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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O novo toque de Midas

E as eleições aqui tão perto...

No livro dos mitos está escrito que em tempos existiu um rei que, como recompensa dos deuses, recebeu o dom de transformar em ouro tudo quanto tocava.

No mesmo livro se registará um dia a não menos extraordinária capacidade daquele primeiro-ministro de um país pequeno, da zona euro, que em época de crise conseguiu o que em tempo algum os governos de países de economia de mercado conseguiram: baixar as taxas contratuais de juro dos empréstimos para aquisição de habitação.

Próximo de tal feito, só mesmo o do seu colega britânico que a si mesmo se atribuiu o papel de salvador do mundo.

4 comentários:

António de Almeida disse...

-Mesmo que a ideia de José Sócrates tenha sido invocar o aval como estando na origem das descidas, de facto a Euribor apenas começou a descer após as intervenções governamentais e injecção de capital do BCE, a contribuição de Portugal tecnicamente não deu para uma milésima. No máximo o aval poderia ter servido para aumentar líquidez fazendo funcionar o crédito, mas sabemos que na prática tal também não aconteceu. Logo a afirmação do primeiro ministro não peca por exagero, na realidade é apenas falsa...

Pinho Cardão disse...

Sócrates não pode fazer tudo. O seu génio fez baixar as taxas de juro na Europa para proteger os europeus e os portugueses, mas a Europa é ingrata e envia para cá a crise.
Mas Sócrates está atento!...

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

José Mário
A crise é tão grave que a baixa das taxas de juro não resolve o problema de milhares de famílias a braços com dificuldades económicas que não lhes permite fazer face à amortização do capital.
Quando o desemprego bate à porta ou quando o emprego é precário e escasso ou quando não há trabalho a vida normal de uma família normal pode transformar-se num grande pesadelo!

jotaC disse...

Eu acho que ele até já acredita que é a encarnação do outro...
À parte de algumas medidas de desburocratização que incentivou, e mais uma tantas que tomou decorrentes da própria conjuntura (mal feito fora o governo não fazer alguma coisa), ainda não percebi onde está a genialidade deste Sócrates, mas enfim, em terra de cegos quem tem um olho é rei.