Na mesma página do DN de hoje coincidem duas notícias que quebram a normalidade dos padrões políticos a que já nos habituáramos. A primeira, em grande destaque, é a de que um actor cómico exercitou a sua arte em política e ganhou as eleições municipais para a capital da Islândia, com um Partido a que chamou O Melhor Partido e com o irresistível slogan “Vamos prometer o dobro dos outros partidos e cumprir o mesmo:Nada!” A partir desta promessa prometeu tudo o que lhe passou pela sua imaginação criativa, como toalhas gratuitas para uso nas piscinas e um parque temático no aeroporto, entre outras graças que, pelos vistos, todos acharam muito engraçadas. É caso para dizer que, na política europeia actual mais vale rir que chorar, e os islandeses, fartos de promessas luzidias transformadas em ameaças que se cumprem em dobro, deram ao engraçado a graça de governar. Assim como quem diz que, mal por mal, preferem palhaços profissionais, pelo menos têm sentido de humor…
Já a outra notícia é sobre a inesperada e radical demissão do Presidente alemão, reeleito o ano passado. Kohler não achou graça nenhuma à controvérsia que se gerou a propósito de umas declarações suas sobre o uso das forças militares alemãs e não gostou que a coligação o tivesse deixado sozinho a penar no fogo lento do diz-que-disse da imprensa. Fartou-se e atirou com a porta, não quis saber de desgraças, os jornais que se entretenham com outras vítimas.
Antes da novidade que as eleições islandeses trouxeram à política europeia, tudo isto faria lembrar que “em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão” mas, com o revolucionário apelo ao humor, entre graças e desgraças, é mais apropriado recuperar a velha frase dos anarquistas “o último a sair que apague a luz”.
Já a outra notícia é sobre a inesperada e radical demissão do Presidente alemão, reeleito o ano passado. Kohler não achou graça nenhuma à controvérsia que se gerou a propósito de umas declarações suas sobre o uso das forças militares alemãs e não gostou que a coligação o tivesse deixado sozinho a penar no fogo lento do diz-que-disse da imprensa. Fartou-se e atirou com a porta, não quis saber de desgraças, os jornais que se entretenham com outras vítimas.
Antes da novidade que as eleições islandeses trouxeram à política europeia, tudo isto faria lembrar que “em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão” mas, com o revolucionário apelo ao humor, entre graças e desgraças, é mais apropriado recuperar a velha frase dos anarquistas “o último a sair que apague a luz”.
3 comentários:
Suzana
Chorar não vale a pena, mas rir é capaz de ser um bocado de mais. Surpreendidos ainda vamos ficando com a criatividade política a aproveitar o cansaço do "politicamente correcto" e a ir ao encontro de novos anseios dos cidadãos em busca de qualquer coisa que quebre o status quo.
É caso para dizer que "em terra de cegos, quem tem um olho é Rei."
Cara Suzana
Entre o sorrir, rir e gargalhar perante todos este episódios surreais, há sempre uma hipótese alternativa: cantar baixinho frente ao ecran (o fado "de quem eu gosto") enquanto se escreve um post e se pensa que tristezas não pagam dividas nem são soluções.
Mas lá que tudo isto é triste é verdade..
E Chorar pode "borrar a pintura".
Lá vamos cantando e rindo já alguém cantou na era do "nós por cá todos bem".Logo.ânimo!!
Bom feriado, de uma série que mais parecem já férias.
FVRoxo
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