O Conselho Geral da Ordem dos Advogados exige do Governo uma informação ao País sobre quem, para além dos juizes nos processos e de acordo com a lei, pode fazer ou faz escutas telefónicas (e eu acrescentaria, vigilância realizada por qualquer meio que corresponda a uma violação da privacidade).
Segundo o comunicado da OA «estas respostas são urgentes e exigidas pelo estado democrático de direito, que não se quer ver transformado num estado policial de direito ou, pior ainda, num estado policial sem direito».
Finalmente vejo uma instituição a solicitar responsabilidades. E solicitá-las no tom e na medida certos.
Por seu turno, e ao que relata a imprensa, o actual presidente do PSD não se aflige com o assunto porque entende que o PGR é uma pessoa sensata.
O Sr. Dr. Pinto Monteiro, estou certo disso, é mais, muito mais do que uma pessoa sensata. É alguém que sabe bem o valor que têm as liberdades, conhecimento obtido numa carreira de magistrado que todos apontam como notável. E é o Procurador-Geral da República. Por isso mesmo se impõe que as instituições e os responsáveis não encolham os ombros. Ou não vejam Juno onde paira a nuvem.
É que, como é obvio, não está em causa a pessoa do Senhor Conselheiro Pinto Monteiro...
2 comentários:
Solicitá-las no tom e medida certos vai deixar tudo exactamente na mesma e o PGR pode começar a pôr as coisas num caixote que é para o próximo não se armar aos cucos.
Será, caro Dr. JMFA que esta exigência da Ordem não vai resultar em mais que o rato parido pela montanha? Apesar de urgente e pretinente, parece-me que esta exigência feita ao governo, vá obter umas das habituais respostas vagas e confusas por parte do Ministério. Se assim for, creio que continuaremos a assistir enquanto convir, ao vai e vem de Íris, mensageira de Juno Luciana (Hera), esposa de Júpiter, rainha dos deuses.
Ass: Frederico
;))
Parece-me que o meu telemóvel começou a fazer uns ruídos estranhos.
:))))
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