Daqui a uns dias já ninguém se lembrará dos episódios, aliás previsíveis, da escolha dos candidatos ao parlamento.
Mas é bom que se registem porque são ilustrativos do nível a que chegaram os partidos do regime.
No PSD, Pôncio Monteiro foi seleccionado pelo próprio presidente do Partido e celeremente desfenestrado. Bem mais lamentável do que o triste final deste caso é o critério da escolha. Porque através dele se revela que tudo se sacrifica às conveniências eleitorais. Pôncio move-se e sempre se moveu no mundo do futebol. Não no da política, desconhecendo-se até o grau da sua militância social-democrata. Foi escolhido (para nº2 da lista do Porto, pasme-se!) com o único intuito de neutralizar o efeito das declarações de Pinto da Costa que não perdoa a Rui Rio a ausência de vassalagem (e, convenhamos, as infelizes declarações sobre o envolvimento daquele no processo "apito dourado"). Foi convidado (e todo lampeiro, aceitou!) para colher votos naquele povo do Futebol Clube do Porto que está mais interessado no que se passa no clube, se a bola entrará ou não na baliza do adversário na jornada que aí vem, do que no futuro do País. Pôncio não foi convidado pelo próprio Dr. Pedro Santana Lopes pelo mérito da sua militância ou pela habilidade de futuro parlamentar, competente e dedicado.
O episódio só podia acabar, pois, no estilo peixeirada próprio do mundo de onde emerge Pôncio.
Sócrates mais uma vez agradece a prestimosa colaboração.
E Pinto da Costa - pressinto - rebola, satisfeito, por ter averbado mais uma vitória. Como se diz em "futebolês"...
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