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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A ler...

...este texto de Pedro Magalhães no Margens de Erro.
Já o tinha lido ontem no Público. Tentei colocar aqui alguns excertos, sem êxito pois onde eu estava a banda larga é uma miragem.
Por se tratar de uma reflexão particularmente clarividente sobre a questão (?) do sistema eleitoral, agora de novo falada a propósito de uns estudos pedidos pelo PS a politólogos, mas também das faltas dos senhores deputados, recomendo a passagem pelo blogue e a leitura integral do escrito.
Quem concordar com Pedro Magalhães e com a sua tese de que o status quo interessa aos dois maiores partidos que contam com o melhor aliado ou o mais perfeito e inatacável dos alibis - a indiferença popular, sempre poderá concluir como Guilherme Silva que a única reforma possível para evitar o escândalo das ausências dos senhores deputados às votações de 6ª feira é acabar com os plenários nesse dia. Para essa reforma o povo não tem de ser incomodado...

6 comentários:

Clara Carneiro disse...

Vou ler o artigo, Dr FAlmeida.
Para já só lhe posso dizer que achei escandalosas as declarações do Dr Guilherme Silva... o que acharão os outros cidadãos que o ouviram???
Seguindo-se logo umas declarações de um deputado do PS, mto oportunas, mto politicamente "impecáveis"...essas sim, perceptíveis pelos cidadãos!

Luís Bonifácio disse...

Acabar com os plenários à Sexta???

Depois faltavam à Quinta!

Massano Cardoso disse...

E em seguida à Quarta!

Adriano Volframista disse...

Caro JFAlmeida

O artigo de Pedro Magalhães demonstra o que penso sobre as "questões" do sistema político, em especial o eleitoral.
Antes das maiorias do Prof Cavaco Silva, a tese central era que o sistema não permitia maiorias, depois, foi o que se viu.
Parece que, agora, é a falta de ligação do eleito ao eleitor.
Em trinta e quatro anos já reformámos a nossa constituição, mais de 18 vezes. Nem os gregos, três ou quatro, nem os espanhóis, duas ou três (salvo erro), mudaram tanto.
Quando não se tem mais nada que fazer, atiramo-nos ao sistema político.
Vamos deixá-lo em paz e tentar, com o que temos, optimizá-lo? Deixávamos em pousio por, pelo menos, cinco anos para ver se funcionava
Cumprimentos
João

Tonibler disse...

Vai parecer que estou em contra-mão, mas esta polémica parece-me um bocado absurda, como, aliás, tem sido ao longo do anos.

Vamos lá ver, ninguém elegeu os deputados para obedecerem à MFL ou para andarem a picar o ponto. Estão lá para legislar se acharem que é preciso, senão podem não o fazer. Havia alguém que queria fazer uma lei sobre avaliação de professores que, se eles achassem que não tinham nada a dizer sobre o assunto, não diziam e iam para casa.
Isto visto da NOSSA perspectiva, está correcto que eles não tenham aparecido e não há nada de errado nisso.

Visto do lado deles, se tinham alguma coisa que dizer sobre a avaliação de professores mas acharam mais importante ir para casa, pois, isso mostra que são uns biltres inúteis que não merecem qualquer respeito. É curiosa, também, a forma como, ainda assim, se evitam os adjectivos correctos em todo o lado que se fala nisto, mas essa é outra história.

Agora, eu posso dizer que não votei em nenhum deles e, por isso, o meu representante (já não me lembro se votei no maluco do MRPP ou no maluco do PDA) não faltou. Quem se queixa de ter votado no PSD (ou no PS) e os deputados terem faltado, é só lembrarem-se da desculpa que aceitaram nas últimas 389 vezes que isto aconteceu. Não me parece que mudarem o sistema eleitoral lhes vá resolver alguma coisa neste sentido, ainda para mais quando esperam que seja um líder partidário, a quem ninguém encomendou o sermão, que vá resolver o problema que vocês, eleitores, não o souberam resolver das últimas 389 vezes.

Mas isto sou eu a falar que não percebo nada disto...

Pinho Cardão disse...

Também penso que o problema não é o do sistema político. Estou crente de que os círculos uninominais levantam mais problemas do que aqueles que resolvem. Embora possam resolver alguns, o balanço será, a meu ver, negativo.
Há é um problema nos partidos, que é a escolha do pessoal político.Muitos deputados não têm qualquer ideia de serviço público, apenas se servem do lugar de deputado para as suas carreiras.
Depois, há um problema na adequação da legislação que permite acumulações ao regime de faltas.
Depois, há um problema de irresponsabilidade pessoal, que passa sempre impune.
Os faltosos de uma legislatura são normalmente premiados, sendo naturalmente os faltosos da legislatura seguinte.
No meio de tudo isto, há um punhado de deputados respeitadores, responsáveis, trabalhadores, dedicados, com ideia e prática de serviço público que são apanhados, injustamente, na onda do desprestígio.
Normalmente, não estão lá na legislatura seguinte: destoam do clima geral.