Em Sevilha, um conflito laboral entre o Município e a polícia local levou a uma forma de protesto calamitosa: o aumento de 338% de multas de trânsito em sete dias! Os polícias fartaram-se de ser pressionados para aumentar as sanções aos automobilistas, pressões essas que incluiam telefonemas insistentes das autoridades mesmo para os polícias que consideram não ter competências em matéria de trânsito. Iniciaram então uma verdadeira greve de zelo cumpridor e, com competência ou sem ela, distribuiram multas a torto e a direito, multas sobrepostas, multas absurdas, multas por dá cá aquela palha. os cofres do munícipio incharam tanto quanto a ira popular, que isto do zelo quere-se com conta, peso e medida. O zeloso alcaide achou que não há fome que não dê fartura e anulou todas as multas passadas durante a espectacular acção de protesto, agora os polícias dizem-se desautorizados...
Em tempos de crise, a imaginação passou ao ataque, o pobre do cidadão que se ponha a pau da próxima vez que ler uma notícia sobre o descontentamento policial!
4 comentários:
Cara Suzana
Quando o Poder é cego, surdo e mudo, luta-se com as armas que se tem!
O diálogo sempre foi a melhor via para o entendimento, mas nem todos parecem "entende-lo" assim.
Que grande confusão, ninguém se entende!
Quando assim é, quase sempre, o exemplo vem de cima, de alguém que passa a mensagem errada. Esperemos que a EMEL não siga este mau exemplo, com tantos iluminados a inventar medidas de contenção, nunca se sabe!...
Eu sei que é deselegante desejar as boas-vindas à casa dos próprios, mas aqui fica: bem-vinda cara Dra. Suzana Toscano :).
Suzana
Foi uma "greve de zelo" completamente furada para ambas as partes: o Município que ficou sem receitas e os polícias que trabalharam, pelos vistos, mais do que estavam habituados. Se tivessem optado pela greve do trabalho o resultado para o Município teria sido o mesmo! Estava a tentar adivinhar qual seria a próxima forma de luta...
Cara fenix, é bem verdade, um abuso leva a outro e no fim é difícil dizer quem é que tem mais culpa, se a acção se a reacção! No entanto, há aqui claramente uma utilização abusiva do poder que é conferido aos Polícias, poder esse que só tem fundamento na protecção dos cidadãos. Quando o usam exactamente para agredir os que deviam proteger, ainda por cima fingindo que se limitam a cumprir a lei, tudo se torna intolerável.
Caro Jotac muito obrigada, é sempre muito lisonjeiro quando sentem a nossa falta :)
Margarida, só não seria o mesmo porque os codadãos não teriam sido incomodados nems e teriam sentido alvo de excesso de poder.
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