Três dias após a Tomada da Bastilha, o rei Luís XVI acedeu ao pedido de Jean Sylvain Bailly, maire de Paris, para se dirigir à cidade a fim de saudar o novo município. Precedido de Lafayette, proponente da combinação das três cores, vermelho e azul enquadrando o branco monárquico, aceitou a fita tricolor como símbolo dos franceses a pedido de Bailly. Colocou-a ao redor do chapéu passando a constituir o emblema nacional da França, com todos os significados subsequentes.
Na comédia francesa, La Cocarde Tricolore, dos irmãos Cogniard, a personagem Chauvin interpreta um papel de patriotismo exagerado. Daqui a designação de chauvinismo para descrever a crença de que “as propriedades do país a que se pertence são as melhores sob qualquer aspecto a raiar a mitomania”.
Hoje em dia o conceito de chauvinismo não se aplica apenas à pretensa superioridade de um povo sobre outro. Assentando em falsas premissas utiliza argumentos sentimentais em vez da razão porque é muito mais fácil convencer com os primeiros.
Se olharmos ao nosso redor poderemos constatar inúmeras pessoas e grupos que se arvoram de uma pretensa superioridade intelectual, cultural, social, política ou moral.
Evidentemente que muitos revelam capacidades intelectuais e culturais superiores aos demais, fruto de vários factores e circunstâncias. São fonte de alguma auto-satisfação? Sem sombra de dúvida! Mas para se sentirem completos têm que as colocar ao serviço da comunidade revelando humildade e consciência cívica. Chauvinismo intelectual? Não!
Outros, com base numa pretensa herança genética, denotam uma superioridade não justificável, porque a nobreza de carácter não se mede pela qualidade dos genes, mas sim pela qualidade dos princípios adquiridos base da verdadeira nobreza social. Chauvinismo social? Não!
Há os que professam de forma patológica a superioridade da sua ideologia política, como se houvesse alguma capaz de representar a verdade e a pureza absolutas. Incapazes de aceitar as boas ideias que possam provir de todos os quadrantes acabam por prejudicar a sociedade. Não ao chauvinismo político!
Também há os que pretensamente se consideram superiores em termos morais, julgando, apreciando, denunciando, caluniando, sempre em nome de algo ou de princípios em que sentimentos preconceituosos se sobrepõem à razão e à realidade do factos. Incapazes de discernirem correctamente destroem almas que tão ansiosamente pretendem salvar.
As lágrimas vertidas durante as longas noites são testemunhas da dor da alma que arrefece perante o brilho do sol. A perfídia mata. Chauvinismo moral? Nunca!
Na comédia francesa, La Cocarde Tricolore, dos irmãos Cogniard, a personagem Chauvin interpreta um papel de patriotismo exagerado. Daqui a designação de chauvinismo para descrever a crença de que “as propriedades do país a que se pertence são as melhores sob qualquer aspecto a raiar a mitomania”.
Hoje em dia o conceito de chauvinismo não se aplica apenas à pretensa superioridade de um povo sobre outro. Assentando em falsas premissas utiliza argumentos sentimentais em vez da razão porque é muito mais fácil convencer com os primeiros.
Se olharmos ao nosso redor poderemos constatar inúmeras pessoas e grupos que se arvoram de uma pretensa superioridade intelectual, cultural, social, política ou moral.
Evidentemente que muitos revelam capacidades intelectuais e culturais superiores aos demais, fruto de vários factores e circunstâncias. São fonte de alguma auto-satisfação? Sem sombra de dúvida! Mas para se sentirem completos têm que as colocar ao serviço da comunidade revelando humildade e consciência cívica. Chauvinismo intelectual? Não!
Outros, com base numa pretensa herança genética, denotam uma superioridade não justificável, porque a nobreza de carácter não se mede pela qualidade dos genes, mas sim pela qualidade dos princípios adquiridos base da verdadeira nobreza social. Chauvinismo social? Não!
Há os que professam de forma patológica a superioridade da sua ideologia política, como se houvesse alguma capaz de representar a verdade e a pureza absolutas. Incapazes de aceitar as boas ideias que possam provir de todos os quadrantes acabam por prejudicar a sociedade. Não ao chauvinismo político!
Também há os que pretensamente se consideram superiores em termos morais, julgando, apreciando, denunciando, caluniando, sempre em nome de algo ou de princípios em que sentimentos preconceituosos se sobrepõem à razão e à realidade do factos. Incapazes de discernirem correctamente destroem almas que tão ansiosamente pretendem salvar.
As lágrimas vertidas durante as longas noites são testemunhas da dor da alma que arrefece perante o brilho do sol. A perfídia mata. Chauvinismo moral? Nunca!
4 comentários:
Se o blog possuísse web-cam, ver-me-ia em pose de vénia, caro Professor Massano Cardoso.
Para além de excelente, o seu post, constitui para quem o lê, estou certo, um exercício de exorcísmo. O Chauvinismo, observado, analisado e aplicado à condição humana, pelo olhar incontestável de quem possui curriculo humanista e vivência, para o fazer com precisão e sabedoria.
Excelente, caro professor!!!
Caro Professor Massano Cardoso.
Peço-lhe perdão pela minha presunção: às vezes, as coisas mais simples, aquelas que nos estão mais próximas, são de facto as mais belas. Quero com isto dizer: o Professor pega na génese do conceito do vocábulo “chauvinismo”, acompanha a evolução do mesmo, e presenteia-nos com esta excelente análise sobre os comportamentos sociais de pessoas ou grupos diversos!.Permita-me a minha singela opinião: é simplesmente brilhante!.
Apesar de todo o texto ser um grande exercício de pedagogia, quero destacar do mesmo a pequeníssima parte, a seguir:
-«(…)Evidentemente que muitos revelam capacidades intelectuais e culturais superiores aos demais, fruto de vários factores e circunstâncias. São fonte de alguma auto-satisfação? Sem sombra de dúvida! Mas para se sentirem completos têm que as colocar ao serviço da comunidade revelando humildade e consciência cívica. Chauvinismo intelectual? Não!».
Caro Professor,
Obrigado por mais esta pérola!
Abaixo os chauvinismos de qualquer espécie, essa falsa superioridade que esconde a fraqueza de não ser capaz de confrontar lealmente pensamentos diferentes. Um belo texto e muito bem lembrado!
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