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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Uma alegre tosquia

No mesmo dia em que Cavaco ordenou a venda das suas acções da SLN a 2,4 euros, foi vendido um lote bem superior pelo valor unitário de 2,75 euros.
Há quem vá por lã e saia tosquiado. O que, no inverno, pode dar maleita séria.
Mas aposto em que ainda não é desta que metem a viola no saco. É que argumentar com fundamento dá muito trabalho.

3 comentários:

Fartíssimo do Silva disse...

Ora temos aqui o estimado Amigo Pinho Cardão, iluminado pelo radioso e luminoso SOL, a querer convencer-nos de que Cavaco até vendeu barato!
É preciso desmontar algumas incidèncias deste caso.
1-Cavaco apressou-se a colocar no site da Presidência da República, logo a seguir ao estoiro do BPN uma "nota oficiosa" na qual, entre outras banalidades que não interessariam a ninguém, fez consignar "que nunca comprou ou vendeu nada ao BPN". Desta declaração deduz-se reserva mental na medida em que omitiu as acções que comprou e vendeu à SLN, sociedade que detinha o BPN.
2- Questionado pelos jornalistas Cavaco, limitava-se a remeter para o site da Presidência;
- A dada altura, Cavaco Silva, quando questionado e já depois do jornal Expresso ter noticiado a compra e venda de acções da SLN, passou a remeter os perguntadores, além do referido site da Presidência, para a sua declaração no Tribunal Cnstitucional;
- Até há poucos dias, Cavaco remetia sempre para o site da Presidência e para a sua declaração no Tribunal Constitucional;
- Há menos dias, Cavaco, depois dos debates com Francisco Lopes e Manuel Alegre, passou a dizer que...não dizia mais nada! Há dois dias, passou a referir que nada tinha a acrescentar à sua declaração feita no arquipélago dos Açores.
- A partir de ontem e depois de ter sido revelado que houve acções da SLN vendidas por preço superior, designadamente 2,75euros cada, Cavaco mudou de estratégia: começou a falar (contrariamente ao que dissera anteriormente)e deixou "cair" a sua propalada declaração no Tribunal Constitucional. E, em vez disso, declara que só agora soube pelos jornais a quem vendera as acções, passando a remeter os perguntadores para o jornal Expresso!
Este percurso titubeante de Cavaco não pode deixar de suscitar as maiores reservas. Não é uma pessoa qualquer. É um economista, um especialista em Finanças, por conseguinte, pessoa supostamente acima do homem médio.
Posto isto, vamos à ordem de venda das acções da SLN por parte de Cavaco Silva.
Tal ordem foi feita no mesmo dia em que sua Filha Patrícia Montez deu semelhante ordem.
E a pergunta é muito simples: Cavaco sabia ou não que as acções iriam ser vendidads pelo preço de 2,40 euros cada?
Quem fixou o preço e em que momento.
E isto porque, não estando as acções cotadas na bolsa, o natural seria ordenar a venda, fixando preços mínimos (se não soubesse já o preço da transacção).
Isto não foi ainda esclarecido por Cavaco. A comissão política do candidato é, em boa parte, responsável pelas hesitações de Cavaco.
Não vejo qualquer razão para o estilo triunfal do caro Pinho Cardão. Bem se sabe que "em Portugal a imprensa é suave"...

Pinho Cardão disse...

Caro Fartíssimo do Silva:
Claro que nunca verá, presumo porque não quererá ver.
Portanto, amigos como até aqui...

Fartíssimo do Silva disse...

Caro Pinho Cardão
Depois de ler o Expresso e o Público, poucas dúvidas subsistirão acerca do tratamento de favor concedidio a Cavaco Silva por ocasião da compra das acções da SLN. De modo que, perservando a nossa amizade blogosférica, também me ficarei por aqui...!