para o presidente como eram para a AR. Se fossem, teria adoptado uma de três medidas, ou não promulgava, ou demitia a AR ou demitia-se a ele. O facto é de não fez nenhuma e, logo, isto tem mesmo a importância que aparenta...