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domingo, 21 de agosto de 2011

"Silêncio de Deus"...


Li com algum interesse este artigo, de Bedoya, no El País. O papa falou de "Eclipse de Deus", mas não entendi muito bem o que pretende dizer com esta afirmação, quando, o mesmo, em 2006, no decurso da visita a Auschwitz, afirmou: "Porquê, Senhor, permaneceste calado?".
Um eclipse é coisa momentânea, cada um vê Deus à sua maneira ou não vê, tanto faz, mas pior do que qualquer "obstáculo" à sua visualização, determinado pela conduta humana, é o Seu silêncio, e, neste caso, Ratzinger tinha razão quando questionou o "silêncio de Deus"...

http://politica.elpais.com/politica/2011/08/20/actualidad/1313866483_133752.html#bloque_comentarios

9 comentários:

luis rosario disse...

Deus deseja prevenir o mal, mas não é capaz? Então não é omnipotente. É capaz, mas não deseja? Então é malevolente. É capaz e deseja? Então por que o mal existe? Não é capaz e nem deseja? Então por que lhe chamamos Deus?

Pinho Cardão disse...

Ora aí está uma boa interrogação. Acontece todavia que a existência de Deus não se prova nem comprova pelo lógica ou pela ciência. Acredita-se, ou não se acredita. Por isso, é que é uma questão de fé. E, como tal, muito pessoal.
Igualmente, a argumentação lógica, e muita existe, que procura provar a existência de Deus, vale tanto como zero. Ou melhor, tanto uma como outra podem valer o que quisermos.
É por isso mesmo que a religião não pode ser motivo de divisão. Nem de discriminação. Cada qual é como é, e pronto.Crente ou ateu ou agnóstico merecem, enquanto tal, o mesmo respeito.E viver em boa convivência.

Tonibler disse...

http://www.facebook.com/photo.php?pid=374585&id=100001737001232

Bartolomeu disse...

Pois é meus amigos, mas, para que as "coisas" se resolvessem pela intervenção divina, perderíamos nós, humanos, o bem maior que nos foi "concedido"... o direito à auto-determinação.
Por mim, tudo bem. Mas... deixariam de fazer sentido as palavras do presidente americano « iésse uí quén!»

Massano Cardoso disse...

Gostei do "concedido", mas apenas por estar entre parêntesis...

Bartolomeu disse...

Talvez a tivessemos construído... ou, conquistado. Talvez nos tivesse saído como prémio numa qualquer lotaria...
Talvez a ciência conheça a forma matemática capaz de a explicar.
Talvez, imaginarmos que podemos fazer aquilo que entendermos, seja a forma ilusória que nos impede de cometer o suicídio...
Nesse caso, estaríamos no mesmo plano de Deus... poderíamos, mas não o cometemos, a menos que a nossa mente comece a entender a auto-determinação, como instrumento para a auto-destruição. O que não conviria nada a Deus... pois deixaria de O ser.
Então, tal como Deus, podemos fazer, mas não fazemos, porque tal como a Deus, foi-nos "concedido" o poder de determinar aquilo que queremos fazer. Poder que as religiões desejariam limitar, por forma a mais fácilmente -sem ter de enfrentar as resistências daqueles que tendem a tentar perceber o fenómeno da auto-determinação- conseguir levar os seus "fieis" para os caminhos da redenção... ou serão os caminhos da rendição???

luis rosario disse...

Caro Bartolomeu

O presidente Obama disse em relação à religião," O céu não está caindo". Os números das pesquisas estão caindo, o mercado está caindo, o apoio à guerra na Líbia está caindo, a tanga dos portugueses está caindo, mas o céu, esse está bem. Talvez porque os deuses também digam: « iésse uí quén!»

Bartolomeu disse...

Os deuses a que se refere, caro Luis Rosário, também estão em processo de queda-livre, apesar de continuarem desesperadamente convencidos de que "probabli dei quén"

Suzana Toscano disse...

Estou com o Pinho Cardão, não tirem Deus de quem NEle acredita, pelo menos até se encontrar o que O substitua, com toda a sua grandeza e todas as interrogações que suscita.