E se fosse um hospital privado a produzir e distribuir legionella aos utentes? Manifestações não faltariam em defesa da saúde pública e a pedir o encerramento, o Ministério da Saúde informava ser essa uma hipótese em estudo, os administradores já tinham sido chamados a prestar declarações.
Esquecem-se que a saúde (como a educação) não é pública, é de cada cidadão e que compete ao Estado (e aos governos) assegurar os melhores serviços no sector público e, com uma regulação exigente e bem cumprida, no privado. E, já agora, a opção por um ou por outro.
Mas se o estado (e o governo, seu agente) nem cuida do que directamente lhe pertence, que autoridade tem para cuidar do resto?
14 comentários:
«PGR arrasa decisão do Governo de Passos que custaria 42 milhões. Ministério do Ambiente permitiu que uma empresa, a dois dias das eleições [de 2015], mudasse licença de energia eólica para solar. Beneficiário é a Empresa Generg, de Carlos Pimenta, que faz parte do think tank liderado pelo então ministro do Ambiente [Jorge Moreira da Silva]. Executivo de Costa seguiu parecer do Conselho Consultivo [da PGR] e homologou a nulidade da portaria.» In jornal Público, 09/11/2017.
Afinal, soube-se hoje que o anterior governo, em 2013, tornou facultativas as inspecções obrigatórias aos sistemas de refrigeração forçada.
Bongo!
e o conselho de saúde....escolhido por este governo......................diz que o défice do governo ao SNS........é de MIL MILHÕES DEE EUROS...................
cativações...cortes....negligência levam doentes a MORRER Á FOME nos hospitais
dívida do governo......termo exato
Portugal quase livre do spread agravado na dívida ao FMI.
O spread pago pelo Estado português ao FMI pelo empréstimo no âmbito da troika vai cair 32% em 2018. Os custos baixam por causa dos pagamentos antecipados este ano
https://eco.pt/2017/11/10/portugal-quase-livre-do-spread-agravado-na-divida-ao-fmi/
In jornal ECO-online
Portanto, pode morrer gente à vontade nos hospitais, podem faltar verbas para manutenção essencial, podem ser cativadas verbas para obras urgentes, como no bloco operatório do IPO, onde o tempo de espera para cirurgias se vai acumulando. E pode diminuir o tempo de trabalho para as 35 horas, que isso traz votos seguros.
Já agora, o meu post foi sobre um hospital que produziu e distribuiu a legionella. Depois, deu jeito desconversar, para distrair. É típico.
Caro osátiro:
Pois é, o tal amor pelos serviços públicos...Palavreado, só palavreado para entreter.
Quem passa a vida a desconversar é o senhor.
Se os juros sobem, é culpa do governo.
Se descem, é mérito do BCE.
Quando em 2014 morreram 12 pessoas de legionela, foi culpa das empresas.
Agora, foi do governo.
Veja quantas pessoas morreram de legionela pelo menos nos últimos 20 anos.
E quantas morreram dos incêndios pelo menos desde há 20 anos.
E desde há 87 que não tínhamos uma situação de condições climatéricas tão extremas.
Mas nada disso conta para os fanáticos ideológicos que povoam as redes sociais.
A diferença entre estes fanáticos ideológicos e os facínoras do DAESH é que estes não matam, mas o radicalismo e a cegueira ideológicos, o ódio contra o Outro, são semelhantes.
Caríssimo António,
Subscrevo o teu comentário, excepto num ponto.
Só não subscrevo a atribuição das responsabilidades ao "Estado".
É uma embirração minha, antiga, ver desresponsabilizados os culpados sobre o manto opaco da designação "Estado".
O Estado é um ente abstracto sem capacidade volitiva. É um penedo.
A culpa não é, neste caso nem em caso nenhum, do Estado. O Estado é inimputável.
Mas há culpados: aqueles que, em nome do Estado, por acção ou omissão, erram no desempenho das suas funções.
Então de quem é a culpa neste caso?
É neste ponto que as coisas se embrulham. Porque agora vai haver um inquérito, que entra para a bicha dos inquéritos, e a culpa com o passar do tempo acaba por morrer solteira. É assim com a Legionela, com o roubo de Tancos, com os incêndios, com ...a lista é infindável.
É por isso, e só por isso, que é fácil imputar as responsabilidades a um ente estúpido, a que, por comodidade de linguagem e anestesia da consciência colectiva, chamam Estado.
Imagina que, num momento de clarividência geral, na Assembleia da República se legislava a proibição de imputar ao Estado as culpas ou os méritos daqueles que actuam em seu nome.
Mudava-se radicalmente o discurso político, não?
68% da Mata Nacional da Covilhã ardeu em apenas três anos, disse esta sexta-feira Rafael Neiva, técnico do INCF, nos incêndios registados em 2013, 2015 e 2017, que, em conjunto, queimaram mais de 270 hectares dos 400 que compõem a referida mata nacional
“Em 2013, arderam 126 hectares. Passados dois anos, em 2015, arderam cerca de 17 hectares e este ano foi mais um golpe muito grande, com cerca de 130 hectares [ardidos] na parte sul”, especificou.
2013 e 2015: 143 ha
2017: 130 ha
Como se sabe, este ano as condições climatéricas foram muito mais amenas do que naqueles 2 anos.
Quanto à máquina (ou será máfia) da Autoridade de Protecção Civil, igual como sempre desde que foi criada.
Não foi um senhor comandante desta máfia (máquina) Gil Martins, condenado por ter sacado mais de 100 mil euros?
Quem terá nomeado esse senhor?
Senhor Pelorigor:
O Quarta República sempre foi uma casa com porta aberta, onde se permite e aceita sem entraves a divergência de opinião, pela simples razão de que os seus autores pensam que é também por aí que se cumpre a democracia. Outra coisa é a insinuação reles e o processo de intenção ofensivo que é intolerável sempre, mas sobretudo quando praticado numa casa onde se foi recebido com cordialidade. Insinuação reles e processo de intenção ofensivo que está bem patente no seu penúltimo comentário.
Assim sendo, fica o senhor Pelorigor a saber que se mantiver um comportamento civilizado quando entra, pode ficar à vontade; mas fica também a saber que, se persistir, uma vez que seja, em comentários do teor atrás referido, a porta ficar-lhe-á definitivamente encerrada.
Caro Rui:
Tens toda a razão. Há que chamar os bois pelos nomes, como diz o ditado.
Pinho Cardão,
Muito Bem
O resto é conversa.
Muito obrigado, caro Por Agora.
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