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terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

Preso por ter cão e por não ter...

Isto é a propósito da morte da irmã Lúcia.
E se o Governo não tivesse decretado luto nacional?
E se os partidos tivessem prosseguido normalmente com a campanha eleitoral?
Que estariam agora a dizer os que tanto criticam o que se está a passar?
Pois é. Dá para pensar...

4 comentários:

Vítor Reis disse...

Os governos também são apartidários e com este raciocínio também não poderiam declarar luto nacional pela morte de qualquer político.
Sousa Franco era mais do que a irmã Lúcia?
O governo também é de todos os portugueses sejam eles socialistas, comunistas, sociais-democratas, centristas ou apartidários.

Vítor Reis disse...

Não me referi a governos apartidários, mas a portugueses que não têm partido político.
Não era a situação da Amália?
E não teve direito a luto nacional?
E a um túmulo no Panteão, em Santa Engrácia?
E o Cardeal Patriarca D. António Ribeiro?
A diferença entre as reacções de então e as de hoje, é igual à distância que vai do ambiente político descontraído do final dos anos 90 e a crispação hoje existente.
Isto não é um problema de liberdade religiosa, de respeito pelos outros, de partidos ou até de aparências. Concorde-se ou não todas as sociedades têm ícones, símbolos, heróis e até anti-heróis.
Como é que lidamos com isto?

VFS disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
VFS disse...

Se vivêssemos, ainda, sob a asfixia do Estado Novo, o luto nacional seria decretado porque Lúcia foi, independentemente da veracidade das suas visões, uma vítima de Salazar. Como Eusébio, embora em diferentes dimensões. O EStado Novo alicerçou-se nos três Ef's. Lúcia manteve-se encarcerada depois da queda da cadeira , e do Estado Novo, por causa de Roma e da sua tenaz censura. Surgiram incongruências quando os pastorinhos falaram. Lúcia morreu e soltou-se das amarras da idada média em que ainda vive a Igreja.
Luto nacional pela morte de Lúcia? E a Santa da Ladeira, porque não mereceu o luto? Porque o Vaticano nunca reconheceu a velha mulher como uma medianeira entre o Divino e o Humano. Consegue rebater? Não me parece. Enalteçamos os factos, não o que se presume. No tribunal do outro mundo, se houver - eu sou cristão -, poderei ser penalizado. No entanto, como cidadão de um Estado Laico, há que ser racional e objectivo. Lúcia é uma benigna mulher, mas não é, como dizem uns empedernidos católicos e propagadores de dislates, a mais importante figura do Portugal do século XX. Poderá ser da Igreja Portuguesa. Nunca de Portugal. Se comprovarmos a existência do Divino, bem como as aparições da Virgem, terei de mudar a minha opinião. Até lá, e como dificilmente tal prova irrefutável surgirá, esta é a minha sentença...final.