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sábado, 30 de outubro de 2010

A pílula do dia seguinte

Acabou agora Teixeira dos Santos de dizer, em Declaração na Assembleia da República sobre o acordo relativo ao OE para 2011, "que o PSD quis dourar a pílula aos portugueses". Descaramento e falta de decoro a que, aliás, já estamos habituados!...
Então o que é que Sócrates e Teixeira dos Santos andaram a fazer durante todos estes anos, senão dourar a pílula aos eleitores?
Quando muito, o que o PSD fez foi evitar maiores contingências, procurando que o Governo tomasse a pílula do dia seguinte e, por uma vez, não gerasse mais um monstro de despesa.

7 comentários:

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Dr. Pinho Cardão
Confesso que estou perplexa. Toda a gente fala que houve um acordo. Mas como é possível estarmos perante um acordo debaixo do anúncio de que haverá medidas adicionais para compensar o acordo?
O Ministro das Finanças declarou que:
"Este acordo custará 500 milhões de euros, que terão de ser recuperados com medidas adicionais"
"Nos termos do acordo agora alcançado, esperemos que o PSD seja coerente e que apoie as medidas necessárias para alcançar a meta de 4,6 para redução de défice".
Mas que medidas adicionais são estas? Porque não foram anunciadas com o acordo? Tudo indica que surgirão do lado da receita, portanto, aumentando impostos. Qual é a reacção do PSD a estas condições?
É um acordo sem um acordo numa questão fundamental. Parece-me que vamos ter que aguardar pelas cenas dos próximos episódios na discussão que se segue na Assembleia da República.

Anónimo disse...

Perplexa, Margarida? Eu ficaria se quem comprometeu a sua palavra ao assinar o papel tivesse dado provas, no passado, de a respeitar.
Por isso, meus caros, tudo como dantes, quartel-general em Abrantes.

Anónimo disse...

E já agora, meus caros, deixem-me dizer que depois de ouvir os doutores Catroga e Teixeira dos Santos, acho que o título deste post é adequadíssimo. A única nota de discordância com Pinho Cardão será, porventura, no destinatário da pílula. Eu penso que quem tem de a tomar são os portugueses porque são eles que...bom, acordei mal disposto, já se vê.

Anónimo disse...

Como a Margarida, não posso deixar de mostrar a perplexidade, não só pelo discurso ordinário do Sr.Ministro (a parte da fotografia é notável), como com a facilidade com que o Governo, depois de acabar de assinar um contrato de compra e venda de um automóvel com acerto do preço exacto, anuncia que lhe vai posteriormente tirar ou trocar umas peças para compensar a negociação. Já havia PEC I, II e III e agora temos o Orçamento II, em versão pós-acordo. Preparemo-nos para grandes descobertas na área da desorçamentação porque quem faz uma coisa destas em frente às câmaras de televisão deve fazer muito mais nos gabinetes.

Fartíssimo do Silva disse...

E depois deste anúncio, não havendo retratação, acham os meus caros comentadores que o OE deve ser viabilizado?

Anónimo disse...

Meu caro Fartíssimo do Silva, o OE passará não porque os responsáveis pela sua elaboração (e condenados à sua execução) sejam confiáveis, ou porque a proposta de OE é boa. Este comportamento do ministro do estado a que isto chegou e das finanças, é só mais uma prova do que muitos de nós aqui comentámos quanto à total inconsistência de quem gere, e da mais que evidente incompetência da gestão orçamental por parte deste governo. O OE deve passar unicamente porque os portugueses não podem deixar de ser poupados a uma situação ainda pior, que seria a que resultaria da sua não aprovação. Infelizmente não se verão poupados à continuação do descalabro, a menos que por um milagre o PM e ao ministro do estado a que isto chegou, cheguem à conclusão que o País não merece continuar submetido à provação e resolvam retirar-se.

Suzana Toscano disse...

Pois, o que acontece é que não tinham outro remédio senão "casar", para que OE visse a luz do dia, mas ainda há uma parte a reclamar quem paga as despesas da boda ao mesmo tempo que tem muita pena que não tenha havido fotografia do enlace que teve tanta loiça partida.Na verdade, uma novela de má categoria.