Agora, o Rio Douro vai ter portagens.
A voracidade da geringonça não tem limites e nada lhe escapa. Diz agora que o rio é uma auto-estrada.
Não tarda e teremos portagens no Tejo, Vouga, Mondego e Guadiana, nas pontes e viadutos e à entrada das localidades. Há que bater recordes, e aumentar ainda mais a carga fiscal, já a maior da União Europeia.
13 comentários:
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgou que a carga fiscal aumentou 0,3 pontos percentuais em Portugal em 2015 face a 2014, atingindo os 34,5% do PIB, o que coloca o país na 16.ª posição.
“já a maior da União Europeia”
Comparando com os restantes países da OCDE, verifica-se que Portugal é o 16.º país com uma carga fiscal mais elevada, acima de Espanha (33,8%) e da Irlanda (23,6%), mas abaixo da Grécia (36,8%) e da Itália (43,3%).
Já em anteriores governos se registou o mesmo género de "esperteza".
Deixam que as coisas se estabeleçam e depois aplicam-lhe com a taxa.
Por outro lado, há de convir que o negócio dos passeios no rio Douro cresceu imenso - há uns meses atrás estive em Barca De Alva e contei 5 barcos-hotel atracados ao cais. É justo, em minha opinião que os operadores turísticos paguem uma taxa por utilização dos cais e das eclusas.
Esta notícia deixou-me apreensivo, duplamente apreensivo, devo confessar; porque raio pararam o escalonamento das portagens em 2020? Porque a partir deste ano os aumentos previstos serão de tal forma escandalosos que foi melhor omiti-los? Porque até lá as previsões climatéricas são de tal forma caóticas que deixará de ser possível navegar no Douro?
Ah!
Quero deixar um recado, um recado não, uma sugestão à sô dona Raquel Maia; já que vai mandar fazer a tal auto-estrada que não se esqueça de instalar a via verde e as áreas de serviço para o reabastecimento e o xixizinho.
Caro Bartolomeu, já há muitos anos que se paga a taxa de circulação, devida em cada eclusa pela qual os navios passarem. Nos cais não sei como funciona mas duvido muito que a sua utilização seja gratuita.
Caro Zuricher,
Nos cais, diz a notícia que o caro Dr. Pinho Cardão assinala, não há lugar a pagamento.
Em matéria de carga fiscal comparada com outros países o que interessa é medi-la em termos de poder de compra.
A Holanda é um dos países com carga fiscal mais elevada, 46,6% do PIB, enquanto em Portugal é 34,5%. Segundo o FMI, em termos de PIB per capite em termos de poder de compra da Holanda é de 49.166 dólares, enquanto o português é de 27.835 dólares. Aplicando as respectivas taxas de imposto, o rendimento disponível médio de um holandês é de 26.255 dólares, enquanto o do português é de 18.510 dólares, isto é, mais cerca de 42%. Em termos de paridade de poder de compra.
A Holanda não tem serviços públicos inferiores aos nossos, pelo contrário, nem uma dívida pública comparável. Até por aqui se vê a ineficiência do nosso Estado e que tantos pretendem tornar maior e, porventura, mais fossilizado.
Em termos de paridade de poder de compra, Portugal é dos países com carga fiscal mais elevada. E sem contrapartida no funcionamento dos serviços públicos.
Corrijo o português do terceiro período do anterior comentário:
Segundo o FMI, o PIB per capite em termos de poder de compra da Holanda é de 49.166 dólares, enquanto o português é de 27.835 dólares.
Sobre a carga fiscal, a questão não é "o que interessa é medi-la em termos de poder de compra", mas o que foi dito - "aumentar ainda mais a carga fiscal, já a maior da União Europeia".
Tecnicamente, o que é correcto e importante (e, assim, interessa), é medi-la em termos de paridade de poder de compra.
Politicamente, para muitos, o que interessa é aumentar ainda mais a carga fiscal, já a maior da União Europeia.
Melhor que a argumentação do Pinho Cardão só mesmo a do Nuno Espírito Santo.
Os 3 da governaçao criticavam abundantemente a carga fiscal aplicada pelo governo anterior. Agora fazem o mesmo. Atençao, que agora é para nosso bem e para justiça social, claro, só podia ser. Aldraboes.
Especificamente sobre as portagens no Rio Douro as justificaçoes no jornal sao dúbias pelo que nao fiquei esclarecido.
Enviar um comentário