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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Nem tudo vai mal

Concordo com aqueles que dizem que não podemos ter uma atitude de permanente pessimismo. Por isso, aprecio os casos notáveis de empreendorismo que a espaços vão surgindo. Para além de se multiplicarem os exemplos de que a socialite continua em grande dinamismo atendendo somente ao índice de eventos sociais que enchem as páginas de revistas e jornais (aliás, as da especialidade são das mais vendidas), contribuindo assim para o crescimento não tanto do produto mas seguramente de algumas produções, a imprensa revela-nos agora que rebentou uma guerra comercial lá para os lados de Cascais. Qual o negócio em disputa? Seguramente que as melhores famílias da Linha não iriam competir em coisas menores, que não puxam ou mantêm o lustro dos apelidos, esse capital fundamental que ao longo de décadas tem sido alavanca do progresso. São os geladuchos de Cascais. Isso mesmo, gelados da mais fina qualidade, daqueles que trazem em grande preocupação os mestres de Firenze, são o alvo da enorme capacidade de gerar riqueza já demonstrada pela fina flor da sociedade. Aliás, a importância desse - como se dizia há uns anos? -  cluster económico, já tinha sido sinalizada numa das crónicas semanais do Professor Marcelo Rebelo de Sousa, o que prova que se trata de facto maior no que respeita à economia, e mais do que isso, à dinâmica do nosso tecido empresarial, que, como se sabe, é do melhor, do mais educado, do mais bronzeado que se pode encontrar no velho continente.
Da dramática disputa sobre o controlo do negócio do gelado, dá-nos conta o semanário Sol num artigo significativamente titulado "Guerra de gelados agita Cascais".
Ainda há esperança...

5 comentários:

Catarina disse...

Gelados?!!!!
O que em “brasileiro” se chama sorvete e em inglês “ice cream”? que se podem comer em taça ou em cone com uma ou mais bolas com sabor a baunila, chocolate, etc. Ou em formato calippo, cornetto, epá ou twister? Mas isso é uma notícia que promete.... : )

Catarina disse...

Espero que confeccionem os “fat free” e os “no sugar added”... de contrário não me terão como cliente...

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

José Mário
É o nosso empreendedorismo no seu melhor. Não estou a brincar!
Os gelados são, num país que precisa de se refrescar e adoçar o bico, um negócio apetecível. E nada melhor do que a concorrência...

Bartolomeu disse...

Lá pelas ruas de Cascais
Vai um grande burburinho
As "tias" não podem mais
Com quem lhes corta o caminho

É gelado para aqui
E gelado pr'acolá
Só que ainda não vi
Onde é que o gelado está

Quando eu era pequenino
E ía à praia a Cascais
Pedia sempre um geladinho
Com jeitinho, aos meus pais

O Santini não existia
Nesses tempos ancestrais
Era um cone de baunilha
Um Rajá, ou pouco mais

Agora lá por Cascais
Está tudo bem diferente
Praias, não ha mais
E gelados... depende!

Anónimo disse...

Eh lá! Temos poeta!
Quem diria que o negócio do social-picolé seria capaz de tão bem inspirar o nosso caro Bartolomeu!