Num volte-face justificado pela proximidade das eleições, aparece agora o Siryza a declarar que já não quer a saída da Grécia do euro.
Porque a saída e o consequente retorno à velha dracma provocaria uma desvalorização da moeda, e "uma depreciação monetária seria equivalente a aplicar um novo programa de austeridade"-Yannis Miliós, um dos quatro economistas responsáveis pelo plano económico do partido.
Por cá, ainda há quem não queira compreender a evidência. Ditos economistas e políticos, uns e outros sempre com o povo na boca, mas longe do coração.
9 comentários:
Desculpe, caro Dr. Pinho Cardão mas, aquilo que o Sirysa (prestes a ganhar as eleições gregas e com um programa muito claro) disse, em rigor, não foi que a Grécia "já" não sairia do euro mas sim; que a UE tem de renegociar a dívida grega. Portanto, um parceiro europeu muito incómodo, que nem "coisa nem sai de cima" e ainda para mais, está formar-se uma fila atrás da Grécia que demonstra fazer as mesmas exigências. Ou seja; talvez o desbarato que o BCE anunciou de destribuir bodo aos pobres, não seja o remédio para a eminente implusão do sistema.
Qual implosão, qual carapuça, caro Bartolomeu!
Qual programa claro, qual carapuça, caro Bartolomeu!
E não é a UE que tem que renegociar a dívida grega, caro Bartolomeu. Os gregos, se quiserem não cair em padrões de vida de miséria e continuar a receber ordenados é que têm que o fazer.
Caro Dr. Pinho Cardão,
O Senhor pode não achar claro o programa que o Sirysa tenta ganhar os votos dos gregos. A sua opinião é respeitável. Na minha opinião, não podia ser claro e baseia-se na mais elementar das reivindicações que é a seguinte: "ou vocês agora dançam ao som da musica que nós escolhermos ou então seremos a prova de que a vossa política económica para a Europa é um blufh!
Acho que não ha nada que possa ser mais claro que isto, de tão claro que é, até os "donos" da Europa perceberam e estão com o rabinho "tef-tef" e a rogar a todos os santinhos que não ganhe o Sirysa. Se não, vão ter, não uma mas várias castanhas quentes nas mãos.
Uma vacina, caro Bartolomeu, Grega...
A forma como irá lidar-se com o problema Grego terá efeitos muito longos. Se a UE ceder é certo e sabido que se acaba a disciplina fiscal e financeira em todos os países propensos a isso. Afinal, se a UE paga onde estão os incentivos?! É uma questão muito relevante de risco moral. Já tiveram o maior perdão de dívida da história da humanidade. Querem mais?
Quanto aos cidadãos Gregos, pois se votarem Syriza e duma certa noite para um certo dia se virem sem euros, com dracmas desvalorizadissimos, uma inflacção galopante e muitas outras agruras que farão a actual austeridade parecer uma brisa de Verão, pois tenho muita pena mas ao votar Syriza eles cavam a sua própria sepultura sozinhos.
Como refere Luis Moreira, uma vacina, Zuricher. Só que, uma vacina que poderia ter sido evitada se a política de seleção dos países a entrar para o grupo tivesse sido mais coerente e atenta às características particulares de cada um e se, a atribuição de subsídios para acabar com as produções artesanais não tivesse sido um regabofe. Agora estamos peranta a possibilidade de suceder a tal vacina que poderá ocasionar a morte do vacinado, do vacinador, do pessoal de enfermagem, do laboratório que fabrica a vacina e a derrocada do "edifício". A ver vamos.
Caro Bartolomeu, todo o processo de integração Europeia, incluindo e muito em particular o euro, tem sido uma questão política. Ora, tendo sido sempre uma questão política não era de esperar qualquer laivo de racionalidade. Claro que as tropelias políticas têm sempre duração muito limitada no tempo. Mais cedo do que tarde a realidade impõe-se e vai tudo ao chão com estrondo. Infelizmente estrondo tal que, dos cacos, nem conseguirá aproveitar-se o que de bom havia antes, a CEE.
Muito lúcido e realista este seu comentário, Zuricher!
O programa do Syriza pode ser muito claro, mas sendo também muito claros, há somente duas coisas que a Grécia pode fazer unilateralmente: 1) optar por não receber mais tranches; 2) deixar de pagar juros e reembolsos.
Tanto a Irlanda, como Portugal recusaram a última tranche. Irlanda e Portugal, vão até pagar antecipadamente parte dos empréstimos. Fazem-no porque têm condições para isso.
A Grécia, tem? Se parar com a austeridade, não recebe mais. E se não pagar os 50B€ que deve em 2015 sem acordo dos credores, ninguém lhe empresta mais.
É muito bonito promenter que se o vai fazer e aumentar a despesa em 10B€. Têm condições para isso sem acordo dos credores? Se não reembolsarem a dívida, nem pagarem os juros, podem aumentar a despesa e ser autosustentáveis?
E Portugal, que tem a receber da Grécia 2000M€, aceita de bom grado o incumprimento?
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