Também a China está a envelhecer, a falta de natalidade passou a ser um problema. A lei do filho único, em vigor desde 1972, imposta para impedir a explosão da população teve o efeito oposto. A população da China está a decrescer, a população idosa está a aumentar e a população activa a diminuir.
Também a China conheceu prosperidade e sofre dos mesmos problemas causados pelo desenvolvimento económico que afectam os países do Ocidente. O decréscimo da população activa, em idade de trabalhar, é, lá como na Europa, uma ameaça ao crescimento económico.
Também a China conheceu prosperidade e sofre dos mesmos problemas causados pelo desenvolvimento económico que afectam os países do Ocidente. O decréscimo da população activa, em idade de trabalhar, é, lá como na Europa, uma ameaça ao crescimento económico.
A falta de crianças ameaça o futuro de um país. Portugal enfrenta esta realidade, felizmente não por imposição de uma lei absurda e brutal.
As pressões para que o governo chinês "liberalize" a natalidade são grandes. Mas parece que para já, a lei do controlo da natalidade vai autorizar os casais a terem dois filhos.
6 comentários:
Os chineses podem resolver a reprodução, recorrendo à imigração de excedentes africanos, como faz a europa.
Cara Margarida,
Essa lei que limitava a um do nº filhos/casal, que teve contornos dramáticos, implacáveis e desumanos, na sua aplicação, está a voltar-se contra a economia chinesa e irá condicionar muito negativamente o desempenho dessa economia por largos anos.
São os benefícios do planeamento central, dirão alguns dos nossos Tudólogos, que tanto apreciam essa forma de gerir as economias.
Discordo da opinião do Dr. Tavares Moreira, quando atribui responsabilidades do desempenho da economia, ao decréscimo demográfico. E digo que discordo, básicamente pelo seguinte: porque foram exigidos à economias e às suas competitividades, níveis demasiadamente superiores à sustentabilidade demográfica do planeta.
O resultado - de que a China é um exemplo flagrante - é uma população imensa a viver no limiar do mínimamente humano, desejável. Uma população cuja existência serve somente os interesses de uma economia que exige crescer sem limites, não dando para isso o menor valor à vida, exigindo portanto o crescimento demográfico mas, um crescimento selecionado, ou seja; seres cuja utilidade se reflita em crescimento económico. Mas não é somente na China que se vive esta realidade. Em muitos outros lugares do globo, as economias requerem o nascimento de mão-de-obra a qualquer custo. Brevemente chegaremos ao descarte por eliminação, daqueles que já não poderem servir a economia, garantindo-lhes os lucros que a sustentam. Hitler tinha razão? Provávelmente, teria, a História o dirá. Por enquanto, limitamo-nos a compilar números e as suas grandezas confrontados com uma moral hipocrita e ignorante, ainda contingenciada pelo poder católico em contraponto aos poderes liberais, revolucionários e radicais.
Vamos ver no que é que tudo isto vai resultar...
Calculo que na aldeia dos meus pais (contando as casas vazias) poderemos acolher 70 famílias de refugiados,pensando também na maioria das leiras e terras aráveis poderia alimentar muito mais gente.
Como se diz, a necessidade faz o engenho; aqui a decisão sutentavel politica, esperemos que queira integrar a falta da natalidade, com o dever de ajudar quem foge da miséria e guerra.
As sete aldeias a volta que conheço estão em iguais circunstancias.
Caro septuagenário
Antes de qualquer outra solução, a liberdade de reprodução é essencial!
Dr. Tavares Moreira
Manipular a demografia em função dos interesses económicos é, em si mesmo, uma brutalidade!
Caro Bartolomeu
Recebi um comentário no meu mail acerca do post que se enquadra bem na sua exposição:
Começamos a ter uma sensação estranha em relação ao problema demográfico. Estamos a encarar, cada vez mais, a procriação - um acto natural de qualquer ser vivo - à luz das necessidades de "mercado", ou seja, há que ter filhos para alimentar o sistema. Havemos de chegar à situação extrema de os descartar, a esses seres vivos, se ou quando não interessarem a esse "mercado".
Caro Antonio Cristovao
Bom ponto! E estamos a precisar de repovoar o nosso território, sem o que não conseguiremos aproveitar os nossos recursos. Não nos deveríamos dar ao luxo de ter terras abandonadas, aldeias fantasmas, história, tradição e cultura ignoradas. Estou em crer que aos poucos concluiremos da vantagem de um certo "back to basics".
Cara Drª Margarida,
Sinal de que poderá estar a emergir uma consciência colectiva, com tendência para tornar o obscuro, transparente e assim adquirir o desejado equilibrio entre aquilo que é natural e aquilo que é essencial de uma forma verdadeiramente sustentável, devolvendo ao ser humano a dignidade e o direito de existir sem sujeição nem dependência de economias desenfreadas.
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