Está visto. O PS não necessita de fazer campanha porque o PSD inexoravelmente sucumbirá ao fogo amigo. Desmarquem-se os comícios. Cancelem-se os tempos de antena. Pelo menos uma vez por dia alguém se encarrega de fazer a alegria dos responsáveis do PS e compensar os estragos inenarráveis de inenarrável gente como Nuno Cardoso.
Ontem Pedro Santana Lopes acusou Sócrates de, enquanto Ministro do Ambiente, ter nomeado o seu chefe de gabinete, Filipe Batista, inspector geral do ambiente, à pressa e já depois de perdidas as eleições. Lamentável equívoco só explicável por má informação ou por infiltração do inimigo que induziu a tamanha afirmação. A verdade é que o inspector-geral, que tinha realmente sido chefe de gabinete de Sócrates, foi afinal nomeado por Isaltino Morais, então ministro das cidades, ordenamento do território e ambiente do governo liderado pelo PSD.
Lá se perdeu a oportunidade de fazer campanha pela positiva e demonstrar a Sócrates, mas também a Portas que com inacreditável hipocrisia se vem queixar das nomeações por critérios políticos (é preciso ter lata!), que no PSD há afinal quem faça nomeações sem olhar a cores partidárias mas com base no reconhecimento do mérito, como foi o caso.
Mais um tiro no pé? Não. Já não há pé...
E Sócrates já não sorri. Ri a bom rir.
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