Durante o Portugal-Costa do Marfim dei por mim a pensar que a organização de uma equipa de futebol é muito parecida com a de uma empresa industrial.
Numa empresa, não há vendas sem produção, não há produção sem aprovisionamento, não há aprovisionamento sem dinheiro. E vice-versa. E tudo soçobrará sem um back-office de suporte, e nada funcionará sem liderança e gestão que congregue e harmonize as diversas funções.
Ontem, a nossa Selecção foi uma empresa desorganizada, sem liderança e sem gestão, com os diversos departamentos a actuarem sem qualquer lógica ou objectivo compreensível.
O Departamento de Vendas, isto é, o ataque, nunca funcionou. Primeiro, porque o Director Ronaldo se armou em vedeta, ocupava o lugar dos outros vendedores, estorvava-lhes a acção e raramente estava no sítio em que devia. Os clientes das extremidades nunca eram abordados, porque o Director disputava com o vendedor Liedson os clientes do centro. E na disputa esqueciam o argumentário de venda. Sob a total complacência do burocrata Director-Geral.
Mas o Departamento de Vendas também não funcionou, porque pouco produto teve para vender. A produção, isto é, o meio-campo, ficou tolhida face às directivas traçadas pelo burocrata Director-Geral, que ordenou aos técnicos da fabricação que se voltassem sobretudo para o apoio ao aprovisionamento, isto é, à defesa, em vez de curarem do fabrico. O próprio e muito competente Director de Produção, Deco, foi desviado das suas naturais funções e depois substituído pelo burocrata Director-Geral.
Como consequência, os especialistas do aprovisionamento, isto é a defesa, ficaram manietados com tantos técnicos a actuar na sua área de acção. E começaram a trocar entre si a matéria-prima, até compreenderem a situação. Por longos períodos, o Bruno Alves passava a bola ao Ricardo Carvalho, este ao Paulo Ferreira, voltando a bola ao Bruno Alves. Até que um irrequieto especialista recém-contratado, Coentrão, pretendeu dinamizar a entrega da matéria-prima. Mas à segunda investida foi logo travado pelo Director-Geral. A páginas tantas, impedidos de praticar a sua função de municiar a produção, começaram a municiar directamente as vendas, mas nem o produto era adequado nem a distribuição se fazia com jeito. O que deu um desperdício enorme de matéria-prima. No fim, cada qual trabalhava a seu modo e a seu gosto, esgotada que foi a confiança nas orientações da Direcção-Geral, da qual deu conta pública o Director de Produção, Deco.
Numa empresa, não há vendas sem produção, não há produção sem aprovisionamento, não há aprovisionamento sem dinheiro. E vice-versa. E tudo soçobrará sem um back-office de suporte, e nada funcionará sem liderança e gestão que congregue e harmonize as diversas funções.
Ontem, a nossa Selecção foi uma empresa desorganizada, sem liderança e sem gestão, com os diversos departamentos a actuarem sem qualquer lógica ou objectivo compreensível.
O Departamento de Vendas, isto é, o ataque, nunca funcionou. Primeiro, porque o Director Ronaldo se armou em vedeta, ocupava o lugar dos outros vendedores, estorvava-lhes a acção e raramente estava no sítio em que devia. Os clientes das extremidades nunca eram abordados, porque o Director disputava com o vendedor Liedson os clientes do centro. E na disputa esqueciam o argumentário de venda. Sob a total complacência do burocrata Director-Geral.
Mas o Departamento de Vendas também não funcionou, porque pouco produto teve para vender. A produção, isto é, o meio-campo, ficou tolhida face às directivas traçadas pelo burocrata Director-Geral, que ordenou aos técnicos da fabricação que se voltassem sobretudo para o apoio ao aprovisionamento, isto é, à defesa, em vez de curarem do fabrico. O próprio e muito competente Director de Produção, Deco, foi desviado das suas naturais funções e depois substituído pelo burocrata Director-Geral.
Como consequência, os especialistas do aprovisionamento, isto é a defesa, ficaram manietados com tantos técnicos a actuar na sua área de acção. E começaram a trocar entre si a matéria-prima, até compreenderem a situação. Por longos períodos, o Bruno Alves passava a bola ao Ricardo Carvalho, este ao Paulo Ferreira, voltando a bola ao Bruno Alves. Até que um irrequieto especialista recém-contratado, Coentrão, pretendeu dinamizar a entrega da matéria-prima. Mas à segunda investida foi logo travado pelo Director-Geral. A páginas tantas, impedidos de praticar a sua função de municiar a produção, começaram a municiar directamente as vendas, mas nem o produto era adequado nem a distribuição se fazia com jeito. O que deu um desperdício enorme de matéria-prima. No fim, cada qual trabalhava a seu modo e a seu gosto, esgotada que foi a confiança nas orientações da Direcção-Geral, da qual deu conta pública o Director de Produção, Deco.
Defendendo-se, o Director Geral acusou os adversários de especuladores, vendo aí a causa maior de não conseguir vendas adequadas às expectativas dos accionistas.
Têm agora estes a palavra, perante a ausência de dividendos.
2 comentários:
O dr. Pinho Cardão a seleccionador, já!
Eh pá... já não pode ser! Mas para o mês que vem... porreiro pá, «no problema»!
Caro Eduardo F.:
Até que enfim, que se faz justiça!...
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